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Geral 28/07/2016

em Geral
quarta-feira, 27 de julho de 2016

Iranianos e refugiados afegãos transformam discórdia em obras de arte

O projeto uniu artistas locais e mais de 60 voluntários do bairro de Saadi, em Shiraz, para transformar e colorir os muros da comunidade.

O bairro de Saadi, na cidade iraniana de Shiraz, uma das comunidades de refugiados mais pobres da região, conseguiu unir os refugiados afegãos e a comunidade local para colorir os muros
e transformar o lugar

O projeto foi conduzido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), em parceria com o governo do Irã, e levou obras de arte aos muros da comunidade.
O bairro de Saadi recebe muitos refugiados do Afeganistão, o que gera conflitos e tensões sociais entre os cidadãos locais e os afegãos. As pichações nos muros, os problemas causados devido ao despejo inadequado do lixo e as más condições de saneamento básico completam o cenário de hostilidades e discórdia entre os moradores. Para promover a cooperação entre a população, a Acnur e o governo iraniano reuniram artistas locais e mais de 60 voluntários da comunidade para desenvolver e implementar um projeto de transformação por meio da arte.
O trabalho começou com o recolhimento do lixo e a transformação das mensagens de ódio, gravadas nos muros, em surpreendentes e coloridos painéis. Segundo a Acnur, dois artistas – um iraniano e um afegão – e cinco estudantes de artes trabalharam com as crianças da comunidade para desenvolver o projeto e oferecer orientação artística durante uma semana de pintura. Um voluntário iraniano se ofereceu para pintar alguns rostos e um médico afegão ainda ofereceu avaliações gratuitas de saúde.
Com o passar dos dias, os moradores foram se envolvendo cada vez mais com o projeto. “Foi necessário comprar mais material quando os moradores, antes hesitantes, se empolgaram para participar do projeto e ver suas próprias paredes pintadas também”, disse Sharifi, um artista e designer afegão. O Irã já acolheu quase 1 milhão de refugiados e a iniciativa da Acnur contribuiu para um relacionamento mais harmonioso e colaborativo entre iranianos e afegãos, amenizando questões de intolerância e preconceito (ABr).

Cachaça é reconhecida pelo México como bebida genuinamente brasileira

Os mexicanos enxergarão a Cachaça como o Cognac e o Champagne, bebida com história, sabor e aromas típicos de um único país, o Brasil.

O Brasil acaba de firmar um acordo com o México para reconhecer a cachaça como bebida genuinamente brasileira e a tequila como produto originalmente mexicano. O acordo foi assinado durante a visita do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao país. As tratativas estavam em andamento há alguns anos, mas a partir de junho de 2014 o processo recebeu atenção do governo, a partir da renovação de um convênio firmado entre o IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) e o Conselho Regulador de Tequila (Crt).
Segundo o IBRAC, as exportações de cachaça não passam de 1% do volume produzido e isto deve estimular o setor a aumentar os investimentos no mercado mexicano. Além disso, o acordo também deve impedir o uso da denominação “cachaça” por produtores de outros países. Em 2015, o México exportou mais de 180 milhões de litros para mais de 120 países, enquanto o Brasil exportou pouco mais de sete milhões de litros do destilado para 61 países. Deste total, apenas 0,54% do total exportado foi para o México.
Para o presidente da Confraria Paulista da Cachaça, Alexandre Bertin, o governo está buscando alternativas para ajudar a área econômica e as exportações de Cachaça têm muito potencial. “É uma atitude acertada. Esse acordo ajudará os produtores a atingirem outros mercados e a gerar resultados positivos para a cadeia como um todo”. O estreitamento do relacionamento com os mexicanos já vem sendo trabalhado pelo IBRAC.
A entidade, juntamente com a Apex Brasil, está organizando a ida de uma comitiva de produtores brasileiros para apresentação da cachaça no Barra México, bar show de destilados premium, mixologia de alto nível e líderes da indústria da América Latina. O evento acontecerá no dia 23 de agosto, na Cidade do México. O empresário Leandro Dias, CEO da Middas Cachaça, estará junto ao grupo de produtores que irão promover a bebida.
“No evento iremos trabalhar fortemente a disseminação da cultura da Cachaça. Já em relação ao acordo, isso pode trazer um aumento significativo nas exportações de Cachaça para o México, pois os mexicanos passarão a enxergar a Cachaça da mesma forma que o Cognac e o Champagne, ou seja, como uma bebida com história, sabor e aromas típicos de um único país, o Brasil”.

