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Economia 21/05/2019

em Economia
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Mercado temproario

Mercado financeiro reduz projeção de crescimento pela 12ª vez

O mercado financeiro continua a reduzir a estimativa de crescimento da economia este ano.

Mercado temproario

Desta vez, a estimativa foi reduzida de 1,45% para 1,24% este ano. Foto: portalpravaler/reprodução

Pela 12ª vez seguida, caiu a projeção para a expansão do PIB. Desta vez, a estimativa foi reduzida de 1,45% para 1,24% este ano. Para 2020, a projeção foi mantida em 2,50%, assim como para 2021 e 2022. Os números são do boletim Focus, publicação semanal divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC).

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,04% para 4,07 este ano. Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.

Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,50% ao ano até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção passou de 7,50% para 7,25% ao ano. Para o fim de 2020, a previsão foi mantida em 8% ao ano e em 2021, a expectativa caiu de 8% para 7,50% ao ano.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 3,75 para R$ 3,80 no fim de 2019 e permanece em R$ 3,80 no fim de 2020. Na última sexta-feira (17), o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,102, com alta de R$ 0,065 (+1,62%), chegando ao maior valor desde 19 de setembro (R$ 4,124) (ABr).

Firjan: reforma vai estimular R$ 1,4 trilhão em investimentos

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Segundo a Firjan, R$ 655 bilhões em investimentos públicos e R$ 729 bilhões em investimentos privados poderiam ocorrer com a mudança. Foto: Rafael Ohana/CB/D.A Press

Agência Brasil

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou hoje (20) projeção em que prevê que R$ 1,4 trilhão em investimentos poderão ser materializados caso a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso Nacional. O estudo foi apresentado diante do presidente Jair Bolsonaro, que foi homenageado com a Medalha do Mérito Industrial.

Segundo a Firjan, R$ 655 bilhões em investimentos públicos e R$ 729 bilhões em investimentos privados poderiam ocorrer com a mudança na situação das contas públicas e da confiança do setor privado. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, disse que, além da melhora do déficit público, a reforma vai promover a retomada da confiança e estimular a atividade econômica, além de uma potencial de redução dos juros e da inflação.

“O Brasil define pelos próximos dois ou três meses seu destino nas próximas duas ou três décadas”, disse o presidente da federação, que estimou que poderiam ser destinados R$ 770 bilhões para a habitação, R$ 221 bilhões para o saneamento, R$ 95 bilhões para segurança, R$ 130 bilhões na saúde, R$ 33 bilhões na educação e R$ 135 bilhões para a finalização de obras que se encontram paralisadas.

Para o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, o país vive um momento extraordinário porque o Brasil precisa evoluir em relação a suas práticas políticas. “Esse copo transbordou”, afirmou, observando que antes havia um dogma de que só era possível ter governabilidade com distribuição de vantagens. Já o governador Wilson Witzel destacou expectativas de investimentos nas áreas petrolífera, turística e energética. Disse que se reuniu com parlamentares da bancada do Rio no Congresso em favor da reforma da Previdência. “Que nós avancemos para que o Brasil possa avançar”, finalizou.

Avanço de novas tecnologias afetará ocupações na indústria

A cada dia, as novas tecnologias estão mais presentes no dia a dia das pessoas. Apesar de todos os benefícios, os avanços podem impactar na oferta de trabalho, principalmente nas indústrias. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) alerta para o fato de que o emprego de baixa qualificação, ainda predominante no país, pode estar sujeito, no futuro próximo, aos efeitos adversos das novas tecnologias.

A pesquisa, feita com base em dados de 2003 e 2017, conclui que o trabalho que envolve força física – como classificação e separação de objetos, controle de estoques e operação de máquinas – tende a perder importância e ser substituído pela automação, sobretudo nos países em que os salários sejam relativamente mais elevados.

Em termos educacionais, o estudo do Ipea mostra que houve uma expansão de 19,3% nos anos de estudo dos trabalhadores formais civis no Brasil entre 2003 e 2017. A qualidade das ocupações disponíveis, no entanto, não acompanhou esse crescimento. “A população está cada vez mais escolarizada, mas isso não tem se traduzido em empregos que exijam melhores habilidades”, ressalta Aguinaldo Nogueira Maciente, coordenador de Estudos e Pesquisas em Trabalho e Desenvolvimento Rural do Ipea e um dos autores da publicação.

A pesquisa revela, ainda, que as habilidades que terão maior importância no futuro são as cognitivas, como as que envolvem o raciocínio e o domínio de linguagens; interpessoais, como o cuidado e o contato humano; gerenciais e habilidades ligadas às ciências, tanto as da natureza quanto as sociais ou aplicadas (AI/Ipea).