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Para o coordenador da transição: ‘Não teremos dias de facilidade”

em Manchete
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Para o temproario

Para o temproario

Para o coordenador da transição, Eliseu Padilha, 1ª dificuldade é reforma da Previdência.

Foto: Antonio Cruz/ABr

Coordenador da transição, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, previu que o novo governo terá um caminho árduo pela frente. “Não teremos dias de facilidade não; teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, em programa que foi ao ar ontem na TV Brasil.
Entre as dificuldades está a negociação da reforma da Previdência, que o governo Bolsonaro pretende iniciar somente em 2019.
Padilha julga que o período de “lua de mel” entre o novo presidente da República e o Legislativo, que ele estima entre 90 e 120 dias, não será suficiente para aprovar um novo modelo de reforma. “Seria bom aproveitar esses 60 dias [do governo Temer] para ver até onde se avança”, recomendou. “Se houver interesse do novo governo em incrementar essa proposta, teremos toda a disposição de ajudar”, reafirmou Padilha.
O ministro, que atua como articulador político desde o governo FHC, lembra que “o Congresso é soberano e só ele decide” as questões fundamentais do país. “O Executivo tem limitações, e o Congresso pode não sancionar o que o novo governo quer”, observou, ao avaliar
que “a eleição de Bolsonaro não se fundou em alianças partidárias” e que o presidente eleito terá de conversar com os partidos e não apenas com as bancadas temáticas – evangélica, ruralista e da segurança.
“Ele veio sem aliança. Agora chegou a vez de dialogar com o Congresso Nacional e isso terá de ser feito via partidos, pois são eles que controlam seus deputados e seus votos”, afirmou. Padilha apontou dois grandes desafios para o novo governo: reduzir o déficit público – cujo rombo é hoje de R$ 300 bilhões – e gerar empregos. “Nós geramos 800 mil empregos este ano; chegaremos a 1 milhão, mas isso precisa continuar e acelerar”. Além do balanço do que foi feito em todos os ministérios e das pendências, Temer vai entregar a Bolsonaro as providências que não podem deixar de ser tomadas nos primeiros 120 dias (ABr).