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Economia 14/06/2016

em Economia
segunda-feira, 13 de junho de 2016

Caixa descarta aumento de juros do crédito imobiliário

Caixa Econômica Federal pretende retomar obras de 15 mil unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, que estavam paralisadas.

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, descartou a possibilidade de elevação dos juros do crédito imobiliário por parte do banco

Destacou que o banco está avaliando outras formas de financiamento para a casa própria e um estudo já foi encomendado com o objetivo de avaliar uma nova maneira de concessão do crédito imobiliário.
Occhi fez as afirmações após deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, onde teve um encontro com o ministro Henrique Meirelles.
“Encomendei um estudo para a direção da Caixa para que a gente possa avaliar uma nova forma de conceder o crédito imobiliário”, enfatizou. Também informou que o governo pretende retomar as obras de cerca de 15 mil unidades habitacionais de empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida, que estavam paralisadas. Segundo ele, ainda esta semana discutirá o assunto com o ministro das Cidades, Bruno Araújo. São unidades que estão praticamente prontas, negociadas, com preço e devem “começar a alavancar” uma nova onda de absorção de mão de obra.
O presidente da Caixa disse também que não tratou de privatizações no banco. Segundo ele, a instituição continua estudando a abertura de capital da Caixa Seguridade, mas o assunto ainda será discutido com o ministro Henrique Meirelles. Occhi informou, ainda, que a Caixa estuda uma joint venture [associação com outra empresa] para a loteria instantânea. “Não há uma data. Isso é mercado e a gente não sabe quando irá fazer”. Desmentiu que esteja discutindo a capitalização da Caixa com o Tesouro Nacional (ABr).

Inflação projetada pelo mercado sobe para 7,19%

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo IPCA, este ano, subiu pela quarta vez seguida, ao passar de 7,12% para 7,19%. Para 2017, a estimativa é mantida em 5,50% há quatro semanas. As projeções fazem parte de pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC). As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6% em 2017.
Na semana passada, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano por considerar que a inflação acumulada em 12 meses é alta e as expectativas para o índice de preços estão distante da meta. Por isso, o comitê disse que não havia espaço para redução da taxa básica. A mediana (desconsidera os extremos nas projeções) das expectativas das instituições financeiras para a Selic, passou de 12,88% para 13% ao ano, ao final de 2016, e segue em 11,25% ao ano, no fim de 2017.
A estimativa de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) foi alterada de 3,71% para 3,60%. Para 2017, a estimativa de crescimento passou de 0,85% para 1%. A projeção para a cotação do dólar ao final de 2016 caiu de R$ 3,68 para R$ 3,65. Para 2017, a estimativa passou de R$ 3,85 para R$ 3,81 (ABr).

Microsoft compra Linkedin

A Microsoft anunciou ontem (13) a compra da rede social Linkedin, especializada em vagas de emprego e mercado de trabalho. A operação custou US$ 26,2 bilhões (o equivalente a R$ 90 bilhões) e deve ser concluída até o fim deste ano. O CEO do Linkedin, Jeff Weiner, anunciou em um post que a rede social permanecerá com sua marca e seus métodos de funcionamento. Ele também continuará como líder executivo.
“O Satya Nadella (CEO da Microsoft) me convenceu quando disse que teríamos independência. Em outras palavras, sua visão é de que o Linkedin opere totalmente por si só, dentro da Microsoft, em um modelo usado em companhias de sucesso como YouTube, Instagram e WhatsApp”, contou. “Pense nas coisas que o Linkedin pode fazer integrado ao Outlook, Calendar, Active Directory, Microsoft Office, Windows, Skype, Dynamics, Cortana, Bing e muito mais”, comentou Weiner, dessa vez em um e-mail a funcionários da empresa.
A compra do Linkedin representa o maior valor já pago pela Microsoft em uma aquisição, mas os números de crescimento da rede social justificam a verba. O Linkedin registra um crescimento médio de 19% ao ano, com 433 milhões de usuários cadastrados em todo o mundo (ANSA).