Presidente da CNI, Robson Andrade. |
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse esperar que o governo e o Banco Central tenham outros mecanismos para controlar a inflação além da taxa de juros. Andrade avaliou que o BC tomou a “melhor decisão”, na semana passada, ao manter a taxa básica de juros em 14,25%.
Ontem (28), o Comitê de Política Monetária divulgou ata em que sinaliza abandonar o objetivo de levar a inflação para o centro da meta (4,5%) ainda este ano. Para Robson, o aumento da taxa de juros gera redução da inflação e dá “segurança para a moeda brasileira”, mas ressaltou que o Brasil está em uma taxa “tão elevada” que o melhor foi “não aumentar, nem diminuir”.
“A mexida na taxa de juros agora vai refletir daqui a seis meses. Espero que o governo e o BC tenham outros mecanismos que não sejam apenas reduzir a taxa de juros. O país é muito pobre quando depende apenas da taxa de juros para controle da inflação”, afirmou.
Na sua opinião, o “ideal” seria que a taxa diminuísse. Ele disse entender, porém, que no “momento não dá” pra diminuir.
Robson conversou com jornalistas ao chegar ao Palácio do Planalto para participar da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, após a sua reativação. Para o presidente da CNI, o Conselhão não deve ser usado para a construção de consensos.
“Não acredito que seja possível, em um fórum tão eclético, conseguir consensos e construir políticas e propostas adequadas para aquilo que o país precisa. Acho que o governo tem que trazer as propostas, tem mecanismo para trazer aquilo que o país está precisando neste momento, e contar com esse fórum para dar referência, legitimidade, para as propostas que quer implementar”, afirmou (ABr).
