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Boeing recomenda suspensão dos voos com 737 MAX

em Manchete
quarta-feira, 13 de março de 2019
Boeing temproario

Boeing temproario

O modelo Boeing 737 MAX 8 se envolveu em dois acidentes desde o fim de outubro.

Foto: EPA

A fabricante aeroespacial americana Boeing recomendou ontem (13) a suspensão de todas as operações no mundo envolvendo o avião 737 MAX, uma das principais apostas da empresa, mas que entrou em crise após dois acidentes em um espaço de pouco mais de quatro meses. A medida foi anunciada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que o governo proibiria os voos envolvendo as aeronaves 737 MAX 8 e 9.
Os EUA são um dos únicos grandes mercados no mundo onde o avião ainda não foi vetado. “A Boeing continua tendo plena confiança na segurança do 737 MAX. Contudo, após consultas com autoridades de aviação e clientes ao redor do mundo, a Boeing – em um excesso de cautela e para tranquilizar o público sobre a segurança da aeronave – recomendou a suspensão temporária das operações de toda a frota global do avião 737 MAX”, diz o comunicado da empresa americana.
“Em nome de toda a equipe da Boeing, estendemos nossos mais profundos sentimentos às famílias e entes queridos daqueles que perderam as vidas nestes dois trágicos acidentes”, reforçou o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg. Antes disso, dezenas de países já haviam proibido essa aeronave de operar em seus espaços aéreos, incluindo a União Europeia, Austrália, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Fiji, Kosovo, Líbano, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Sérvia, Singapura e Turquia.
Os acidentes com o Boeing 737 MAX 8 ocorreram em 19 de outubro de 2018, com a empresa indonésia Lion Air, e em 10 de março de 2019, com a etíope Ethiopian Airlines. O primeiro avião caiu no Mar de Java, deixando 189 mortos, e o segundo se acidentou nos arredores da capital da Etiópia, Adis Abeba, matando 157 pessoas. Nos dois casos a tragédia ocorreu poucos minutos depois da decolagem, e os pilotos chegaram a relatar problemas e pedir autorização para voltar (ANSA).