A presidenta da República, Dilma Rousseff, declarou ontem (22), em Piracicaba, que o objetivo do governo é consolidar a expansão da classe média brasileira com a volta do crescimento econômico. “Estamos atualizando as bases da economia e vamos voltar a crescer dentro do nosso potencial. Nosso objetivo é consolidar a expansão da classe média. Queremos que o Brasil seja um país de classe média”.
A presidenta lembrou as medidas que o governo tem tomado para retomar o crescimento, como o esforço para o reequilíbrio das contas públicas, é “essencial para que a economia se recupere”. “Estamos tomando medidas que já têm dado resultado, como o realinhamento dos preços e o aumento das exportações. Vamos ampliar as concessões e fazer esforço para manter os principais programas, como o Minha Casa Minha Vida”, disse, acrescentando que, neste momento de “travessia”, o País busque “sempre maior produtividade, menores custos e maiores inovações para garantir emprego e crescimento”.
Dilma discursou na inauguração de uma unidade de produção de etanol segunda geração, em Piracicaba. A unidade, da empresa Raízen, criada a partir da fusão das empresas Cosan e Shell, recebeu investimentos de quase R$ 240 milhões. A maior parte desse valor, cerca de R$ 207 bilhões, são recursos do BNDES. Dilma destacou a importância da produção em massa de etanol, como uma alternativa ao petróleo, e disse que, com unidade inaugurada hoje, o país pode se manter em posição destacada na produção desse combustível.
A unidade inaugurada é a segunda desse tipo no país e tem capacidade para produzir mais de 42 milhões de litros de etanol por ano. O chamado etanol segunda geração, ou etanol celulósico, é aquele feito a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. A vantagem do etanol celulósico é aumentar a capacidade de produção de etanol em até 50% a partir da mesma área plantada, pois reutiliza os resíduos da primeira produção, que eram desperdiçados (ABr).
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