O termo unicórnio, dentro do mundo dos negócios, foi definido em 2013 pela fundadora da Cowboy Ventures, Aileen Lee, para designar empresas avaliadas em mais de US $1 bilhão de dólares. Em 2018, o Brasil conquistou sua primeira startup unicórnio e em três anos o número saltou para 20.
Por se tratar de um país emergente que apresenta muitas problemáticas, o cenário é atrativo para startups se desenvolverem. Segundo a Associação Brasileira de Startups, a expectativa é de que, em cinco anos, o número de empresas unicórnio no país pule de 20 para 100.
“Hoje, o Brasil tem mais de 12 mil startups e elas são o primeiro passo para as empresas unicórnio. O mercado tem espaço para que elas recebam mais investimentos e alcancem outros níveis de crescimento, mas é preciso focar em planejamento e estratégias para tangibilizar isso”, conta Fernando Patara, sócio da 2simple, empresa de assessoria e consultoria para startups.
No mundo existem mais de 600 instituições avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares e vale dizer que o Brasil se encontra entre os 10 países com maior número de unicórnios. Patara explica que esse é um ecossistema que segue aquecido e promete se manter por um bom tempo assim, uma vez que o modelo de negócio tem sido bastante suportado por mercados em ascensão.
Um levantamento realizado pela CB Insights mostrou os segmentos de Fintech e Software & Serviços de Internet como os que mais aparecem na lista de empresas unicórnio no mundo. “O potencial de crescimento é visível, porém nem sempre todas as instituições vão ser assistidas da mesma forma. Vale ressaltar que a estruturação e o planejamento de uma empresa não devem ser deixados de lado. Para chegar lá, é preciso construir um negócio sólido e sustentável anteriormente”, reforça o executivo.
De acordo com o relatório da companhia de inovação Distrito, Inside Venture Capital, 95% do volume investido é centralizado em late stage, empresas em estágio avançado, o que mostra que temos muito dinheiro concentrado em poucos projetos. Visto que em número de rodas de investimentos, 69% vão para startups em nível semente e incial.
Ou seja, antes de chegar no objetivo de US $1 bilhão de dólares, existe um caminho que precisa ser percorrido. O cenário atual também abre portas para empreendedores que sonham em se tornar unicórnios, mas muitas instituições precisam passar por algumas rodadas até chegar lá.
“O Brasil concentra boa parte dos investimentos em empresas da América Latina e é por aí que as startups devem começar a sonhar com o primeiro bilhão”, finaliza. – Fonte e outras informações: (www.2simple.com.br).