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Alckmin defende “cautela” na questão de impeachment

em Manchete
terça-feira, 14 de julho de 2015

Bruno Santos/A2 Fotografia

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Brasília – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, considerou que é preciso ter “cautela” sobre um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De passagem por Brasília, Alckmin conversou com a reportagem antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, onde discutiria projetos voltados para a área de infraestrutura.
Ao ser questionado sobre as declarações do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) de que é preciso ter “cautela” na discussão de um possível impedimento de Dilma, Alckmin respondeu: “Acho que a análise está correta”. O governador considerou, entretanto, que, se o País estivesse atualmente sob o regime parlamentarista, “o governo já tinha caído porque perdeu a confiança”.
Alckmin não quis comentar os possíveis desdobramentos do julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá se reunir até o próximo mês de agosto para analisar as chamadas “pedalas fiscais”, realizadas pelo governo Dilma no último ano. Após decisão do TCU, o processo vai para análise dos congressistas que poderão, ou não, iniciar um processo de impeachment.
“Acho que a prioridade deve ser investigar, investigar e investigar. Impeachment é uma consequência. Mas defendo que sejamos cumpridores da Constituição”, ressaltou. Ao falar sobre os temas na pauta do Congresso, defendeu a aprovação do projeto de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que prevê a repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal.
A proposta é uma alternativa colocada por integrantes da equipe econômica do governo para que a União possa constituir o Fundo de Compensação para Estados que perderem recursos com a reforma do ICMS. “Pode ser um mecanismo. Tem que repatriar esses recursos. Mas não sei se é o fundo ideal porque tem uma previsão finita”, afirmou o governador. “Somos a favor também da reforma do ICMS. Precisamos reduzir as alíquotas interestaduais”, emendou (AE).