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Geral 21/09/2017

em Geral
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Presidente Michel Temer assina o ‘Tratado para Proibição de Armas Nucleares’.

Brasil assinou Tratado para Proibição de Armas Nucleares

Presidente Michel Temer assina o ‘Tratado para Proibição de Armas Nucleares’.O Brasil assinou ontem (20) o Tratado para Proibição de Armas Nucleares. O presidente Michel Temer foi o primeiro a assinar o texto, seguido por líderes de 42 países.

O acordo impede que os Estados-parte desenvolvam, testem, produzam, adquiram, tenham ou estoquem armas nucleares ou qualquer outro dispositivo nuclear explosivo. A conferência para negociar o texto foi proposta pelo Brasil, a África do Sul, Áustria, Irlanda, o México e a Nigéria no fim de 2016.
O embaixador Sergio Duarte, ex-alto representante da ONU para Assuntos de Desarmamento e atual presidente da Organização internacional sobre Relações internacionais Pugwash, diz que o tratado proíbe a última categoria de arma de destruição em massa que não estava proibida: “armas químicas e armas biológicas já estão proibidas por tratados internacionais, esse tratado cuida da terceira e última categoria, a arma nuclear, que é a mais cruel e a mais indiscriminada de todas as três”. As armas biológicas foram proibidas em 1972, e as químicas em 1993.
Cristian Wittmann, professor da Universidade Federal do Pampa, diz que, apesar da ausência das potências nucleares na negociação do tratado, ele não deixa de ser eficaz: “em primeiro lugar, ele retoma o debate sobre a importância da eliminação das armas nucleares, aumentando a pressão nos países nuclearmente armados. Ele também traz novos aspectos quanto ao financiamento dessas armas e atividades militares conjuntas que possam envolver armas nucleares”.
O sobrevivente do bombardeio com armas nucleares de Nagasaki em 1945, Terumi Tanaka, disse que se sente muito feliz e sentiu vontade de chorar ao ver o tratado ser assinado, pois vem trabalhando nisso há mais de 70 anos. O ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz, afirmou que, apesar de muitos argumentarem que as armas nucleares são indispensáveis para a segurança nacional, essa ideia é falsa: “O novo tratado oferece uma alternativa real para a segurança: um mundo sem armas nucleares, em que todos estarão mais seguros, onde ninguém precisa ter armas nucleares”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou as vítimas de Hiroshima e Nagasaki. Estima-se que existam cerca de 15 mil ogivas, mais de 4 mil em estado operacional. Os gastos de potências nucleares com a manutenção e modernização dos seus arsenais é de cerca de US$ 100 bilhões (ABr).

Com 40 milhões de escravos no mundo, OIT pede mais empenho dos países

Mundo precisa se esforçar mais para eliminar o trabalho escravo e o trabalho infantil até 2025.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou uma pesquisa, desenvolvida com a Fundação Walk Free, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que mostra que mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo foram vítimas da escravidão moderna em 2016. Destas, cerca de 25 milhões estavam em trabalho forçado e 15 milhões em casamentos forçados.
As estimativas mostram que as mulheres e meninas são as mais afetadas pela escravidão moderna, representando quase 29 milhões (71% do total). As mulheres representam 99% das vítimas do trabalho forçado na indústria do sexo e 84% das vítimas de casamentos forçados, referindo-se a situações em que pessoas, independentemente da idade, são obrigadas a se casar sem consentimento. Cerca de 37% das vítimas de casamentos forçados eram crianças no momento em que o casamento ocorreu. Entre elas, 44% foram forçadas a se casar antes de completar 15 anos, sendo que houve casos em que as meninas tinham apenas 9 anos.
Os dados mostram ainda que há cerca de 152 milhões de crianças sujeitas a trabalho infantil. A pesquisa revelou que 73 milhões de crianças no mundo estão em trabalho perigoso. Apesar dos avanços, que mostraram uma redução de 94 milhões no número de crianças exercendo trabalho infantil nos últimos 16 anos, a tendência mostra que, se os progressos continuarem no mesmo ritmo. O relatório Global ‘estimates of child labour’, traça um cenário futuro pouco promissor. De acordo com o documento, 121 milhões de crianças ainda estarão em trabalho infantil em 2025, dos quais 52 milhões estarão em trabalho perigoso (ABr).

Supermercado permite que clientes paguem com impressão digital

Pagamento por impressão digital ganha espaço no Reino Unido.

O Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a ter um supermercado onde é permitido que os clientes paguem as compras através da impressão digital. A invenção, denominada “Fingopay”, funciona através de um sistema infravermelho que escaneia as veias dos dedos e vincula o mapa biométrico às contas bancárias de cada cliente. Os dados bancários são guardados no fornecedor de pagamentos “Worldpay”, da mesma maneira que armazena dados quando são comprados produtos pela internet.
Os clientes da loja Costcutter, no campus da Universidade Brunel, de Londres, foram os primeiros a testar a inovação de pagar através de impressões digitais. O sistema simplifica as compras, já que os consumidores poderão ir ao supermercado sem dinheiro ou cartões e pagar simplesmente utilizando os dedos. A empresa por trás desta invenção, Sthaler, com sede em Londres, informou aos meios de comunicação que já está trabalhando com outros supermercados do Reino Unido para usar a tecnologia.
Segundo a companhia, este sistema de pagamento é o mais seguro, já que “não pode ser copiado ou roubado”. A Sthaler espera que mais de 3 mil estudantes dos 13 mil que há no campus onde a tecnologia está sendo testada se registrem antes de novembro para utilizar o “Fingopay”. A empresa disse que está negociando levar o sistema não só aos supermercados, mas também a discotecas, academias e estádios de futebol, para identificar com facilidade quem têm acesso às zonas VIP.
A impressão digital já é utilizada no Reino Unido para entrar em alguns edifícios de alta segurança ou autorizar transferências de comércio interno em bancos de investimento (Agência EFE).

México decreta três dias de luto por causa do terremoto

O terremoto ocorreu 32 anos após o poderoso tremor que deixou milhares de mortos em setembro de 1985.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, decretou ontem (20) três dias de luto nacional em homenagem às vítimas do terremoto que atingiu o centro do país e já causou pelo menos 225 mortes e centenas de feridos. A Presidência informou a decisão através da rede social Twitter.
As buscas de sobreviventes continuam nas áreas afetadas e, durante toda a noite, equipes de resgate e as forças de segurança participaram dos trabalhos de remoção de escombros, auxiliados por milhares de cidadãos. O número de mortos pelo terremoto de 7,1 graus na escala Richter já chega a 225, segundo o último balanço do coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente.
Os dados ainda são preliminares, pois em muitos edifícios derrubados continuam as tarefas de resgate e a quantidade de desaparecidos ainda é incerta. O tremor ocorreu às 13h14 (hora local) de terça-feira (19), exatamente 32 anos depois do poderoso tremor de 19 de setembro de 1985, de 8,1 graus, que deixou milhares de mortos na capital mexicana (Agência EFE).

SP mantém melhor posição no ranking de competitividade

O estado de São Paulo se manteve na primeira posição do ranking de competitividade dos estados. O levantamento, feito pelo Centro de Liderança Pública, em parceria com a Economist Intelligence Group e Tendências Consultoria, avalia dez pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
O estado liderou nos itens infraestrutura, educação, inovação e potencial de mercado. E registrou a segunda posição em segurança, sustentabilidade social e eficiência da máquina pública. Em capital humano, houve queda da terceira para a quinta posição e, em solidez fiscal, retrocedeu da 15ª para a 21ª posição.
Sobre a questão fiscal, o governador Alckmin reconhece que é preciso melhorar a eficiência do gasto público. “É importante a gente conscientizar que responsabilidade fiscal é necessária para emprego, renda e boas políticas públicas”, declarou.
Em segundo lugar, o estado de Santa Catarina surpreendeu com o avanço em relação a 2016, quando havia ficado em terceiro lugar. O Paraná caiu da segunda para a terceira posição, devido o recuo na segurança pública, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação e eficiência da máquina pública. Houve melhora de capital humano e infraestrutura.
Rondônia, um dos grandes destaques, foi menos afetado pela crise econômica e registrou melhora em solidez fiscal, passando do 20o lugar para o 4o nesse quesito. Sergipe caiu na penúltima para a última colocação do ranking geral. Em penúltimo, ficou o Amapá. Alagoas vinha como o último colocado nas duas últimas edições do ranking, mas subiu três posições, com as melhoras em solidez fiscal, potencial de mercado e capital humano e segurança pública (ABr).

Recuou a intenção de consumo das famílias

A intenção de consumo das famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 0,7% na passagem de agosto para setembro deste ano. O indicador atingiu 76,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Apesar da queda mensal, a intenção avançou 6,4% na comparação com setembro do ano passado, de acordo os dados da CNC.
De agosto para setembro, cinco dos sete componentes do indicador tiveram queda: perspectiva de consumo (-0,2%), emprego atual (-0,7%), compra a prazo (-0,8%), renda atual (-1%) e perspectiva profissional (-2,1%). O nível de consumo atual se manteve estável, enquanto o momento para a compra de bens duráveis cresceu 1,4%.
Já na comparação com setembro de 2016, apenas a perspectiva profissional teve queda, de 3,5%. Os demais componentes tiveram alta: emprego atual (1,6%), renda atual (1,8%), compra a prazo (8,2%), nível de consumo atual (16,7%), momento para duráveis (18%) e perspectiva de consumo (19,5%) (ABr).