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Indústria registra queda na produção e no emprego em junho

em Manchete
terça-feira, 21 de julho de 2015

Arquivo/ABr

As expectativas dos empresários da indústria estão cada vez mais pessimistas.

Em junho, a indústria teve queda na produção e no emprego. De acordo com a sondagem do setor, divulgada ontem (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de produção continuou abaixo dos 50 pontos e alcançou 40,3 pontos no mês passado. Esse indicador varia de 0 a 100, e valores abaixo de 50 indicam diminuição da produção frente ao mês anterior.
Segundo a pesquisa, o índice de número de empregados ficou em 40,7 pontos no mês, mantendo-se abaixo dos 50 pontos e com variação negativa de 0,7 pontos em relação a maio. O uso da capacidade instalada, que mede o grau de ociosidade do setor, caiu mais 1 ponto em junho e marcou 65% da capacidade produtiva, o menor percentual já registrado para a série mensal, iniciada em janeiro de 2011.
Para 44,8% dos empresários entrevistados, atualmente o principal problema é a elevada carga tributária. “Esse resultado sugere que as recentes medidas do governo federal para o cumprimento do ajuste fiscal e as discussões sobre o tema teriam aumentado ainda mais a preocupação com os efeitos deletérios da tributação sobre as empresas”, diz CNI, na sondagem.
Segundo a CNI, as expectativas dos empresários da indústria estão cada vez mais pessimistas. Os índices que representam as expectativas da demanda, de compras de matérias-primas e de empregados foram respectivamente de 46,6, 44,6 e 41,1 pontos em julho. De acordo com a CNI, enquanto os dois primeiros oscilaram dentro da margem de erro entre junho e julho, o índice de expectativas de número de empregados recuou um ponto.
A exceção foi a estabilidade na expectativa de exportação: o índice alcançou 49,9 pontos em julho, aumento de 1,5 pontos em relação ao mês anterior. “Próximo à linha divisória, esse índice revela que há expectativa de manutenção da quantidade exportada para os próximos seis meses. Essa exceção pode ser decorrente da desvalorização do real em 2015 e da redução da volatilidade de sua taxa frente ao dólar”, diz a CNI (ABr).