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Os números da economia indicam início de recuperação lenta após longo ciclo recessivo

em Manchete
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Chery do Brasil

Chery do Brasil

Depois de ter passado por uma recessão muito grande, já há de fato uma recuperação.

A economia brasileira apresenta crescimento lento. Os estados reduzem investimentos para tentar melhorar o resultado das contas. O Orçamento de 2018 eleva despesas e provoca aumento do deficit. Essas são algumas das conclusões do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), publicado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. O PIB cresceu 1% no primeiro trimestre e 0,2% nos três meses seguintes.
Os números são ‘indícios iniciais de recuperação lenta após longo ciclo recessivo’. As primeiras informações sobre o último trimestre ‘são positivas e reforçam a perspectiva de melhora da atividade’. “Não é uma recuperação retumbante. Mas o nosso cenário de crescimento de 0,7% para o PIB neste ano vai se mostrando cada vez mais provável. Para o ano que vem, o crescimento projetado pela IFI é de 2,3%. Já há de fato uma recuperação. Ela é inicial, mas já tem impactos sobre as receitas do governo”, afirma o diretor-executivo da IFI, Felipe Scudeler Salto.
De acordo com o RAF, a massa salarial avançou 3,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. A IFI projeta inflação de 4,3% em 2018. O documento destaca ainda o esforço fiscal dos governos estaduais, cujo resultado primário “vem apresentando um esboço de recuperação”. Mas, de acordo com o RAF, o ajuste “penaliza os investimentos”, que chegaram ao “menor patamar da década”.
As aquisições de ativos fixos chegaram a 0,4% do PIB em junho de 2017. Entre 2011 e 2014, haviam crescido de 0,7% para 1% do PIB. As estimativas da IFI sugerem que os investimentos públicos estaduais caíram pela metade: de R$ 57,8 bilhões em 2014 para R$ 28,7 bilhões acumulados em doze meses até junho de 2017. O RAF também aponta que o Orçamento de 2018 pode elevar as receitas líquidas em R$ 14,5 bilhões, mas permite o aumento das despesas primárias em R$ 44,5 bilhões (Ag. Senado).