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Cunha rompe com governo da presidente Dilma Rousseff

em Manchete
sexta-feira, 17 de julho de 2015

Luis Macedo/Ag.Câmara

Eduardo Cunha, anunciou rompimento com o governo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou rompimento com o governo e disse que, como político, vai tentar no Congresso do PMDB, em setembro, convencer a legenda a seguir o mesmo caminho. Cunha disse que, apesar da decisão, vai manter a condução da Câmara dos Deputados “com independência”.
A decisão foi motivada pela acusação de que o peemedebista teria recebido US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal.
Cunha reafirmou que há uma tentativa por parte do governo de fragilizá-lo. “Está muito claro para mim que esta operação [Lava Jato] é uma orquestração do governo”. Ele lembrou que, desde junho, o Executivo iniciou uma “devassa fiscal” em suas contas. “Esse tipo de devassa, de cinco anos, é um constrangimento para um chefe de Poder”.
O parlamentar disse que a delação de Camargo é “nula” por ter sido feita à Justiça de primeira instância e lembrou que, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo STF. Cunha disse que seus advogados vão pedir a transferência do processo de investigação para o STF. “O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do país”.
O peemedebista lembrou que, desde a divulgação da lista de Janot com nomes de políticos suspeitos de participar de irregularidades na Petrobras, tem “estranhado” o envolvimento de seu nome e voltou a afirmar que há uma clara motivação política.
Horas após anunciar o rompimento com o governo federal, Cunha deu início à retaliação ao Palácio do Planalto. Criou a CPI do BNDES e autorizou a criação da CPI dos Fundos de Pensão. Além da do BNDES, ele criou as CPIs dos crimes cibernéticos e dos maus tratos a animais (ABr/AE).