76 views 2 mins

Cidade tem mais de 1,9 milhão de famílias endividadas

em Manchete
terça-feira, 08 de março de 2016

Divulgação

O número de famílias endividadas aumentou na capital paulista.

Em fevereiro, o número de famílias endividadas permaneceu estável na comparação com janeiro. No mês, 51,1% das famílias tinham alguma dívida, sendo que, em janeiro, esse número era de 51,8%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, porém, quando atingiu 38,9% a proporção de endividados cresceu mais de 12 pontos porcentuais. Em termos absolutos, o número de famílias endividadas passou de 1,982 milhão em janeiro para 1,959 milhão em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2015, houve uma alta de 565 mil famílias com dívidas.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela FecomercioSP. De acordo com a Entidade, o retorno do endividamento para a casa dos 50% em um ano sinaliza que a necessidade de consumo extrapolou a renda. Por isso, o consumidor recorre a financiamentos à medida que percebe que sua renda mensal já não é capaz de arcar com o seu nível de consumo. Além disso, nos últimos meses houve agravamento da situação econômica do País; os preços dos produtos essenciais permaneceram elevados; o crédito está escasso e os juros, altos; e, com o aumento do desemprego, orçamento do consumidor está cada vez mais pressionado.
A proporção de endividados permanece maior entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos (55,2%, com queda de 0,9 ponto porcentual em relação ao mês de janeiro e alta de 14,2 p.p. na comparação com fevereiro de 2015). Já nas famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 39,4%, 0,1 p.p. acima do registrado em janeiro e 6,6 p.p.superior ao valor de fevereiro do ano passado.
Já em relação aos prazos das dívidas, a pesquisa revelou que 36,3% das famílias comprometeram sua renda por mais de um ano; 23,6% possuem débitos com prazos de até três meses; 19,6% das pessoas com dívidas de três a seis meses; e 18,2% entre seis meses e um ano.