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Geral 15 a 17/08/2015

em Geral
sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Primeiro-ministro japonês pede desculpas pela 2ª Guerra Mundial

O primeiro-ministro lamentou a agressão japonesa no conflito, mas destacou o pacifismo do país nos últimos 70 anos.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, exprimiu na sexta-feira (14) “profundo pesar” pelo papel do Japão na 2ª Guerra Mundial, reiterando as desculpas de governos anteriores, mas salientando que as gerações do pós-guerra não devem continuar a fazê-lo

Em um discurso por ocasião do 70º aniversário do fim da 2ª Guerra, o primeiro-ministro lamentou a agressão japonesa no conflito, mas destacou também o pacifismo do país nos últimos 70 anos.
“O Japão tem exprimido repetidamente sentimentos de profundo arrependimento e sentidas desculpas pelas suas ações durante a guerra. Temos nos dedicado consistentemente à paz e à prosperidade na região, desde o fim da guerra”, disse Shinzo Abe. “As posições expressas por anteriores governos vão se manter inabaláveis no futuro”, acrescentou.
Referindo-se à China, o primeiro-ministro falou do “sofrimento insuportável causado pelo Exército japonês”. Em outro momento do discurso, Abe ressaltou que as gerações futuras de japoneses não devem carregar o fardo de, continuamente, pedir desculpas. “Não devemos permitir que os nossos filhos, os nossos netos e as gerações futuras, que nada têm a ver com a guerra, estejam predestinados a pedir desculpa”, afirmou.
Shinzo Abe também falou sobre o “sofrimento incomensurável” infligido pelas forças japonesas a pessoas inocentes, como “as incontáveis vidas de jovens que se perderam e as muitas mulheres que viram sua honra e sua dignidade gravemente afetadas”. A referência às mulheres pode ser interpretada como uma mensagem indireta para as escravas sexuais que o Exército imperial japonês manteve, sobretudo durante a ocupação da Coreia – questão que tem gerado tensões diplomáticas entre os dois países.
A China e a Coreia do Sul têm, aliás, criticado afirmações de Shinzo Abe sobre o passado histórico do Japão, que consideram revisionistas, e, por ocasião do aniversário do fim da 2ª Guerra, ambos pediram que Abe envie uma mensagem “clara e correta” sobre as responsabilidades do Japão no conflito (Ag. Lusa).

Poluição mata diariamente cerca de 4 mil pessoas na China

A poluição é mais grave no inverno, devido à combustão de carvão para aquecimento das moradias.

A poluição atmosférica mata cerca de 4 mil pessoas por dia na China, sendo responsável por uma em cada seis mortes prematuras registradas no país mais populoso do mundo, mostra estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Especialistas estimam que 1,6 milhão de pessoas morrem anualmente na China devido a problemas no coração, nos pulmões e a acidente vascular cerebral (AVC), provocados pelo ar extremamente poluído.
Estudos anteriores estimavam o número anual de mortes devido à poluição atmosférica entre 1 milhão e 2 milhões, mas esse levantamento usa dados recentes de monitoramento do ar. Publicado na revista científica Plos One, o estudo atribui o problema às emissões resultantes da combustão de carvão – tanto para a produção de energia elétrica quanto para o aquecimento das casas – pelos elevados níveis de partículas registrados.
Foram feitas medições do ar em tempo real e, posteriormente, aplicados cálculos para estimar as mortes por problemas do coração, dos pulmões e por AVC, causadas por diferentes tipos de poluentes. O principal autor da investigação, Robert Rohde, afirmou que 38% da população chinesa viviam em uma área com média de qualidade do ar insalubre, classificada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, a poluição atmosférica na China é mais grave no inverno, devido à combustão de carvão para aquecimento das moradias e às condições meteorológicas que mantêm o ar poluído mais próximo do chão, explicou Rohde. A capital da China, Pequim, foi escolhida recentemente para organizar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 (Ag. Lusa)..

Secretário não descarta ligação entre chacina e morte de PM

As execuções que ocorreram na noite de quinta-feira (13), em municípios da Grande São Paulo, resultaram em 19 mortes e deixaram sete pessoas feridas, informou o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes. A chacina é a maior registrada este ano no estado. Os crimes foram nos municípios de Barueri, Osasco e Itapevi, em um raio de 7 km, entre as 21h e as 23h.
O secretário disse que não descarta a hipótese de retaliação pela morte de um policial militar e um guarda civil metropolitano. O policial foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na última sexta-feira (7), em um posto de gasolina em Osasco. Na quarta-feira (12), um guarda civil foi assassinado. Das seis primeiras vítimas identificadas, cinco tinham antecedentes criminais, uma delas por tráfico de drogas.
Por isso, a secretaria reforçou o policiamento nos três municípios da região metropolitana com homens da Rota e da Força Tática, por receio de que ônibus sejam queimados. Do total de 19 mortes, 15 ocorreram em Osasco, três em Barueri e uma em Itapevi. Foram recolhidas cápsulas de projéteis de pistolas calibres 38 e 380, que são de uso comum, e 9 milímetros, de uso exclusivo das Forças Armadas (ABr).

