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Cunha diz não ser incendiário e que Congresso tem sistema bicameral

em Manchete
terça-feira, 11 de agosto de 2015

Alex Ferreira/Ag.Câmara

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que não se considera “incendiário” e nem acredita que o país precise de um “bombeiro”. A declaração foi feita após declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, de que temas como possível impeachment da presidenta Dilma e apreciação de contas dos governos anteriores e do atual não são prioridades e que colocá-las em pauta é “pôr fogo no país”.
“Contas é uma decisão dele [Renan]. Já apreciamos e votamos [contas de governos anteriores]. Desde quando cumprir nossa obrigação é tacar fogo em alguma coisa? Não cumprir nossa obrigação é que nos responsabiliza por omissão. Se ele [Renan] não apreciar as contas, que responda perante a Casa dele e perante a sociedade”, disse Cunha.
Cunha destacou que o Congresso é bicameral. Com isso, a maior parte das decisões legislativas dependem da aprovação dos deputados federais e senadores. “O fato de aprovar aqui não quer dizer que Senado tem que aprovar. Tem coisas que são atribuição de uma Casa, outras de outra e coisas que são das duas. É preciso cada um saber seu papel. Acho absolutamente normal concordar ou não”, disse.
Citou, como exemplo de posicionamento diverso dos parlamentares, o projeto de repatriação de recursos que estão no exterior. De acordo com o deputado, se o projeto “não for do Executivo” não será apreciado pela Câmara. O governo defende a proposta apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que facilita a repatriação de ativos mantidos no exterior como alternativa para aumentar a arrecadação (ABr).