130 views 15 mins

Geral 13/12/2016

em Geral
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
O mercado consumidor integrado por moradores dessas comunidades encontra-se em franca expansão.

Nova classe média brasileira já movimenta R$ 1 trilhão por ano

O mercado consumidor integrado por moradores dessas comunidades encontra-se em franca expansão.

Em franca expansão no país, a nova classe média brasileira já movimenta anualmente cerca de
R$ 1 trilhão, dos quais R$ 56 bilhões são de moradores de comunidades, que engloba um total
de 12 milhões de pessoas residentes em periferias

Os números fazem parte de uma pesquisa sobre o mercado consumidor representado por moradores de comunidades que, apesar da crise, encontra-se em franca expansão.
O levantamento feito pela empresa Outdoor Social, que funciona como uma ferramenta de marketing com o objetivo de inserir os moradores das comunidades das periferias de todo o Brasil na economia formal. “Esta é uma das razões que faz com que o Outdoor Social passe a integrar estratégias de negócios de empresas de diferentes setores. O projeto está presente em 10.249 pontos do Brasil, em 23 estados e no DF”, ressalta Emília Rabello, jornalista e sócia da Minas de Ideias Comunicação Integrada e idealizadora da Outdoor.
“Ao longo de quatros anos de atuação, nós constatamos os benefícios do projeto para moradores e empresas. Para se ter uma ideia do alcance e do potencial do projeto, 25% das pessoas disseram optar por consumir os produtos de uso diário adquiridos em lojas da comunidade onde moram. No caso de eletrônicos e eletroportáteis, os números são ainda melhores, 34% compram em lojas nas comunidades ou no entorno”, explicou. A pesquisa constatou, entre outras coisas, que o percentual de pessoas que moram em comunidades das grandes cidades em todo o país varia de 8% relativos à cidade de Vitória aos 54% da cidade de Belém, na região norte do país.
São ocupantes de morros, terras devolutas, margens de rodovias e rios, terrenos privados e cujo população é atendida parcialmente pelos serviços públicos básicos – água, luz e esgoto – , mas que, independente das condições de moradia, é um contingente considerável de pessoas que integram o mercado de consumo no Brasil. Nestas comunidades, segundo a pesquisa, 65% dos moradores pertencem à classe C, 32% às classes D e E e apenas 3% estão nas classes A e B. Apesar da crise, no entanto, o mercado consumidor integrado por moradores dessas comunidades encontra-se em franca expansão, refletindo um fenômeno que acontece em escala mundial.
A previsão, segundo a pesquisa, é que até 2030, 40% das pessoas viverão em comunidades, principalmente nos países em desenvolvimento como o próprio Brasil, Índia, China e África do Sul. “Pela diversidade de características sóciocultural é uma parcela das comunidades com códigos próprios de convivência, visão de mundo e escala de sonhos diferentes, da população das áreas urbanas e rurais em ocupações tradicionais,” disse Emília Rabello (ABr).

Criada parceria para reconstrução do Museu da Língua Portuguesa

Alckmin: obras farão com que Museu retorne ao público mais moderno e seguro.

O governador Geraldo Alckmin anunciou ontem (12), no Palácio dos Bandeirantes, uma aliança solidária para reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, atingido por um incêndio em dezembro de 2015. A EDP é patrocinadora máster. Grupo Itaú e o Grupo Globo são patrocinadores do Museu, que conta ainda com apoio da lei federal de incentivo à Cultura.
“Hoje estamos dando um grande passo para restaurar o Museu e torná-lo mais moderno, com novas tecnologias e preservando os aspectos cultural e arquitetônico, com todos os projetos já devidamente aprovados. Em 24 meses, teremos o prédio restaurado e, em mais alguns meses, o museu instalado na área interna”, disse o governador.
O custo total da reconstrução está estimado em R$ 65 milhões. O valor de investimento da iniciativa privada é de R$ 36 milhões, em até 4 exercícios, que se somam aos R$ 34 milhões da indenização do seguro contra incêndio. Do montante total reunido, R$ 3 milhões já foram investidos nas ações emergenciais; e R$ 2 milhões serão destinados para contribuir com o primeiro ano de manutenção do Museu.
O governador Geraldo Alckmin e o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, informaram também que as obras de restauro das fachadas e esquadrias da Estação da Luz começam neste mês, menos de um ano após o incêndio, e vão até dezembro de 2018. Já a implantação da museografia tem início em 2018, com previsão de conclusão até março de 2019. A data de inauguração só será definida após a conclusão dos projetos (gov.sp).

Funcionários aderem ao plano de aposentadoria do BB

O Banco do Brasil informou ontem (12), em comunicado ao mercado, que 9.409 empregados aderiram ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (Peai). A adesão ao plano estava aberta até a última sexta-feira (9). O público potencial que poderia aderir ao programa era de 18 mil pessoas. Com essa adesão, o banco terá despesas com pagamento de incentivos em 2016 de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, em 2017 a estimativa é de redução de despesas com pessoal no valor de R$ 2,3 bilhões.
No dia 21 de novembro, o banco anunciou medidas de reestruturação, como fechamento de agências, ampliação do atendimento digital, redução de jornada de trabalho e o Peai. Por meio do plano, o banco concedeu incentivo de desligamento correspondente ao valor de 12 salários, além de indenização pelo tempo de serviço, que varia de um a três salários, a depender do tempo de banco (entre 15 e 30 anos completos). Para aderir era preciso já estar aposentado pela Previdência Social ou ter 50 anos de idade e, no mínimo, 15 anos de trabalho no banco (ABr).

