Thiago Mazeto (*)
Em paralelo aos avanços que a vacinação traz à sociedade e ao nosso cotidiano, a pandemia ainda segue gerando desafios e demandando uma grande capacidade criativa dos lojistas para a obtenção de bons resultados.
Se o ano de 2020 trouxe a necessidade de digitalizar os negócios e 2021 permitiu, ainda que de forma gradual e parcial, a retomada do atendimento presencial em lojas físicas, este ano nos dará a oportunidade de unir estes dois caminhos em uma estratégia mais assertiva e abrangente.
É sob esta perspectiva que a junção do varejo físico e online se apresenta de forma bastante inovadora, ainda que não seja exatamente uma novidade para uma parte dos profissionais que atuam na linha de frente do e-commerce. Com o objetivo de integrar os meios de venda on e offline, a estratégia é capaz de oferecer uma experiência única e bastante convidativa para clientes que já estão habituados a traçar sua jornada de compra de ambas as formas.
Uma pesquisa por um produto feita pelo celular pode resultar em uma visita presencial à loja para teste ou experimentação que, por sua vez, sucede uma opção de pagamento online, assim como a escolha de quando e onde receber a mercadoria. Para antecipar a relação com este perfil de cliente, os lojistas precisam se atentar não apenas à disponibilidade destes recursos, mas também à padronização de atendimento e integração das etapas e informações de compra, de forma a evitar ruídos e informações desencontradas.
O investimento feito na implementação de tecnologia e contratação de profissionais habilitados para articular todos os canais de venda disponíveis pode trazer inúmeras vantagens para estes empreendedores. Alguns exemplos estão na organização de ofertas e promoções para datas sazonais, na possibilidade de realizar uma gestão de estoque mais eficiente e no aumento da presença das marcas no mercado, o que pode gerar, consequentemente, um crescimento na taxa de conversão de vendas.
De acordo com a 7ª edição da pesquisa Consumer Pulse, dois terços dos brasileiros já adotaram o conceito de omnichannel em suas jornadas de compra, o que demonstra a força e o potencial que a estratégia carrega em um período crucial para a maturidade do e-commerce no Brasil.
É um equívoco pensar que, em curto e médio prazo, o ambiente digital substituirá o presencial em sua totalidade, seja em um cenário de pandemia ou em uma etapa posterior. O ano de 2022 sugere um olhar que ainda é cauteloso, mas também mais apurado sobre os processos de retomada e reabertura das atividades presenciais no varejo.
Por isso, a estratégia de omnichannel deve crescer ainda mais, para oferecer caminhos e saciar o desejo de quem faz da jornada de compra uma experiência valiosa na sua relação com a sociedade.
(*) – É CEO da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, sendo responsável pelas áreas de marketing (https://www.tray.com.br/).