O mercado de fusões e aquisições movimentou cerca de R$ 101,5 bilhões no Brasil, de acordo com o relatório mais recente da TTR Data. Foram 747 transações realizadas, com 76% já concluídas. Entre as operações mais comentadas figura a aquisição da rede Velocity pela SmartFit. Mais recentemente, a DeMillus anunciou que está em processo de compra da Selene.
“O Brasil segue se apresentando atraente aos investidores, sejam eles nacionais ou estrangeiros, devido ao seu tamanho e potencial. No entanto, é crucial que o sistema tributário e as políticas fiscais sejam cada vez mais claras para oferecer mais segurança jurídica a esses investidores, especialmente os internacionais”, analisa SilvineiToffanin, sócio e diretor da Direto Group – empresa de wealthmanagement com quase 30 anos de mercado.
O especialista explica que antes de realizar esse tipo de operação é importante considerar alguns aspectos. “A aquisição de uma empresa concorrente ou que complemente as operações de um negócio pode trazer inúmeras vantagens competitivas, caso do acesso a uma base de clientes nova, equipe com colaboradores eficientes, posição de mercado, etc.
Porém, também é preciso critério para garantir a chegada de uma empresa saudável e estrategicamente alinhada aos objetivos da companhia”, analisa Toffanin. Entre os pontos que precisam ser avaliados, ele indica que haja cautela para encontrar o negócio certo para investir, ao apontar a necessidade de uma avaliação profunda do negócio de interesse e uma análise completa das maneiras como aquela nova empresa vai agregar aos negócios da companhia já estabelecida.
Toffanin também destaca a importância da realização de uma avaliação realmente bem-feita a respeito do valor econômico-financeiro do negócio por meio de um ‘valuation’ bem aplicado, usando metodologias que apresentem cálculos objetivos e apontem de forma definitiva para o risco do investimento com uma boa previsão da riqueza que a empresa pode gerar no futuro.
Outro passo importante envolve a checagem de todos os dados da empresa, o que compreende verificar o desempenho alcançado nos últimos anos, se está de acordo com o apresentado pelo mercado, incluindo a verificação em relação às promessas para o futuro e se elas realmente condizem com as possibilidades apresentadas pelo setor.
Toffanin alerta para a importância da redação de um contrato de compra e venda bem redigido, que englobe todos os pontos chaves da negociação. Afinal, de nada adianta um processo negocial exitoso se os combinados não forem para o papel. “O contrato precisa refletir todo o processo de negociação e formalizar todos os pormenores e detalhes acordados, envolvendo desde o valor e condições de pagamento, até a administração de possíveis passivos presentes ou que surgirem no futuro”, destaca. – Fonte e outras informações: (www.diretogroup.com).