77 views 7 mins

Economia 25/02 a 01/03/2017

em Economia
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Expectativa de produção nos próximos três meses foi a que mais diminuiu em relação à medição anterior.

Confiança da indústria recuou 1,2 ponto em fevereiro

Expectativa de produção nos próximos três meses foi a que mais diminuiu em relação à medição anterior.

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou 1,2 ponto em fevereiro, atingindo o total de 87,8 pontos

No mês anterior, o índice havia avançado 4,3 pontos. No trimestre, o índice subiu 0,5 ponto, totalizando 87,2 pontos. A queda da confiança ocorreu em cinco dos 19 segmentos industriais pesquisados. Após subir 4,7 pontos em janeiro, o Índice de Expectativas recuou 1,7 ponto em fevereiro, atingindo 89,3 pontos.
A principal contribuição para a piora da expectativa partiu do quesito que capta as previsões para a produção nos três meses seguintes. O indicador caiu 2 pontos em fevereiro, atingindo 88,7 pontos, o menor nível desde maio de 2016. O Índice da Situação Atual recuou 0,6 ponto, chegando a 86,4 pontos. O nível de demanda atual exerceu a maior contribuição para a diminuição desse índice. O indicador caiu 2,3 pontos em fevereiro, para 82,9 pontos. O percentual de empresas que avaliam o nível de demanda como forte passou de 6,3% para 5,9% do total.
Para Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, a queda do Índice da Confiança em fevereiro, após a alta expressiva de janeiro, mostra um movimento de acomodação. Segundo ele, o cenário econômico traz notícias favoráveis à atividade, como a queda de juros e a injeção de recursos das contas inativas do FGTS no mercado. Isso pode levar a uma elevação da confiança nos próximos meses (ABr).

Brasil e UE reforçam cooperação internacional

A quarta fase do projeto inclui um investimento de cerca 5,7 milhões de euros.

O Brasil e a União Europeia (UE) lançaram uma nova fase do projeto “Diálogos Setoriais”, que reforça uma cooperação internacional com o objetivo de financiar projetos de interesses comum.
A iniciativa, acordada na última terça-feira (21), é a quarta fase do projeto e inclui um investimento de cerca 5,7 milhões de euros em um período de três anos em áreas prioritárias como transporte aéreo e marítimo; ciência e tecnologia; sociedade da informação, incluindo governo digital e inovação para o setor público; compras públicas; direitos humanos; e agricultura.
“São exemplos de áreas em que temos muito a aprender. Ninguém tem a fórmula do sucesso. Ao contrário, estamos constantemente sendo confrontados pelos desafios do século XXI e os Diálogos Setoriais foram concebidos para que possamos trocar experiências”, afirmou o embaixador e chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, João Cravinho.
Neste ano, essa parceria completa 10 anos de atuação. Nas três primeiras fases foram realizadas mais de 200 ações em 30 áreas. O valor total destinado ao projeto nos últimos anos foi de 16,9 milhões de euros. “Os números comprovam o êxito da cooperação, nas mais variadas vertentes da atuação do Estado”, concluiu o secretário de Gestão do ministério do Planejamento, Gleisson Rubin (ANSA).

Inadimplência das empresas cresceu em janeiro

O número de empresas inadimplentes aumentou 5,28% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o indicador divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O crescimento do número de pessoas jurídicas negativadas perdeu força em 2016 – em janeiro do ano passado, a variação anual foi 3,52%.
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o abrandamento no aumento da inadimplência, mesmo em meio à crise, tem motivo. “Há dois movimentos diferentes hoje no país. O primeiro é a redução da capacidade de pagamento das empresas, que tem a tendência de elevar o número de contas pendentes. O segundo é a restrição ao crédito, que reduz o estoque de dívidas limitando o crescimento da inadimplência. Este segundo tem prevalecido”, disse, em nota.
Houve também aumento de 3,45% na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, na comparação com janeiro de 2016. Ainda assim, o número também está em patamar baixo em relação à série histórica. Além disso, o indicador mostrou que o número de dívidas mais recentes tem caído, enquanto o de dívidas antigas tem crescido. O número de dívidas atrasadas em até 90 dias caiu -19,94%, enquanto pendências entre 1 e 3 anos aumentou 21,29% (ABr).

Juros por atrasos em pagamentos

A partir de setembro, as instituições financeiras não poderão mais cobrar juros de mercado por atrasos em pagamentos. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que proíbe a cobrança de taxas de mercado. Hoje os bancos podem cobrar multa, juros de mora (por dia de atraso) e juros remuneratórios sobre parcelas em atraso. De acordo com o Banco Central, a nova exigência trará mais uniformidade às operações de crédito e tornará as regras mais claras para os clientes. No atual momento de queda dos juros, no entanto, a nova regra prejudica os clientes porque as taxas de mercado (dos novos contratos) estão mais baixas do que os juros do momento em que o crédito foi tomado (ABr).