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Geral 25/02 a 01/03/2017

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
O rastreamento permite que consumidor saiba a origem do produto.

Rastreamento de frutas, legumes e verduras aumenta em 2016

O rastreamento permite que consumidor saiba a origem do produto.

O volume de frutas, legumes e verduras (FLV) rastreados ano passado aumentou 23,6% na comparação com 2015, segundo dados do Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos (Rama), da Associação Brasileira de Supermercados, divulgado durante o evento RAMA 2020 – Tendências e Inovações na Cadeia Produtiva de Alimentos, na capital paulista

De acordo com o balanço, em 2016 foram rastreados 1,2 milhão de toneladas de FLV ante 1 milhão em 2015. Os dados mostram também que no ano passado o programa de monitoramento registrou um índice de conformidade de 73%, o que indica melhora em relação a 2015, quando essa taxa foi de 66%. As inconformidades estão relacionadas ao Limite Máximo de Resíduos (LMR), ingredientes Não Autorizados (NA), à combinação dos dois e aos ingredientes proibidos. De acordo com o balanço, 3% dos resultados de 2016 estão acima do LMR.
O monitoramento tem abrangência nacional e conta com a participação de 44 varejos, o que representa 20,5% das vendas totais de frutas, legumes e verduras no Brasil. São monitorados constantemente 81 produtos. Os 81 produtos monitorados levam em seus rótulos um código que permite que o consumidor veja toda a cadeia de produção até supermercado. Com o Rama, os supermercados têm acesso a um conjunto de informações que permite a seleção consciente de fornecedores.
Segundo o coordenador do programa de monitoramento, Marcio Milan, o objetivo é levar alimentos seguros ao consumidor, com benefícios para uma alimentação mais saudável. “O processo começa no produtor que usa padrões de codificação para conseguir monitorar todos os processos até chegar ao supermercado”. Segundo Milan, o próprio varejista também pode providenciar a análise desses produtos para identificar se estão dentro dos padrões estabelecidos. “Quando estão fora, entramos em contato com o produtor para que ele faça a correção do problema”, explicou.
De acordo com o diretor da empresa responsável pela rastreabilidade dos produtos, Giampaolo Buso, entre as metas do programa estão a redução do desperdício, aumento de consumo de frutas, legumes e verduras, educação da população e padronização dos produtos. “Estamos colocando isso como desafio, porque não depende de nós mudar tudo isso e sim darmos direcionamento. O supermercado tem que agir e o consumidor tem que exigir”, disse (ABr).

STF manda soltar Bruno, ex-goleiro do Flamengo

Goleiro Bruno Fernandes encontrava-se preso há 6 anos e 7 meses.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, concedeu uma decisão liminar (provisória) para que o goleiro Bruno Fernandes, preso quando jogava pelo Flamengo, seja libertado. Na decisão, divulgada na sexta-feira (24), Marco Aurélio destacou que Bruno encontra-se preso há 6 anos e 7 meses sem que tenha sido condenado em segunda instância, motivo pelo qual deve ser solto para que recorra em liberdade.
“Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória”, escreveu o ministro do STF. O goleiro já havia tido um pedido de habeas corpus negado no STJ. Bruno foi preso preventivamente em agosto de 2010, após um inquérito policial apontá-lo como principal suspeito de ter matado a ex-namorada Eliza Samudio, com quem teve um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado.
Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou o goleiro a 22 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com emprego de asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima), sequestro e ocultação de cadáver. O comparsa de Bruno, seu amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, também foi condenado. A decisão do STF não menciona o cúmplice.
À época, o caso gerou grande comoção social e o júri negou a Bruno e Macarrão o direito de recorrer em liberdade. “O clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva”, escreveu Marco Aurélio na decisão em que mandou soltar o goleiro. No pedido de habeas corpus ao STF, a defesa de Bruno alegou demora de mais de três anos para que seu caso fosse julgado na segunda instância. Ele ainda encontra-se detido na penitenciária de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte (ABr).