Líder palestino condena ataque a igreja

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, enviou uma carta ao papa Francisco para condenar o ataque do Estado Islâmico a uma igreja na França. Ele também disse que nenhuma justificativa é válida para violência em nome da religião.
“Estamos desconcertados com o tirano ataque à igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, no qual perdemos o padre Jacques Hamel. Em nome do Estado da Palestina e do povo palestino, e em meu nome pessoal, condeno a odiosa ação terrorista e qualquer justificativa que se possa dar pela religião a estes atos contra a humanidade”, disse Abbas, que é muçulmano.
“Estaremos sempre lado a lado para difundir o amor, a misericórdia e a justiça contra o ódio e o integralismo, e para fazermos crescer juntas a paz e a justiça em toda a humanidade”, prometeu o líder palestino, em uma carta oficial.
Os bispos católicos na Terra Santa também divulgaram uma mensagem de apoio à França e à Igreja Católica. “Da Terra Santa, que continua sofrendo violência e instabilidade, aumentamos nossas vozes para pedir o fim do uso da violência em nome da religião e, além do mais, usá-la como via para promover o respeito recíproco e a compreensão entre os povos”, pediu uma nota do Patriarcado Latino de Jerusalém (ANSA).

Mais de 80% das 187 mil moedas da Olimpíada já foram vendidas

Mais de temproario

O Banco Central (BC) informou que já foram vendidas 82,5% das 187 mil moedas especiais para colecionadores comemorativas dos Jogos Olímpicos. Desse total, três modelos já estão esgotados: Ouro – Corrida de 100 metros, Prata – Teatro Municipal e Prata – Borboleta da Praia. As tiragens máximas autorizadas foram 5 mil de cada um dos quatro modelos de ouro, 25 mil de cada um dos 16 modelos de prata e 20 milhões de cada uma das 16 moedas de circulação comum de R$ 1.
Do total das moedas de circulação comum, 10 mil de cada foram separadas para serem vendidas em cartelas. Estão em circulação no país mais de 274 milhões de moedas de R$ 1 comemorativas da Olimpíada. Essas moedas começaram a circular em 28 de novembro de 2014, quando foi lançado o primeiro lote. O quarto e último conjunto de moedas comemorativas dos Jogos Rio 2016 foi lançado em fevereiro último.
No início deste mês, o BC assinou um acordo de cooperação com a Casa da Moeda do Brasil para ampliação dos canais de venda de moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, tanto pela internet quando em lojas físicas. As moedas estão disponíveis para venda na loja oficial dos Jogos Rio 2016, na praia de Copacabana. Uma segunda loja física na Vila Olímpica deverá vender as moedas a partir de agosto até o término dos jogos (ABr).

Incêndios em favelas já somam 73% dos registros de 2015

O Corpo de Bombeiros contabiliza 100 incêndios em favelas da cidade de São Paulo este ano – ao menos três pessoas morreram. O número se aproxima do total registrado em 2015, quando houve 136 casos. Segundo o capitão Marcos Palumbo, porta-voz dos bombeiros, o problema é intensificado pelo tempo seco, que predomina desde abril e deve continuar até outubro, no período de estiagem. Nas ocorrências em favelas, o fogo se espalha com facilidade por causa das condições precárias das moradias.
“Pode ser um curto-circuito ou displicência na cozinha, um vazamento de gás. São causas acidentais. Mas há casos que a gente pergunta o que aconteceu e descobre que alguém ateou fogo no barraco após uma briga”, disse Palumbo. Uma panela esquecida no fogo foi a causa do incêndio da favela Alba, na zona sul, que matou o cadeirante Weliton Roberto Seara, de 11 anos, na última segunda-feira (25). Os moradores tentaram apagar as chamas com água de um córrego, mas não conseguiram evitar a destruição de 40 barracos.
No incêndio da comunidade Douglas Rodrigues, na Vila Maria, zona norte, no dia 18 de julho, morreram o pedreiro Severino José Ferreira Filho, de 65 anos, e outra vítima ainda não identificada. Ao menos 440 famílias ficaram sem moradia. No dia 14 de maio, 100 barracos ficaram destruídos após incêndio na favela de Paraisópolis, uma das maiores da capital.
Segundo Palumbo, a campanha Chama Segura, que dissemina a cultura de prevenção em comunidades carentes, distribuiu 10 mil kits de instalação de gás de cozinha, contendo válvula, regulador de pressão e abraçadeiras.
No programa, os bombeiros instruem a população sobre a maneira correta de acondicionar, instalar e manusear o botijão de gás e, assim, evitar acidentes (ABr).