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Benefícios devem liderar estratégia para a retenção de talentos

em Manchete Principal
sexta-feira, 04 de março de 2022

Uma das maiores preocupações das empresas está na atração e retenção de talentos. Neste cenário, a gestão de benefícios assume um papel ainda mais estratégico na percepção de valor que os funcionários fazem das organizações.

Para investigar como o tema está sendo endereçado dentro das empresas, a Pontomais, startup líder em gestão de ponto online e soluções de desburocratização de processos de RH, lançou a nova edição de sua pesquisa anual, o Censo de Benefícios 2021.

Como parte fundamental para a aplicação do employer branding, o primeiro ponto analisado foi o alinhamento entre benefícios e estratégias dentro das empresas, considerado importante por mais de 90% das 150 organizações respondentes; dessas, 53,4% afirmam que pensam nos benefícios para a retenção de talentos e 38,2% como estratégia de employer branding. Apenas 7,6% dos entrevistados os veem como uma obrigação.

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Se desde 2020 os benefícios passaram a ter papel decisivo para funcionários e candidatos, neste ano a inovação será peça-chave para as organizações. Com o modelo híbrido em alta, a tendência em 2022 é manter os benefícios do home office e investir em incentivos de retorno ao escritório.

“Arcar com o desconto oficial do Vale Transporte, melhorar o Vale Gasolina ou realizar parcerias com aplicativos de mobilidade será importante para incentivar as equipes”, comenta Hendrik Machado, CEO da Pontomais.

Conhecido como o benefício mais tradicional no País, o vale-transporte depositado nos cartões municipais é o mais utilizado por quase 20% das empresas entrevistadas. Já o vale-combustível ainda é pouco difundido no Brasil e tem espaço para crescer: 30,5% dos respondentes afirmaram não proporcionar o benefício; contudo, mesmo entre os que oferecem, 33,6% alegam entregar um valor irrisório, entre R$6 e 15.

No que diz respeito ao Vale-Refeição, quase metade (43,5%) das empresas entregam um valor médio diário entre R$ 16,00 e R$ 25,00, enquanto a faixa entre R$ 26,00 a R$ 35,00 é praticada por 22,9% das empresas.

Nos dois extremos, 8,4% pagam menos de R$ 15,00 e apenas menos de 5% dão aos seus funcionários um montante acima de R$ 36,00. Com relação ao Vale-Alimentação, a quantidade de empresas que não oferecem (35,9%) é praticamente a mesma daquelas que pagam mais de R$ 300,00/mês (38,9%).

Ou seja, quando ofertado, o Vale-Alimentação é visto como algo extremamente valioso para os funcionários, indo além dos valores simbólicos. Na categoria de demais benefícios oferecidos, o plano de saúde lidera o ranking (86,5%) seguido por vale-creche e vale-academia, respectivamente, em uma lista que também inclui itens como auxílio-estudo e cursos de idiomas.

Contudo, apesar de a gestão de benefícios ser vista como algo que agrega valor para as marcas, aqueles que vão além dos tradicionais ainda são pouco explorados.

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Para Machado, posto que Vale Transporte, Vale Alimentação e plano de saúde já são considerados como o mínimo esperado por candidatos e funcionários, as empresas que diversificarem em 2022 se destacarão, desde que foquem naqueles itens que geram valor para o perfil de sua empresa.

Assim, uma revisão periódica é fundamental para que os RHs garantam que estão oferecendo os benefícios mais adequados aos seus funcionários. A principal intenção do programa de benefícios é proporcionar a qualidade de vida e fazer com que a percepção da marca empregadora seja cada vez mais atraente para os colaboradores.

As empresas precisam entender que o objetivo é que eles sejam endereçados para as pessoas corretas, mesmo que seja apenas uma porcentagem do seu time. Com isso, gera-se mais valor de marca e se consege reter os talentos que fazem uso deles. Uma vez que estão diretamente relacionados ao conceito de salário emocional – isto é, a fatores motivacionais dentro das corporações – cabe às empresas também o papel de incentivar seus funcionários a desfrutarem dessas melhorias.

“Se queremos que a equipe faça mais atividades físicas ou que as pessoas leiam mais, não basta oferecer o convênio com a academia e o vale cultura, a organização deve estimular que seu time realmente faça uso das vantagens oferecidas. Envolver os funcionários e tê-los como guardiões da marca é uma boa maneira de fazer isso”, afirma Machado.

O novo momento dos benefícios reflete a transformação na relação entre as empresas e colaboradores ao longo dos anos. O que podemos concluir de tudo visto até agora é que ainda há muito a ser trabalhado nas empresas quando o assunto é a gestão e a diversificação.

O cenário de benefícios e a busca por profissionais ainda melhores andarão de mãos dadas nos próximos anos. – Fonte e mais informações: (https://pontomais.com.br/).