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Interventor diz que não há previsão de ocupação permanente em favelas

em Manchete
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Marcelo Camargo/ABr

Marcelo Camargo/ABr

General Braga Netto: as operações nas comunidades são pontuais e por tempo determinado.

O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, disse ontem (27) que não está nos planos de seu gabinete a realização de ocupações permanentes em favelas da região metropolitana. As operações serão pontuais e com tempo determinado para terminar. “Não existe planejamento de ocupação permanente de comunidades”, disse o general.
As Forças Armadas continuarão a participar de operações integradas fazendo o cerco no entorno de comunidades e as polícias estaduais se mantêm responsáveis pelas ações no interior dessas áreas. “Não há mudança no momento. As Forças Armadas já participam desse tipo de operação. Apoiamos quando a polícia entra para fazer uma prisão. Damos o suporte para que a polícia possa entrar com tranquilidade na comunidade”, disse ele, que complementou: “ Cada órgão vai fazer o seu papel”.
Braga Netto concedeu uma entrevista coletiva à imprensa de pouco mais de 20 minutos e apresentou o chefe do Gabinete de Intervenção Federal, o general Mauro Sinott. “O que vai permanecer no tempo é atuar nesses gargalos que hoje trazem alguma dificuldade aos órgãos de segurança pública”, avaliou Sinott, que apontou problemas como atrasos de pagamentos de agentes, viaturas deficientes e necessidade de recomposição de efetivo.
Além de Sinott, foi apresentado o novo secretário estadual de segurança pública, Richard Nunes, que também é um general do Exército. Nunes disse que será necessário redimensionar as Unidades de Polícia Pacificadora. “As UPPs permanecem, mas temos um diagnóstico que indica a necessidade de redimensionamento de certas ações nessa área”, disse, sem detalhar o que será feito. Braga Netto destacou que os objetivos são recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança e baixar os índices de criminalidade, que continuarão a ser apurados e divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ABr).