Quase 900 mil pessoas obtiveram cidadania europeia em 2014Em 2014, cerca de 890 mil pessoas adquiriram a cidadania de um dos Estados-Membros da União Europeia (UE), segundo estudo divulgado ontem (13) pelo Eurostat, o banco de dados europeu Entre os que obtiveram a cidadania naquele ano, 89% eram cidadãos de países de fora da UE, cerca de 788 mil pessoas. O número foi menor do que o registrado em 2013, quando 981 mil pessoas obtiveram a cidadania europeia. Desde 2009, já são mais de 5 milhões de novos cidadãos. Marrocos foi o país com o maior número de concessões obtidas (92.700), dos quais 88% foram requeridas na Espanha, Itália ou França. A Albânia foi o segundo país com mais cidadanias obtidas (41 mil), das quais 96% adquiridas da Grécia ou da Itália. A Turquia aparece em terceiro lugar, com 37.500 cidadanias obtidas, das quais 60% provenientes da Alemanha. Em seguida, aparecem a Índia (35.300, com maioria de cidadanias britânicas); o Equador (34.800) e a Colômbia (27.800), ambos com maioria espanhola; e o Paquistão (25.100, com aproximadamente 50% de cidadanias britânicas). Em quinze países da UE, pelo menos 9 em cada 10 cidadanias concedidas foram para pessoas não-europeias. Na Estônia, por exemplo, 100% das cidadanias foram concedidas a cidadãos de fora da UE. Na Bulgária, a percentual foi de 99%, enquanto na Espanha, Lituânia e Romênia a taxa ficou em 98%. A Grécia e a Letônia apresentaram índice de 97%; Dinamarca, Portugal e Eslovênia (95%), Polônia (94%), Itália (93%), Reino Unido (92%), Croácia (91%) e França (90%). Luxemburgo, Hungria e Malta foram os únicos países onde a maioria das pessoas que adquiriram a cidadania já eram cidadãos da UE. Os romenos (24.300 pessoas) e os poloneses (16.100) foram os dois maiores grupos de cidadãos europeus a adquirirem cidadania de outro país da UE. No caso de Luxemburgo, os cidadãos portugueses foram os que mais obtiveram cidadania, seguidos por italianos, franceses, belgas e alemães. Já na Hungria, os pedidos foram quase todos de cidadãos romenos; e em Malta, os britânicos representaram a maior parcela. A Espanha foi o país que mais concedeu cidadanis (205.900), o que representa 23% de todas as cidadanias concedidas na UE em 2014. Em seguida aparecem Itália (15%), Reino Unido (14%), Alemanha e França (12%). Em Portugal, para cada 100 estrangeiros residentes, 5,3 obtiveram a cidadania naquele ano. Entre as 20.168 pessoas que obtiveram cidadania portuguesa, 23% eram brasileiras (4.656 pessoas) (ABr). |
Papa diz que mundo de iguais é ‘chato’Ao receber um grupo de pessoas doentes e com deficiências, o papa Francisco defendeu a “diversidade” e pediu para que ninguém tenha medo de quem é diferente. “A diversidade causa medo porque ir ao encontro de uma pessoa que é diferente é um desafio, não digo forte, mas grande. É um desafio que dá medo. É mais cômodo não sair do lugar e ignorar a diversidade e dizer ‘somos todos iguais’ e se, alguém não for igual, deixamos ele à parte e não vamos encontrá-lo”, disse Francisco ao responder perguntas do grupo que estava celebrando o Jubileu. O papa argentino ainda destacou o quão “entediante” é um mundo em que todos são iguais. “Pensemos num mundo no qual todos sejam iguais. Seria um mundo entediante, um mundo chato. É verdade que há diferenças que são dolorosas, aquelas que estão na raiz de qualquer doença, mas também essa diversidade nos ajuda, nos desafia e nos faz arriscar”, ressaltou. O sucessor de Bento XVI foi questionado sobre casos de padres que “excluem” crianças e jovens com deficiência da catequese. “Meu conselho? Quem faz isso que feche as portas de sua igreja. Ou aceita-se todos ou ninguém”. Durante o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, conhecido como Jubileu, Jorge Mario Bergoglio faz alguns fins de semana especiais. Já foi realizado, por exemplo, o Jubileu dos Jovens, quando o líder católico surpreendeu e apareceu em uma praça para fazer a confissão dos adolescentes. O Ano Santo segue até o dia 20 de novembro deste ano (ANSA). CNJ faz consulta sobre uso de nome social em serviços judiciáriosO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou ontem (13) consulta pública sobre