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Ociosidade na indústria é a maior desde 2002, mostra pesquisa da CNI

em Manchete
quinta-feira, 02 de junho de 2016

Arquivo/ABr

Além da queda no nível de atividade, caíram também o nível de emprego e o faturamento real do setor.

O nível de atividade da indústria brasileira voltou a cair em abril, com utilização de 76,9% da capacidade instalada, menor nível da série histórica iniciada em 2002, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria divulgado ontem (2).
O resultado representa queda em relação ao nível de utilização da capacidade instalada registrado em março (77,2%) e também em relação a abril do ano passado, quando o índice se encontrava em 79,8%.
A pesquisa de indicadores da indústria feita pela CNI confirma também outras estatísticas negativas sobre o setor, mostrando uma queda no nível de emprego pelo 15º mês consecutivo. O faturamento real da indústria sofreu retração de 0,6% em abril, em relação a março, e de 9,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
“Se chegamos ao fundo do poço, esse poço é bem fundo”, disse o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, após a divulgação. Ele previu trajetória de estabilidade daqui para a frente para o setor. O economista destacou, no entanto, que um alto índice de capacidade ociosa pode ser um indicador macroeconômico capaz de gerar perspectivas positivas, pois sinaliza um alto potencial de retomada de produção sem a necessidade de novos investimentos.
Para ele, a situação do mercado interno é “dramática”, e a salvação de alguns segmentos da indústria tem sido a exportação: “Menos ruim são aqueles setores que têm em sua composição esse fator externo, como papel e celulose, por exemplo” (ABr).