240 mil imigrantes chegaram à Europa em 2015

Naufrágios deixaram mais de 1.200 mortos só em abril.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que cerca de 240 mil imigrantes chegaram à Europa neste ano – número muito próximo ao total de pessoas que chegaram ao continente durante todo o ano passado (278 mil).
Segundo a entidade, mais de 2,3 mil morreram nas travessias pelo Mar Mediterrâneo nos primeiros oito meses de 2015, superando os dados de 2014. Durante o mesmo período do ano passado, os mortos no mar eram 1.779. Desde o início de 2015, cerca de 102 mil imigrantes atravessar o Canal da Sicília, “a rota mais mortal do mundo” para quem foge da violência, dos desastres naturais e da pobreza. De acordo com a OIM, esse número de pessoas saiu da Líbia e chegou à Itália.
Citando os últimos dados do governo de Atenas, um total de 134.988 imigrantes pediu asilo na Grécia e eles vieram em embarcações que partiram da Turquia. Os dois países são as principais portas de entrada para quem está fugindo das crises no Oriente Médio e no norte da África e quer chegar à Europa.
Se forem somados as chegadas à Espanha (2.166) e em Malta (94), o número total de pessoas registradas nos países atinge 239.248. A Organização calcula que até o fim de agosto, 250 mil pessoas tentem chegar ao continente. Os imigrantes vem, sobretudo, da Síria, Eritreia, Nigéria e Somália (ANSA).

Suspeita de superfaturamento na Arena Pernambuco

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na sexta-feira (14) a Operação Fair Play, para investigar denúncias de superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco, estádio construído pela empreiteira Odebrecht para a Copa do Mundo de 2014. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em sedes da construtora em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
A Odebrecht é suspeita de manipular o projeto básico do edital de concorrência para a obra do estádio. Segundo a PF, a empreiteira foi autorizada a elaborar, sem licitação, o projeto básico da obra e omitiu informações, não apresentou justificativa para os custos adotados e exigiu atestados técnicos exorbitantes e com prazo exíguo de análise para as demais concorrentes, o que reduziu as chances de outras empresas de participarem do certame.
Em nota, a assessoria de imprensa da construtora Norberto Odebrecht disse ter convicção da plena regularidade e legalidade do projeto. “A CNO reafirma, a bem da transparência, que sempre esteve, assim como seus executivos, à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar documentos sempre que necessário, sendo injustificáveis as medidas adotadas nesta data” (ABr).

Exército turco constrói muro de 7 km na fronteira com a Síria

O Exército turco está construindo um muro ao longo da fronteira com a Síria, com a justificativa de reforçar a segurança no local, após a multiplicação de ataques no Sul do país. O muro de concreto, com 3 metros de altura e 7 km de extensão, começou a ser erguido em Reyhanli, na região de Hatay, para impedir a incursão de jihadistas do grupo Estado Islâmico em território turco, pela cidade de Alepo, informou a agência de notícias oficial da Turquia Anatolia.
Além do muro, foram escavados 360 km de trincheiras e renovados 145 km de arame farpado. A região de Hatay é um local de passagem para os cerca de 1,8 milhão de sírios que fugiram da violência em seu país e encontraram refúgio na Turquia desde o início do conflito, em 2011. Um atentado com carro-bomba nesta província provocou 52 mortes em maio de 2013. Mais recentemente, um atentado ocorrido em 20 de julho em Suruç e atribuído ao Estado Islâmico causou a morte de 33 jovens curdos, segundo balanço atualizado com a morte de uma das vítimas que estava hospitalizada.
Após acusarem o governo turco de não agir diante das ações do Estado Islâmico e de ineficiência na proteção de populações curdas, os combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) romperam o cessar-fogo, em vigor desde 2013. A Turquia respondeu aos ataques em 24 de julho, ao desencadear uma “guerra contra o terrorismo” contra o PKK e também contra os combatentes do Estado Islâmico, ao longo da fronteira com o Iraque e a Síria, sobretudo concentrada na repressão aos ativistas curdos, com centenas de detenções nas últimas semanas (Ag. Lusa).