Com a queda de 5,4% no PIB do primeiro trimestre de 2016, na comparação com igual período do último ano, o Brasil teve o pior desempenho da economia no período entre 31 países pesquisados. De acordo com levantamento da consultoria Austin Rating, o País ficou na última colocação atrás de países como Rússia, Grécia e Ucrânia. O resultado do trimestre sinaliza que o País encerrará o segundo ano em recessão, de acordo com avaliação da consultoria.
De acordo com o levantamento, as Filipinas tiveram o melhor desempenho do primeiro trimestre de 2016, com crescimento de 6,9% do PIB. Em seguida aparecem a China, a Indonésia, o Peru e a Malásia, que ocupam as cinco primeiras posições. O levantamento considera 31 países que já divulgaram seus resultados oficiais da economia para o primeiro trimestre.
Entre os países pesquisados, também aparecem a Espanha (6ª colocação), a Coréia do Sul (9ª posição), México (10ª), Estados Unidos (13º) e Alemanha (18ª). O relatório cita ainda que países com situação pior do que o Brasil, como a Venezuela, ainda não divulgaram dados oficiais.
De acordo com a Austin Rating, o resultado da economia brasileira também esteve abaixo da média registrada entre todos os Países do Brics, que também reúne Índia, China, Rússia e África do Sul. Em média, a economia do grupo de países ficou estagnada no período. A consultoria ainda projeta uma queda de 3,81% para o resultado da economia neste ano. “A trajetória recessiva do PIB para este ano, com a expectativa de encerrar com queda pelo segundo ano consecutivo, infelizmente, segue se materializando”, informa relatório da consultoria.
A estimativa de queda no ano também coloca o País com o pior desempenho entre as dez principais economias do mundo. Atualmente, de acordo com a consultoria, o País ocupa a 9ª colocação entre as maiores economias do mundo.
O Ministério da Fazenda avaliou que o resultado do PIB confirma a continuidade da “mais intensa recessão de nossa história”. “As estatísticas das Contas Nacionais confirmaram que, no primeiro trimestre, como resultado essencialmente de desenvolvimentos domésticos, teve continuidade a mais intensa recessão de nossa história, a qual, dentre outros aspectos, gerou um contingente de 11 milhões de desempregados”, diz o ministério em nota.
A expectativa da Pasta, entretanto, é de que, nos próximos trimestres, “em grande parte como consequência da implementação tempestiva de iniciativas recentemente anunciadas, deve ter início o processo de recuperação da economia brasileira” (AE).
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