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Geral 21/05/2019

em Geral
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Mais de temproario

Mais de 70% da violência contra crianças ocorre dentro de casa

Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrados no último sábado (18), pais e crianças de 0 a 14 anos participaram de uma corrida no Parque da Cidade, em Brasília.

Mais de temproario

O objetivo da corrida no Parque da Cidade, em Brasília, foi de alertar a sociedade sobre esse tipo de crime. Foto: Valter Campanato/ABr

O evento, que reuniu cerca de 800 pessoas, é uma iniciativa da Polícia Federal, com o apoio do Ministério da Mulher e do governo do DF. O objetivo é alertar a sociedade sobre esse tipo de crime e envolver a família na prevenção e combate.

Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas.

“Há uma cultura dos maus-tratos no país, e a gente precisa implementar a cultura dos bons tratos às crianças e aos adolescentes, os bons tratos em família”, afirma Petrúcia de Melo Andrade, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher. A secretária cita o Estatuto da Criança (ECA) e do Adolescente para ressaltar a responsabilidade da família nos cuidados dos menores de idade, e pede maior envolvimento.

“É uma campanha que envolve a família. Quando a gente resgata o Artigo 227 [do ECA), no topo do cuidado da criança e do adolescente, está primeiro a família, em segundo a sociedade em geral e, por último, o Estado. Então, esse é o momento dessa família trazer seus filhos e estar no cuidado com eles. Momento de confraternização e alegria e, ao mesmo tempo, trazer essas crianças para um reflexão de um crime que o Brasil não pode suportar”, acrescenta (ABr).

Festa Literária de Paraty homenageará Euclides da Cunha

Festa temproario

Festa Literária Internacional de Paraty movimentará a cidade a partir de 10 de julho. Foto: Tânia Rêgo/ABr

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. A frase que se tornou símbolo da resiliência do nordestino diante da seca foi escrita há quase 120 anos nas páginas de ‘Os Sertões’. O autor, Euclides da Cunha, cunhou a expressão ao narrar a bravura do sertanejo ao enfrentar o Exército, em uma guerra desigual pela permanência em Canudos. Na obra, um clássico da literatura nacional, Euclides enfrentou o próprio preconceito para enxergar o conflito.

Aos poucos, ele próprio baixou a guarda e deixou o leitor ver como a situação desafiou a visão que tinha do Brasil. Pela dimensão de ‘Os Sertões’, Euclides da Cunha será o homenageado este ano pela 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre os dias 10 e 14 de julho, na tradicional cidade histórica do sul do Estado do Rio. A cidade, aliás, pode se tornar patrimônio mundial da humanidade, título dado pela Unesco.

A escolha dos participantes foi feita pela jornalista Fernanda Diamant, que escalou 33 autores de 10 nacionalidades. A maioria é de mulheres. Eles vão discutir o ‘Brasil de hoje e de Os Sertões’. O livro “mistura jornalismo, geografia, filosofia, teorias sociais e científicas – muitas delas ultrapassadas – para falar de um país em transição”, afirma a curadora, em nota da organização”.

“A obra mudou o entendimento que se tinha sobre o interior do país e o sertanejo. Além de ser grande literatura do ponto de vista da forma, ela faz críticas morais, políticas e sociais altamente pertinentes no Brasil de hoje. Mais que tudo, mostra a transformação existencial de um homem que entra contato com uma realidade desconhecida e precisa reorganizar seus valores”, explicou (ABr).

Promotoria da Suécia pede prisão de Julian Assange

A Promotoria da Suécia apresentou ontem (20) um pedido formal de prisão contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pela acusação de estupro. O pedido tem como objetivo que algum tribunal emita a ordem de prisão contra o australiano, que já está detido em Londres. No último dia 13 de maio, a Justiça sueca reabriu o processo no qual Assange é acusado por crimes sexuais, os quais teriam ocorrido em agosto de 2010, em Estocolmo.

“Solicito ao tribunal a detenção de Assange em sua ausência por suspeitas de estupro”, disse, em um comunicado, a vice-promotora sueca, Eva Marie Persson. Em 11 de abril, Assange foi expulso da embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado desde 2012 para evitar sua prisão e extradição à Suécia. Ele, porém, perdeu o apoio do governo equatoriano, o qual alegou que Assange violou as normas do asilo.

Expulso da embaixada, as autoridades britânicas prenderam o australiano e o condenaram a 50 semanas de detenção por ter violado seu acordo de fiança, fechado em 2011 com a Justiça da Inglaterra, para evitar a extradição à Suécia. Assange ainda corre o risco de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é acusado de conspiração por tentar acessar computadores do governo (ANSA).