uma proposta de resolução para que seja regulamentado o uso do nome social em serviços judiciários. A consulta vai até o próximo dia 30. O texto da resolução proposta assegura que pessoas trans, travestis e transexuais, “usuárias dos serviços judiciários, aos magistrados, aos estagiários, aos servidores e trabalhadores terceirizados do Poder Judiciário”, tenham a possibilidade de usar o nome social no registro, sistemas e documentos. “Entende-se por nome social aquele adotado pela pessoa, por meio do qual se identifica e é reconhecida na sociedade, a ser declarado pela própria pessoa, sendo obrigatório o seu registro” diz o texto da proposta. A resolução sugere, ainda, que o Processo Judicial Eletrônico (PJe) tenha um campo “especificamente destinado ao registro do nome social desde o cadastramento inicial ou a qualquer tempo, quando requerido”. O texto prevê, também, que as Escolas Nacionais de Magistratura e o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud), em cooperação com as escolas judiciais, devem promover formação continuada tanto dos magistrados como de servidores, terceirizados e estagiários sobre o tema da identidade de gênero para que a resolução seja devidamente aplicada. O texto prevê que, nas sedes judiciais e administrativas dos órgãos do judiciário, deve ser garantido o uso de ambientes separados por gênero, como banheiros e vestiários, por exemplo, de acordo com a identidade de gênero da pessoa (ABr). | Líder norte-coreano quer que seu país seja uma potência nuclearO líder norte-coreano, Kim Jong-un, manifestou o desejo de reforçar o status de potência nuclear, com a formação de especialistas militares na Universidade de Defesa Nacional, informa o jornal oficial do país, Rodong Sinmun. De acordo com o Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, Kim Jong-un declarou, ao visitar o centro de ensino, que o dever da Universidade de Defesa Nacional é fortalecer ainda mais o estatuto do país como “potência oriental nuclear” e o “país com a força militar mais poderosa”. A Coreia do Norte se proclamou potência nuclear em 2005 e já fez três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, que lhe valeram sanções internacionais. A tensão na península coreana voltou a aumentar depois que o governo fez o quarto ensaio nuclear em janeiro deste ano. O ensaio foi feito um mês após o lançamento de um foguete com satélite, que poderia ter sido um teste de um míssil com alcance de 12 mil quilômetros. Em março, o Conselho de Segurança da ONU aprovou as sanções mais duras das últimas duas décadas contra o país asiático, que proíbem o transporte de combustível para aviões e mísseis e vetam a entrega de todo tipo de arma. O governo norte-coreano desistiu em 2009 de continuar as negociações que mantinha com os Estados Unidos, a Rússia, China, o Japão e a Coreia do Sul para a desnuclearização da península coreana (Ag. Sputnik Brasil). Nomeados secretária da Igualdade e presidente da Fundação PalmaresO presidente interino Michel Temer nomeou a desembargadora Luislinda Dias de Valois Santos para o cargo de secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça e Cidadania. A nomeação foi publicada na edição de ontem (13) do Diário Oficial da União. Reconhecida por lutar contra o preconceito racial, Luislinda Valois é considerada a primeira juíza negra do Brasil. Foi autora da primeira sentença de condenação por racismo no país, em 1993. A desembargadora criou, em 2003, o projeto Balcão de Justiça e Cidadania, com o objetivo de facilitar o acesso da população carente aos serviços judiciários. Em 2011, foi promovida, por antiguidade, a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia se aposentando alguns meses depois. Filiada ao PSDB, Luislinda se candidatou ao cargo de deputada federal pela Bahia, em 2014, e não foi eleita. O Diário Oficial da União de ontem também traz a nomeação do economista e administrador Erivaldo Oliveira da Silva para a presidência da Fundação Cultural Palmares. Oliveira é mestre em economia do setor público e administração pública, especialista em planejamento estratégico e marketing e foi professor da Universidade Federal da Bahia (ABr). |