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Adiar fechamento de lixões no país ‘é desserviço’

em Manchete
segunda-feira, 15 de abril de 2019
Adiar temproario

Adiar temproario

Foto: Maira Heinen

A meta que previa a substituição de lixões por aterros foi descumprida.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, classificou ontem (15) de desserviço o aumento do prazo para os municípios eliminarem lixões no país, proposta que deve passar por votação na Câmara em caráter de urgência. A meta inicial da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que previa a substituição por aterros, era agosto de 2014, mas foi descumprida.
“A ideia de postergar, de maneira generalizada, o atingimento da meta do fechamento de lixões é um grande desserviço para o Brasil”, disse o ministro, ao participar do Seminário Internacional de Resíduos Sólidos. realizado em São Paulo pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base. Para ele, municípios grandes e ricos como São Paulo deveriam ter “uma coleta seletiva minimamente bem-feita”.
Na sua opinião, as cidades pequenas e afastadas dos grandes centros urbanos poderiam, porém, gozar de prazo mais flexível. “Temos uma interlocução muito boa com os deputados na parte do meio ambiente. Já manifestamos preocupação sobre uma solução linear. Há casos, realmente, de municípios que estão muito longe de alcançar as metas, seja porque estão isolados ou porque entraram em colapso financeiro”, afirmou.
Salles negou notícias de que a mineradora Vale teria a concessão de parques públicos. Há uma semana, em mensagem no Twitter, o ministro disse que tentaria converter a multa da R$ 250 milhões da empresa em investimentos para sete parques nacionais,com a construção de obras de infraestrutura, trilhas, atividades e serviços para estimular o ecoturismo, que, futuramente, serão concedidos à iniciativa privada (ABr).