Napoli versus Real Madrid na Champions

O sorteio dos confrontos das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa ontem (12) reservou uma sorte bem diferente para os dois representantes italianos na competição. Enquanto a Juventus vai encarar o Porto, o Napoli vai enfrentar o temido Real Madrid. Apesar de ser apontado como favorito na disputa contra os portugueses, o vice-presidente da Velha Senhora, Pavel Nedved, lembrou da qualidade do Porto e disse que essa foi a equipe responsável por eliminar os italianos da Roma na competição.
“Na Itália, nos dão como vencedores do scudetto [título do Campeonato Italiano] e agora já acham que passamos de fase na Champions. Mas, esses desafios tem que ser enfrentados com grande concentração, se não corremos riscos, especialmente, em duas partidas diretas. É um ótimo time”, disse Nedved que estava em Nyon acompanhando o sorteio (ANSA).

ONU teme retrocesso no combate à pobreza no Brasil

Representante do Pnud no país, Maristela Baioni.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) está atento a um possível retrocesso nas ações de combate à pobreza no Brasil, diante da atual crise econômica, afirmou a representante do programa no país, Maristela Baioni. “Com a crise de hoje, há o risco de a população voltar aos níveis de pobreza anteriores”, disse Maristela que participou ontem (12) do seminário Diálogos sobre Prosperidade: Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável, realizado na BM&F Bovespa, na capital paulista.
Segundo o Radar IDHM, estudo do Pnud divulgado no mês passado, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 255, entre 2011 e 2014, diminuiu 9,3% por ano. No período de 2000 a 2010, o decréscimo anual foi de 3,9%. A redução da pobreza e temas como desigualdade social, corrupção, violência crescente, degradação do meio ambiente e déficit de infraestrutura integram a Agenda 2030 e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Didier Trebucq, diretor do Pnud, defende que o Brasil aumente os esforços para a promoção do desenvolvimento humano, já que mais de 224 milhões de latinos correm o risco de voltar à pobreza, ou seja, 35% da população latina. “Precisamos de medidas que permitam reforçar a inclusão produtiva”, disse. Segundo ele, atrair novos modelos de negócios e estratégias ajudam no desenvolvimento econômico. Por isso, o programa fez um acordo de cooperação técnica com 2 mil micro e pequenas empresas, como forma de impulsionar o setor e a economia do país.
Já a coordenadora da Secretaria do Programa de Parcerias e Investimento da Presidência da República, Vanialucia Lins, disse que o governo quer impulsionar as concessões e parcerias público-privadas, capacitando servidores e levando mais informação à população. “Os desafios são grandes, porque tem várias resistências ideológicas. Felizmente, a sociedade discute, agora, gastos, como a reforma da Previdência. Isso é importante porque os gastos não são ilimitados”, disse (ABr).

Papa envia carta a Assad e pede fim de guerra na Síria

O papa Francisco enviou uma carta ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, em que pede o fim do extremismo e de qualquer forma de terrorismo. Partes do documento foram reveladasontem (12) pela agência de notícias oficial Sana. “O Papa exprime solidariedade ao povo sírio”, diz o texto em que ressalta “a condenação do Vaticano de qualquer forma de extremismo e terrorismo”. A nota ainda mostra que o líder da Igreja Católica pede que “os esforços de todos sejam multiplicados para colocar fim à guerra na Síria à retomada da paz”.
O conteúdo da carta foi revelado no dia em que o núncio apostólico para a Síria, cardeal Mario Zenari, se reuniu com Assad em Damasco. O documento ainda pede que é preciso que a guerra seja encerrada no país para que “ele possa continuar a ser um modelo de convivência entre culturas e religiões como sempre foi”. De acordo com a Sana, Assad elogiou a postura da Igreja Católica de manter um núncio – que é como chamado o representante do Vaticano em um país estrangeiro – depois de ser nomeado cardeal (o que é único no mundo) e que mostra “o grande carinho que o papa Francisco tem pela Síria e por seu povo”.
O presidente sírio ainda afirmou que “está determinado” a “restaurar a segurança e a estabilidade” no país. Por diversas vezes, o sucessor de Bento XVI fez apelos públicos pelo fim da guerra que atinge o território sírio há quase seis anos e que causou milhares de mortes. No último desses pedidos, no dia 17 de novembro, Francisco “implorou” pelo fim dos “sangrentos conflitos que nenhuma motivação pode justificar ou permitir”. Em um encontro no mesmo dia, com membros da ONG católica Caritas, Jorge Mario Bergoglio destacou que a Síria é um “laboratório de crueldades” já que “as potências internacionais, gente da Síria, cada um só pensa em seu interesse e nenhum busca a liberdade de um povo” (ANSA).