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Pesquisas eleitorais podem influenciar voto útil, diz cientista político

em Manchete Principal
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Pesquisas temproario

Pesquisas temproario

Pesquisas espontâneas revelam grau de consolidação de candidaturas, diz cientista político. Foto: TSE/Divulgação

O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro afirma que as pesquisas desempenham papel importante na decisão do eleitor. De acordo com ele, existe tanto o voto útil, quando o eleitor quer ajudar alguém que tem mais chance; quanto o voto de veto, quando o eleitor quer fazer com que um candidato específico perca. “A pesquisa não determina, ela influencia como qualquer outra fonte de informação”, esclarece.
O resultado da pesquisa faz parte de um conjunto de informações que o eleitor usa a fim de decidir. “Se ele quiser votar no candidato que está ganhando ou ele acha que o voto útil para a sua tendência política é mais interessante, ele tem o direito de ter essa informação”. O especialista considera, no entanto, um mito a tese de que o brasileiro vota no “cavalo que está ganhando”.
Ele pesquisou o assunto e concluiu que só 5% dos eleitores podem mudar de voto se descobrirem que seu candidato não tem chance. “Os outros 95% escolhem um e vão com ele até o final”. Geraldo também fala sobre a diferença entre pesquisas espontâneas e estimuladas. Para ele, a espontânea mostra o grau de consolidação daquela opção de voto. Já a estimulada pode gerar resultados diferentes. “Na pesquisa espontânea, 56% das mulheres estão indecisas com relação ao candidato a presidente, mas quando você estimula, só 7% ficam indecisas”, exemplifica.
Pelas técnicas de amostragem utilizadas, os entrevistados devem representar os 147 milhões de eleitores brasileiros. “Por exemplo, nós sabemos que 54% do eleitorado é feminino e, portanto, de cada mil entrevistados, 540 serão mulheres”. Os candidatos também ficam atentos aos recortes de idade, sexo e escolaridade feitos pelos institutos de pesquisa. Esses dados auxiliam no discurso que é feito para o eleitorado durante a campanha.
A pesquisa Datafolha divulgada no último dia 11, por exemplo, trouxe o que os eleitores consideram prioridade para as ações do próximo presidente. Saúde lidera com 40%. Em seguida, vêm educação, violência e desemprego. A corrupção, citada na própria pesquisa entre os principais problemas do País, aparece com 2% apenas (Ag.Câmara).