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Meirelles: pontos fundamentais da PEC dos gastos serão mantidos

em Manchete Principal
segunda-feira, 03 de outubro de 2016
Meirelles disse que serão mantidos “os termos fundamentais” da proposta que limita os gastos públicos por 20 anos.

Meirelles disse que serão mantidos “os termos fundamentais” da proposta que limita os gastos públicos por 20 anos.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (3) que serão mantidos “os termos principais e fundamentais” da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos por 20 anos, a partir de 2017. Ele reuniu-se com a equipe econômica do governo e com o relator da PEC, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), para fechar o texto. Hoje (4), Perondi vai ler o relatório na comissão especial da Câmara.
O ministro disse que foi mantida a proposta do governo de possibilitar a mudança no critério de reajuste somente no décimo ano. Mas foi acrescentada a possibilidade de o presidente da República fazer uma alteração por mandato, a partir do décimo ano. Meirelles disse ainda que o governo considerou a possibilidade de haver um “gatilho” que permitisse mudança no reajustes dos gasto se a dívida bruta caísse mais do que o esperado. “Consideramos as questões referentes a um gatilho que pudesse permitir a mudança antes dos 10 anos e a nossa conclusão é que não. A proposta é que prevalece o texto original sem o gatilho”.
Meirelles disse, ainda, que a correção pela inflação em 12 meses valerá somente em 2018 porque o reajuste para o próximo ano já está definido no Orçamento. “Define-se que a correção para o aumento das despesas de 2017 será de 7,2%. A partir daí, para 2018 em diante, prevalece a correção baseada na inflação de 12 meses medida até junho”, disse.
Em 2017, será mantido o reajuste com base na Constituição atual, sem a alteração da PEC. A correção atual é feita com base na receita líquida corrente. “[Na] educação e saúde foi decidido manter o texto original tomando por base os limites previstos na Constituição atual, apenas tomando-se o ano de 2017 como base porque consideramos que é um ano em que a receita estará mais estável em função de já ter recuperação da economia de um lado, não ter repatriação de outro”, finalizou.
O deputado Darcísio Perondi afirmou que não haverá mais vinculação de receitas para saúde e educação, mas será mantido o piso para essas áreas. “A diferença é que educação e saúde têm piso. O piso que vai ficar pelo IPCA poderá ser aumentado”, disse. O deputado destacou ainda que os recursos para essas duas áreas vão aumentar. Para Perondi, o parlamento deixou a “PEC melhor, mais consistente, mais enérgica” (ABr).