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Aumento de produtividade geraria crescimento de 4,4% ao ano, diz Banco Mundial

em Manchete Principal
quarta-feira, 07 de março de 2018
Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, no lançamento de relatórios da instituição sobre emprego e crescimento.

Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, no lançamento de relatórios da instituição sobre emprego e crescimento.

O Brasil precisa melhorar a produtividade para que volte a crescer, dizem relatórios divulgados ontem (7) pelo Banco Mundial. Caso mantenha a taxa atual, o Brasil terá crescimento restrito a 1,8% ao ano. Com melhora na produtividade, o país poderia chegar à taxa de 4,4% ao ano, acrescentam os estudos. A produtividade é um indicador de eficiência técnica que demonstra como as empresas, indústrias, setores ou o país transforma insumos medidos na produção de bens e serviços. No Brasil, a produtividade do trabalho vem aumentando cerca de 0,7% ao ano desde meados da década de 90, e o crescimento da produtividade total dos fatores está em declínio.
Segundo o Banco Mundial, hoje, um trabalhador médio no Brasil é apenas cerca de 17% mais produtivo do que há 20 anos. Entre trabalhadores médios de países de alta renda, o aumento no perído foi de 34%. “O crescimento da produtividade é fundamental para gerar empregos melhores e aumentar o padrão de vida das pessoas ao reduzir preços e elevar a qualidade dos produtos consumidos”, diz.
O Banco Mundial, ressaltando que gerar empregos é importante para que Brasil mantenha as conquistas obtidas até 2010, uma vez que dois terços da redução da pobreza do Brasil de 2000 até 2010 deram-se pela geração de empregos.
Segundo o banco, o aumento do salário pode ter impacto na contratação de jovens. Estudos citados na publicação mostram que os aumentos do salário mínimo reduzem em 3% a probabilidade de trabalho dos adolescentes e que um aumento do salário mínimo como proporção do salário médio de 10% está associado a um declínio da formalidade de 3% a 4% em média. No entanto, e de acordo com a OCDE, em 2015, enquanto o Brasil tinha um salário mínimo de US$ 1,12 por hora, países como a Austrália atingiam um valor de US$ 9,54 por hora; Estados Unidos, US$ 6,26 e Japão, US$ 5,52.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo tem adotado medidas para equilibrar as contas e incentivar o crescimento. Ele deu, como exemplo, a reforma do ensino médio, que oferecerá aos estudantes opções de itinerários formativos, entre eles a formação técnica, como um fator positivo que poderá melhorar a formação dos jovens. Citou também a definição do teto de gastos, que estabelece a inflação do ano anterior como limite para o crescimento dos gastos da União no ano vigente. Para este ano, o limite do crescimento em relação a 2017 é de 3% (ABr).