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Lazer e Cultura 07/07/2015

em Lazer e Cultura
segunda-feira, 06 de julho de 2015

Reestreia

Cena da peça “Pano de Boca”.

Pano de Boca, uma reflexão poética sobre o teatro é uma obra emblemática de Fauzi Arap (1938-2013) escrita 40 anos atrás

A peça retrata a implosão de um grupo de teatro após seus integrantes ultrapassarem todos os limites entre arte e vida. A encenação também faz uma “releitura” do cenário e dos figurinos criados por Flávio Império (1935-1985), homenageando duas das maiores personalidades do teatro brasileiro, cuja parceria criativa é considerada inigualável nas artes cênicas. O texto é estruturado em três planos. No primeiro, dois personagens indefinidos, palhaços inacabados, reclamam vida dentro da cabeça de um autor em crise. No segundo, uma atriz (Gabriela Morato) dialoga com alguém que não se vê sobre os acontecimentos que motivaram a desintegração de um grupo. E no terceiro, o próprio grupo tenta reabrir o teatro abandonado em uma reunião convocada por alguém não identificado. A peça se funde em uma discussão sobre a criação, a exclusão e o sagrado no teatro. Com, Gabriela Morato (magra), Marcelo Marcus Fonseca (Pagão), Daniel Ortega (Paulo), Josemir Kowalick (Zeca), Francisco da Silva (Segundo), Gustavo Oliveira (Marco), Rebeca Ristoff (Ana), Victor Dallmann (Pedro) e Ana Beatriz Pereira (Tássia)

Serviço: Teatro do Incêndio, R. 13 de Maio, 53, Bixiga, tel. 2609-3730. Sábados e segundas, às 20h, domingos às 18h, sessões extras aos sábados 18h, em agosto e setembro. Ingressos: R$ 5. Até 20/09.

 

REFLEXÃO

OBSESSÃO
Filhos, não olvideis que os vossos afetos invisíveis do pretérito procuram interferir negativamente em vossos justos anseios espirituais do presente. De todas as formas, eles buscarão se insinuar em vossos caminhos, impedindo a vossa desvinculação mental com o passado. Pela afinidade natural que convosco estabeleceram em experiências pregressas, lograrão fácil acesso ao vosso psiquismo, articulando aos vossos ouvidos inaudíveis palavras de desalento.
Praticamente sem tréguas, insistirão convosco na descrença, armando-vos o espírito contra os companheiros que vos têm concitado à renovação. Levantarão em vós suspeitas infundadas a respeito daqueles que podem vos influenciar para o bem. Não raro, prepararão instrumentos para vossa queda no rol de vossas afeições mais íntimas. Nos lábios dos que tenham alguma ascendência sobre vós, colocarão palavras que vos induzirão a reconsiderar atitudes e decisões no campo da fé. Os irmãos consanguíneos do Mestre o tinham à conta de homem fora do seu juízo perfeito… Quantos se fizeram cristãos nos primeiros tempos do Evangelho começavam a ser chamados ao testemunho no seio da própria família. Os espíritos que lutam contra os propósitos de espiritualização das criaturas envidam esforços no sentido de que o seguidor de Jesus na Doutrina Espírita vincule a causa dos problemas materiais que enfrenta à sua nova opção de fé. Por este motivo, os espíritas sempre facearão acirrada perseguição material por parte dos opositores da Terceira Revelação. Além de sustentarem lutas cármicas pessoais, defrontar-se-ão com os adversários da Causa que abraçaram. No entanto o amparo espiritual não haverá de faltar a quem tome a decisão de renunciar às facilidades transitórias. Filhos perseverai na Fé e triunfareis ! (Obra: Coragem da Fé – Carlos A. Baccelli / Bezerra de Meneses).

Tirinhas de jornal

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A mostra Macanudismo apresenta tirinhas originais de Liniers. Macanudo é a tirinha que Liniers publica no jornal argentino La Nación desde 2002. Nos quadrinhos, o artista retrata situações cômicas de diversas personagens com forma e cores que, com ou sem escrita, transmitem reflexões sobre muitos temas. Para compor a exposição são exibidos cerca de 650 obras, entre tirinhas, quadrinhos, livros, pinturas e desenhos originais criados por Liniers.

Serviço: Centro Cultural Correios, Av. São João, s/n, Centro. De terça a domingo das 11h às 17h. Entrada franca. Até 01/09.

Temas musicais

A mostra “A Música Canta a República” reúne uma parte da pesquisa sobre produção musical brasileira em episódios políticos do país, realizada por Franklin Martins. Foram selecionados 80 temas e cerca de 110 canções das mais de mil identificadas por Martins para a mostra. O conjunto traça um percurso do período estudado pelo autor, de 1902 (ano de lançamento dos primeiros discos fonográficos), por meio de fotos, vídeos, áudios e textos. O “Brasil cantado” na exposição registra fatos que compuseram nossa história, como “Vargas no Poder”, “Democracia de Massas”, “Anos Dourados?”, “Ditadura e Resistência”, “Vai acabar a ditadura militar”, “Que país é esse” e “Eu só quero ser feliz”.

Serviço: Instituto Tomie Ohtake, R. dos Coropés, 88, Pinheiros, tel. 2245-1900. De terça a domingo das 11h às 20h. Entrada franca. Até 02/08.

Comédia

Maria Paula, Adriana Lessa e Maximiliana Reis.

Produzido em mais de 150 países e traduzido para mais de 50 idiomas o espetáculo Os Monólogos da Vagina tornou-se fenômeno mundial. Depoimentos verídicos de mais de 200 mulheres colhidos pela autora em todo o mundo abordam de maneira extremamente bem humorada, direta e livre de preconceitos uma reflexão sobre a relação da mulher com sua própria sexualidade. Com, Maria Paula, Adriana Lessa e Maximiliana Reis.

Serviço: Teatro Santo Agostinho, R. Apeninos, 118, Liberdade, tel. 3209-4858. Sextas às 21h30, sábados e domingos às 20h. Ingressos: R4 50 e R$ 60. Até 30/08.

Circense

O “sagrado” direito a propriedade privada, símbolo da cultura oficial, é reinterpretado no O Perrengue da Lona Preta, um espetáculo inspirado na tradição circense. Nele os palhaços Rabiola e Chico Remela reconstroem, de forma divertida, os símbolos pretensamente eternos da ordem vigente. Com A Trupe da Lona Preta.

Serviço: Sesc Campo Limpo, R. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, tel. 5510-2700. Quinta (9) às 19h. Entrada franca.