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Rodrigo Maia: votar impeachment de Temer traria instabilidade política

em Manchete Principal
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse ontem (21) que julgar os processos de impeachment contra o presidente Temer pode piorar o cenário político do país. “Acho que a Câmara já julgou os fatos que estão no pedido de impeachment. Se a gente ficar remoendo o mesmo assunto, a gente só vai gerar instabilidade no Brasil”, disse, antes de participar de um evento sobre reforma política promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Na semana passada, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, entrou no STF com um mandado de segurança, com pedido de liminar, para obrigar o presidente da Câmara a analisar o pedido de impeachment feito pela entidade contra o presidente Temer. Para Maia, as acusações contra Temer já foram analisadas pelos deputados. No dia 2 de agosto, a Câmara rejeitou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente.
“Nós vamos, agora, fazer o mesmo processo de impedimento, com as mesmas informações que nós temos, é querer parar o Brasil. Não me parece a coisa mais razoável”, enfatizou Maia, que também negou que haja demora em analisar o tema. “Os pedidos de impeachment na Câmara e no Senado correm no seu tempo”, acrescentou. Ele defendeu o texto da reforma política que deve ser apreciado hoje (22) pelo plenário. Segundo ele, a criação do “distritão” abre espaço para renovação nos cargos eletivos.
A proposta propõe a mudança do sistema proporcional para as eleições de deputados e vereadores para a modalidade chamada “distritão”, no qual são eleitos os candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade dos votos recebidos pelos partidos e coligações. Além disso, está no texto a criação de um fundo para financiar as campanhas eleitorais a partir de 2018.
Para o presidente da Câmara, a proposta representa uma conciliação para que em 2022 seja adotado um sistema que mescla a eleição majoritária com proporcional. “Acho que é um ganho para o Brasil, já que os dois polos de sistema que são defendidos não tem votos sozinhos para a sua vitória. Nem o distrital, nem a lista fechada consegue construir a maioria”, disse (ABr).