Estreia
Em cada história, Anatol e seu cúmplice Max (uma espécie de duplo do protagonista) têm amantes diferentes, burguesas, atrizes, prostitutas e costureiras, sem fazer distinção de idade, classe social ou estado civil
Foto: Ronaldo Gutierrz
Com direção de Eduardo Tolentino de Araujo e tradução feita especificamente para a encenação, a peça “Anatol”, que estreia no próximo dia 07, publicada em 1882, é o primeiro texto teatral escrito pelo polêmico autor vienense, que flertava com as ideias do psicanalista Sigmund Freud sobre a sexualidade humana. Pouco conhecido no Brasil, Schnitzler também é autor de La Ronde (“A Ciranda”), que foi censurada em 1903 por causa de seu conteúdo erótico, semelhante ao de Anatol.Dividida em seis curtos episódios, com diálogos carregados de humor ácido, a peça traça as aventuras e desventuras de um Don Juan moderno em sua busca incessante de prazer em relações desprovidas de afeto. Em cada história, Anatol e seu cúmplice Max (uma espécie de duplo do protagonista) têm amantes diferentes, burguesas, atrizes, prostitutas e costureiras, sem fazer distinção de idade, classe social ou estado civil. Em uma época de moral sexual bastante elástica e liberação feminina, essas mulheres não são mocinhas frágeis e inocentes da literatura do século XIX, mas sim donas da própria vida sexual. Em sua diversidade, elas revelam a vulnerabilidade do homem moderno em sua falsa crença de domínio e supremacia. Tendo como pano de fundo a efervescência artística e intelectual de Viena na virada do século XIX, ambiente que forjou o conceito de modernidade e revolucionou a vida cultural europeia do século 20. Com Adriano Bedin, Antoniela Canto, Ariel Cannal, Athena Beal, Bruno Barchesi, Camila Czerkes, Cinthya Hussey, Isabella Lemos e Natalía Moço.
Serviço: Teatro Paulo Eiró, Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, tel. 5686-8440. Sextas e sábados às 21h e aos domingos, às 19h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Até 30/09.
REFLEXÃOTempos de mudança | |
Mental AbstratoFoto: © FELIPE GABRIEL/RED BULL CONTENT POOL O Mental Abstrato apresenta seu novo e segundo disco “UZOMA” – no dialeto africano Igbo, “o bom caminho a ser percorrido”. O trabalho sucede o “Pure Essence”, lançado pelos japoneses em 2010. “Esse álbum é outra história, mas não deixa de ser uma continuação. Enriquecemos as composições, com arranjos muito mais elaborados, proporções de elementos e timbres. Tem essa parada da música orgânica encontrando-se com as batidas programadas. Tudo evoluiu, mas sem perder aquilo que enxergamos como fundamento da nossa música”. Gravado no Red Bull Music Studios, o CD foi produzido pela própria banda e conta com as participações especiais de Claudya, do hit “Deixa eu Dizer”, Bocato, trombonista que tocou com Elis Regina, Gil Duarte, Guizado, Rodrigo Brandão, Erica Dee (CAN) e Ozay Moore (EUA), além de outros grandes artistas e instrumentistas. Com uma linha de frente formada por Omig One (percussão & beats), Calmão (beats) e Guimas Santos (baixo e bateria), Mental Abstrato segue reverenciando o hip-hop, samba jazz, neo soul, broken beat e os sons ancestrais de matriz africana. Isso fica ainda mais evidente com a faixa “Khamisi”, que abre o projeto com aguerê, um toque sagrado em homenagem ao orixá Oxóssi. O resultado, ao longo das 12 faixas que compõem UZOMA, é uma viagem sonora urbana e afro-jazzística, representando a musica brasileira contemporânea, dos subúrbios de São Paulo para o mundo. Serviço: Sesc Pompeia, R. Clélia, 93. Quinta (06/09) às 21h30. Ingresso: R$ 20. | “Dentro de Cada Um”Elza Soares apresenta o lyric video da música “Dentro de Cada Um”. O registro foi feito durante o show de estreia da turnê de seu novo álbum, “Deus É Mulher”, em São Paulo, no Sesc Vila Mariana. As imagens foram gravadas pela Aruac Filmes, com direção de Eryk Rocha, e editadas por Pedro Hansen. O vídeo capta o vigor da cantora ao vivo acompanhada da sua banda. Assim como no disco, o clipe traz a participação especial do bloco afro de percussionistas Ilú Obá de Min. A canção, de autoria de Luciano Mello e Pedro Loureiro, fala sobre a libertação feminina de diversas situações. O álbum “Deus É Mulher” está disponível em todas as plataformas digitais e em CD pela gravadora Deck e, também, em vinil e cassete pela Polysom. Para assistir: (www.youtube.com/watch?v=TxivAxebqKc&feature=youtu.be). NOTAChamando atenção do público e da crítica por trazer uma experiência sonora e visual únicas, Edgar prepara-se para apresentar o álbum “Ultrassom”. O disco, primeiro com uma gravadora, a Deck, já tem data de lançamento confirmada: 6 de setembro. Com produção assinada por Pupillo (Nação Zumbi), o novo trabalho estará disponível nas plataformas digitais e nas lojas em CD, vinil e cassete. Recentemente ele apresentou duas músicas com clipes impressionantes: “Plástico” e “O Amor Está Preso?”. Sua sonoridade muito original é acompanhada por letras com afiadas críticas à nossa sociedade. Ultrapassando os limites da música, sua criatividade ainda está refletida nos figurinos produzidos por ele com material descartado. Com 25 anos de idade, o artista de Guarulhos (SP) começou a rimar na adolescência, a partir de aulas de percussão, encaixando palavras e sílabas para imitar a batida de tambores e repiques, enquanto entendia a diferença entre gêneros musicais. Tendo como referência o rap, a música eletrônica, ritmos nordestinos e o rock, ele já lançou um EP, um álbum e dois discos disponibilizados em formato de curta metragem no YouTube. Para assistir “Plástico”: (www.youtube.com/watch?v=j4CJ6OVFceY). Para assistir “O Amor Está Preso?”: (www.youtube.com/watch?v=aZCm8t_7qsg) |