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Quatro dicas para conquistar um investidor anjo

em Mais
terça-feira, 03 de janeiro de 2023

Existem mais de 11 mil startups em operação no Brasil. Para cada uma delas, a busca por um investidor anjo é o caminho natural para se capitalizar e aumentar as chances de sucesso num mercado super competitivo.

Em 2021, foram mais de US$ 8,87 bilhões em aportes em startups brasileiras, volume quase três vezes maior do que em 2020, que alcançou US$ 3,65 bilhões, segundo dados do relatório Inside Venture Capital, elaborado pelo Distrito.

Para ajudar os empreendedores que buscam o sonhado aporte inicial, Flávia Mello, co-fundadora do Sororitê, o maior grupo de investidoras anjos do país, explica qual é o caminho dos investimentos atualmente.

• Perfil: quem é o seu anjo? – Sim, as startups procuram o dinheiro para crescer, mas também o investidor certo para o negócio. Somente desta forma é possível encontrar ajuda com a abertura de portas, conhecimento na área de negócio para decolar a empresa e, principalmente, uma cultura de fazer acontecer.

• Um bom pitch “matador” é aquele que vira aporte – Desenvolver um bom pitch é uma verdadeira arte — da comunicação. Primeiro porque é preciso afinar a capacidade de síntese, para ser cirúrgica na hora de apresentar a ideia, segundo porque não existe uma fórmula perfeita, que funcione para todas as situações — é preciso saber contar o próprio negócio nas situações mais distintas, para as mais diversas pessoas, de maneira mais encantadora, embasada e objetiva possível.

“Se o horizonte de um bom pitch é se tornar aporte, fica por conta de quem o apresenta incorporar o valor da própria empresa e saber porque exatamente ela vale o risco. Não adianta decorar um roteiro, é preciso saber o porquê esse negócio precisa existir e qual a vantagem para quem investe.

E sabe por que não adianta decorar, mas sim saber? Porque nenhuma tecnologia, modelo ou curso de oratória convertem mais negócios que a confiança e o conhecimento de uma pessoa que realmente entende daquilo que faz”, explica Flávia.

• Recalcule a rota em casos de imprevistos – A falta de confiança – em si e nos negócios – se traduz no medo de perder o patrimônio e na percepção equivocada do risco, gerando uma “bola de neve”: quanto menos as empreendedoras confiam em seu taco, menos buscam informações que as ajudem a investir; e quanto menos conhecimento elas têm, menor a confiança em si próprias.

• Mentoria e smart money – Cada investidora e fundadora pode – e deve – desenvolver uma relação de parceria com seus novos investidores. Uma rede de anjos bem utilizada nesse estágio tão inicial pode ser muito decisiva no futuro daquela empresa. “Nós, do Sororitê, gostamos de smart money, o que quer dizer que preferimos startups onde podemos nos envolver e aportar além do capital.

Contribuímos para as fundadoras com nossas expertises e network. A forma como esse acompanhamento vai acontecer é parte da negociação do aporte, pode ser solicitado lugar no Board, por exemplo, a depender do montante investido”, diz a co-fundadora.

O cenário econômico com a pandemia certamente gerou um boom de empreendedorismo no Brasil, com a digitalização forçada de vários setores. Mesmo assim, quando falamos do ecossistema de startups, vemos que existem ainda muitas questões estruturais a serem resolvidas para que os investimentos-anjos possam, enfim, decolar no país e os empreendedores tenham maior estímulo para tirar seus projetos do papel. – Fonte e outras informações: (https://br.linkedin.com/company/sororite).