Pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes. |
Boston – Depois de participar da Brazil Conference 2018 realizada em Harvard e MIIT, o pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, rebateu críticas de não ter participado de um ato político em apoio ao ex-presidente Lula na última segunda-feira no Rio de Janeiro. “Não sou puxadinho do PT e não serei jamais. Nos últimos 16 anos eu apoiei o Lula sem faltar um dia. Eles que façam dessa história o que eles quiserem fazer”, disse.
Perguntado por jornalistas se poderia ser o candidato apoiado pelo PT nas eleições presidenciais deste ano, Ciro avaliou que não é provável, porque a natureza do PT é de ter sempre um representante da legenda para o pleito. Para Ciro, é preciso resgatar a serenidade na política e o diálogo a fim de acabar com a polarização nacional nesta área. “Há um quadro generalizado de anarquia no País, que se caracteriza por votações exóticas do Judiciário, por opiniões absolutamente ilegais e arbitrárias de comandantes das Forças Armadas e a desobediência de parte dos políticos da lei e das regras”, apontou.
Ele defendeu sua candidatura a presidente da República e apontou que é preciso “desratizar” o País, numa referência ao fim da impunidade de atos de corrupção no setor público. Na sua avaliação, os cidadãos no Brasil, em geral, não se consideram protegidos pela Justiça. Ele afirmou que os brasileiros devem acompanhar o debate político no País e expressar suas opiniões de forma pacífica pelas redes sociais.
Ciro avaliou com ironia a participação do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa nas eleições presidenciais. “Quando a gente começa a ver juiz dando entrevista demais, se exibindo demais, a gente já sabe que o que ele quer é entrar para a política. Isso é uma impertinência, mas seja bem-vindo”. O pré-candidato à presidência do PDT apontou que a insistência do PT em manter a candidatura de Lula pode trazer incertezas políticas ao País. “Gera uma instabilidade grave na sociedade brasileira, e, portanto, também em um dos seus aspectos que é a vida econômica” (AE).