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Governo vai lançar pacote para atrair investidores para concessões

em Manchete Principal
terça-feira, 07 de junho de 2016

Terminal de petróleo do Porto do Açu, uma sociedade da Prumo com a alemã Oiltanking.

O governo está disposto a aumentar a taxa de retorno de concessões para atrair investidores para os leilões da área de logística, segundo o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Um pacote de medidas será definido para impulsionar o investimento. A primeira reunião para tratar do tema acontecerá em 15 ou 20 dias, disse o ministro. Junto com o Ministério da Fazenda, “será pensado um novo desenho de leilão”, afirmou.
Além de prometer mais retorno sobre o investimento, o governo vai promover mudanças regulatórias e jurídicas. A medida é uma resposta ao fracasso do leilão de portos no Pará, que se realizaria nesta sexta-feira (10), por falta de empresas interessadas. Ainda não há nova data para leiloar a concessão, de acordo com Quintella. “O leilão foi pensado em 2013, em um outro momento. Para gerar mais atratividade, temos que conversar com o empresariado. Por isso adiamos a concorrência”, afirmou o ministro. Os leilões mais atrativos e que devem sair mais cedo do papel são os de aeroportos, segundo Quintella.
Ele participou ontem (7), da inauguração do terminal de petróleo do Porto do Açu, uma sociedade da Prumo com a alemã Oiltanking. Após o evento, Quintella informou que pediu orçamento de R$ 8 bilhões para 2016, dos quais entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões seriam investidos em infraestrutura de acesso a projetos de logística, como o Porto do Açu. Atualmente, o ministério possui R$ 5,5 bilhões de orçamento, dos quais R$ 1 bilhão estão livres para investimento.
A estratégia, segundo Quintella, é usar o dinheiro na construção de rodovias e ferrovias que interliguem projetos de infraestrutura. Para atender o Porto do Açu, o ministro prometeu tirar do papel a BR-356, que vai ligar os municípios fluminenses de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, além das ferrovias 354 – transcontinental até o Peru, passando pela região central do País – e 118, entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo (AE).