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CNI revisa números da economia: PIB recuará 3,1% e não mais 3,5%

em Manchete Principal
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
O PIB industrial, com queda de 3,7%, liderará a retração da economia.

O PIB industrial, com queda de 3,7%, liderará a retração da economia.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou na sexta-feira (14) que, diante da melhora das expectativas de empresários e consumidores e dos sinais de que o país começa a superar a crise, as estimativas sobre o desempenho da economia este ano foram revisadas. As novas previsões indicam que o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) encolherá 3,1% em 2016, menos do que os 3,5% estimados no segundo trimestre.
O PIB industrial, com queda de 3,7%, liderará a retração da economia. Será o segundo ano consecutivo de redução da economia brasileira e o terceiro de queda no PIB industrial, informou a CNI. A previsão para os investimentos é de queda de 11%, inferior aos 13,9% estimados no segundo trimestre. O consumo das famílias encolherá 4,6%, menos do que os 4,8% previstos anteriormente, diz o Informe Conjuntural do terceiro trimestre­.
Para a CNI, os principais sinais de recuperação da economia são o aumento da confiança dos empresários, o crescimento do superávit comercial e o ajuste dos estoques aos níveis planejados por empresários. O saldo comercial brasileiro deve alcançar US$ 50 bilhões este ano, muito mais do que os US$ 19,7 bilhões de 2015. Além disso, observa a CNI, a conclusão do processo de impeachment e a posse de um governo que mudou os rumos da política econômica contribuem para a mudança do cenário.
“Ainda que a exata dimensão temporal do ajuste fiscal de longo prazo não esteja definida, a mudança de enfoque reverteu expectativas, com reflexo favorável na confiança dos agentes”, diz o Informe Conjuntural. “Com isso, a confederação destaca que a aprovação do projeto que limita o crescimento do gasto público federal (PEC 241) e a reforma da Previdência são “absolutamente indispensáveis” para reverter o quadro de desequilíbrio fiscal, estabilizar a economia e levar o país a um ritmo mais elevado de crescimento. “O máximo de esforço político deve ser direcionado à aprovação tempestiva e substantiva dessas medidas” (ABr).