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América Latina volta a crescer liderada por Brasil e Argentina, informa o Banco Mundial

em Manchete
terça-feira, 17 de abril de 2018
Divulgação

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Para o Banco Mundial, reformas levadas adiante no Brasil foram  importantes. Talvez não com a velocidade que se esperava, mas houve reformas fiscais e reformas trabalhistas.

As investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes, apontam para o envolvimento da milícia, disse ontem (16) o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. “As investigações avançam. Estão partindo de um grande conjunto de hipóteses e afunilando. E uma das possibilidades que têm crescido é que

O Banco Mundial (Bird) divulgou ontem (17) documento em que afirma que as economias da América Latina e do Caribe estão voltando a crescer com força, depois de seis anos de estagnação, puxadas pelo crescimento do Brasil e da Argentina, as duas maiores economias sul-americanas. Os dados mostram que o crescimento brasileiro será de 2,4% em 2018 – previsão maior do que a do FMI, divulgada ontem, que foi de 2,3% – e de 2,5% em 2019. As informações fazem parte do relatório “Ajuste Fiscal na América Latina e Caribe: Dores no Curto Prazo, Ganhos no Longo?”.
Segundo o Escritório do Economista-Chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, o crescimento se deve a um ambiente externo favorável, incluindo o aumento dos preços das commodities, o crescimento dos Estados Unidos e o da China e a alta liquidez internacional. O economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Carlos Vegh, destacou as reformas levadas adiante no país. “Foram feitas reformas importantes no Brasil, talvez não com a velocidade que se esperava, mas houve reformas fiscais e reformas trabalhistas. A reforma da Previdência não foi aprovada, mas foi muito discutida, então creio que há um consenso entre todas as classes politicas de que a reforma da previdência deve ser feita”.
Segundo o documento, a América Latina cresceu 1,1% em 2017 e deve crescer 1,8% em 2018 e 2,3% em 2019. Se fosse excluída a Venezuela, que passa por grave crise política, humanitária e econômica, as estimativas seriam de 2,6% em 2018 e 2,8% em 2019. A economia venezuelana teve uma queda abrupta em seu PIB real de 16,5% em 2016 e de 14,5% em 2017, com perspectivas para 2018 igualmente pessimistas, em torno de 14,3%.
O relatório faz a ressalva de que após vários anos de baixo crescimento, a situação fiscal de muitos desses países é frágil: a dívida pública da região como um todo representa 57,6% do PIB latino-americano e quase todos os países da região fecharam 2017 com déficits fiscais. O documento afirma que caso o Brasil conseguisse diminuir sua relação dívida pública sobre o PIB do número atual de 74% para 61,5%, poderia recuperar o grau de investimento, classificação de risco por agências estrangeira, em até dez anos. Isso se faria por meio de sucessivos superávits primários entre 2018 e 2028, começando com 7,5% neste ano e subindo para 5,8% a partir do ano que vem (ABr).