Xenofobia: indiano é morto em bar dos EUA

Um engenheiro indiano foi morto e outras duas pessoas ficaram feridas em um tiroteio em um bar na cidade de Kansas, nos Estados Unidos, após um ex-soldado da Marinha usar frases xenófobas contra os imigrantes. “Saia do meu país”, gritou Adam Purinton, de 51 anos, antes de disparar mais de nove tiros contra Srinivas Kuchibhotla. O atirador foi preso acusado de assassinato e tentativa de homicídio. O indiano, de 32 anos, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
De acordo com o barman do local, a vítima tinha costume de frequentar o bar, uma ou duas vezes por semana. Seus dois amigos continuam internados. O proprietário do bar disse que antes de disparar, Purinton gritou insultos racistas enquanto os clientes assistiam um jogo de basquete na televisão. As autoridades não confirmaram a natureza do ódio. No entanto, afirmaram que o “FBI está cooperando na investigação”.
“Foi um crime hediondo e nós queremos uma investigação precisa para confirmar todas as suspeitas, porque somos as vítimas deste crime e queremos que a comunidade saiba. Queremos ter certeza que a pessoa envolvida seja responsável por suas ações”, afirmou o agente do FBI, Eric Jackson. Em mensagem no Facebook, o senador republicano do Kansas, Jerry Moran, escreveu que está muito chateado com o acontecimento. “Condeno veementemente todas as formas de violência. Especialmente se motivada por preconceito e xenofobia”, disse (ANSA).

Caiu liminar que impedia a prefeitura de apagar grafites

Grafites na Avenida 23 de Maio.

A liminar que impedia a prefeitura de São Paulo de apagar os grafites feitos nos muros da cidade sem prévia autorização do Conpresp foi derrubada pela Justiça. De acordo com a decisão da desembargadora Maria Olívia Alves, o pedido feito por moradores da cidade é genérico e parece impedir a prefeitura de cuidar das áreas e dos prédios públicos.
Segundo a magistrada, a remoção de alguns murais de grafite, ocorrida em São Paulo, foi devidamente justificada pelo esgotamento temporal da autorização conferida pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) e pelo fato de que os murais já estavam degradados por pichações ou desgastados pela emissão de gases pelos veículos.
“Há política de fomento à arte de rua no âmbito municipal e tal expressão cultural deve ser considerada à luz da paisagem urbana, de modo que não pode ser analisada tão somente sob a perspectiva do artista ou do entusiasta”, diz a decisão.
Para a desembargadora, não há dúvida de que as manifestações artísticas merecem toda a proteção por parte do Poder Público, mas não se pode perder de vista que cabe ao próprio Poder Público exercer o poder de polícia ambiental e implementar políticas para zelar pela paisagem urbana (ABr).

País tem quase 13 milhões de desempregados

A taxa de desocupados continua em alta e fechou o trimestre encerrado em janeiro em 12,6%, um crescimento de 0,8 ponto percentual em relação ao período de agosto a outubro do ano passado, quando estava em 11,8%. Com a alta do último trimestre, o país passou a contabilizar 12,9 milhões de desempregados. Os dados, divulgados na última sexta-feira (24) pelo IBGE, fazem parte da Pnad Contínua.
Esta é a maior taxa de desemprego da série iniciada em 2012 e também o maior número de desempregados da história. Com a alta do último trimestre, a população desocupada cresceu 7,3% (o equivalente a mais 879 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2016. Quando comparada ao mesmo trimestre do ano passado, a alta do desemprego no trimestre encerrado em janeiro chegou a 34,3%, o equivalente a mais 3,3 milhões de pessoas desocupadas.
Na comparação com o mesmo trimestre móvel encerrado em janeiro do ano passado, quando o desemprego estava em 9,5%, a taxa cresceu 3,1 ponto percentual. Em relação à população ocupada, atualmente de 89,9 milhões de pessoas, houve estabilidade em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2016. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando o total de ocupados era de 91,6 milhões de pessoas, foi registrado declínio de 1,9% na taxa de desocupação – ou menos 1,7 milhão de pessoas empregadas (ABr).