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Geral 11 a 13/03/2017

em Geral
sexta-feira, 10 de março de 2017
Sistema Astros da Avibras.

Arábia Saudita usou armas brasileiras em ataques no Iêmen

Sistema Astros da Avibras.

A Anistia Internacional denunciou que uma coalizão liderada pela Arábia Saudita utilizou armamentos fabricados no Brasil em três ataques no Iêmen nos últimos 16 meses

O uso, a produção, a venda e o comércio de munições cluster, um tipo de projétil, que se abre no ar e espalha submunições explosivas e podem ser jogados ou disparados de um avião ou lançados de foguetes superfície-superfície, é proibida nos termos da Convenção sobre Munições Cluster (CCM), de 2008, subscrita por mais de 100 países signatários.
O Brasil não assinou a convenção e é um dos principais produtores mundial deste tipo de munição, ao lado de Estados Unidos, China, Índia, Rússia, Israel e Paquistão, que também não são signatários da CCM. De acordo com a diretora de pesquisa do escritório da Anistia Internacional em Beirute, Lynn Maalouf, a coalizão liderada pela Arábia Saudita justifica de modo absurdo o uso de munições cluster, alegando que está em conformidade com a lei internacional.
“O uso de tais armas é proibido pela lei internacional humanitária em qualquer circunstância. À luz de evidências crescentes é mais urgente do que nunca que o Brasil faça sua adesão à Convenção sobre Munições Cluster e que a Arábia Saudita e os membros da coalizão parem todo uso destas armas”, disse a diretora. Vestígios identificados pela Anistia Internacional mostram que o ataque partiu de um foguete Astros II, fabricado pela empresa brasileira Avibras. Os foguetes atingiram as áreas residenciais de Gohza, al-Dhubat e al-Rawdha.
A entidade informou ainda que após ter documentado o uso de munições cluster, pela primeira vez em outubro de 2015, enviou uma carta formal à Avibras. Por meio de nota, a Avibras informou que todos os produtos de defesa fabricados por ela respeitam estes aspectos humanitários e não poderia avaliar as origens dos artefatos encontrados no Iêmen por não ter acesso ao local do conflito.
A Avibras disse que, na produção e no fornecimento de seus produtos de defesa, “sempre cumpriu as legislações e os requisitos estabelecidos para o setor, inclusive os acordos internacionais no âmbito da ONU e os acordos nos quais o Brasil é signatário”. A empresa acrescentou que as suas exportações são autorizadas por órgãos públicos brasileiros competentes e “destinadas a nações amigas que também cumprem estas legislações” (ABr).

Número de cesarianas cai pela primeira vez no Brasil

Toda mulher tem direito de definir o seu plano de parto.

Pela primeira vez desde 2010, o número de cesarianas na rede pública e privada de saúde não cresceu no país. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde revelam que esse tipo de procedimento, que apresentava curva ascendente, caiu 1,5 ponto percentual em 2015. Dos 3 milhões de partos feitos no Brasil no período, 55,5% foram cesáreas e 44,5%, partos normais. Os números mostram ainda que, considerando apenas partos realizados no SUS, o percentual de partos normais permanece maior – 59,8% contra 40,2% de cesarianas.
No ano passado, segundo a pasta, dados preliminares indicam tendência de estabilização do índice, que ficou em torno de 55,5%. Esta semana, o governo anunciou novas diretrizes de assistência ao parto normal, que servirão de consulta para profissionais de saúde e gestantes. “Toda mulher terá direito de definir o seu plano de parto, que trará informações como o local onde será feito, as orientações e os benefícios do parto normal”, informou o ministério.
Segundo a pasta, as medidas visam ao respeito no acolhimento e mais informações para o empoderamento da mulher no processo de decisão ao qual tem direito. “Assim, o parto deixa de ser tratado como um conjunto de técnicas e representa momento fundamental entre mãe e filho”, acrescentou. Para o ministério, a estabilização das cesarianas no país é consequência de medidas como a implementação da Rede Cegonha e investimentos em 15 centros de Parto Normal; a qualificação das maternidades de alto risco; e a maior presença de enfermeiras obstétricas na cena do parto (ABr).

Robô cozinheiro prepara hambúrgueres

Um robô criado para fazer hambúrgueres fez sua estreia na cozinha de uma rede de fast-food em Pasadena, na Califórnia. Chamado de Flippy, o experimento foi desenvolvido pela Miso Robotics em parceria com o grupo Cali, proprietário da rede de hamburgueria CaliBurguer. Além de fritar hamburgueres, Flippy ainda monitora o nível de temperatura e de cocção e avisa quando a carne está “quase pronta” para, em seguida, preparar a salada, queijos, molhos e finalizar o lanche.
O androide usa câmeras fotográficas, sensores e software de aprendizados automáticos para localizar os ingredientes sem ter necessidade de passar por reconfiguração. Todo o processo de montagem do lanche leva poucos minutos. Em nota, o CEO da Miso Robotics, David Zito, disse que Flippy também pode ser usado para desenvolver outras funções na cozinha como fritar batatas e cortar legumes.
A expectativa é que o robô seja usado em outras 50 lojas da rede nos próximos dois anos. A ideia é que o novo “chef” prepare os lanches o mais rápido possível, de forma mais segura e com menos erros (ANSA).

Trabalhadores usam dinheiro do FGTS para pagar contas

As agências da Caixa anteciparam em duas horas o atendimento aos clientes devido aos saques das contas inativas do FGTS.

Pagar dívidas é a principal preocupação da maioria das pessoas que aguardavam nas filas das agências da Caixa na capital paulista na manhã de sexta-feira (10). Elas foram receber o dinheiro do saque de contas inativas do FGTS. No estado de São Paulo, 1,6 milhão de pessoas têm direito ao saque. Serão pagos aproximadamente R$ 3 bilhões.
Luciano de Santana, vendedor, tentou sacar o dinheiro utilizando o cartão do cidadão, mas não conseguiu. “Deu problema no meu cartão. Tive de pegar a fila. Eu creio que tenho um valor baixo [para sacar]. Vou pagar contas, infelizmente, só pagar dívida”, disse. Na região da Lapa, zona oeste da capital paulista, assim que a agência iniciou as atividades, Maria José da Silva, balconista, estava ansiosa na fila. Nascida em fevereiro, ela esperava para receber o seu dinheiro. “Eu vou pagar contas, esse dinheiro veio numa ótima hora. Eu não estava esperando. Ter esse dinheiro para receber foi uma boa surpresa”, disse.
Rafaela Jesus Pereira disse que não conseguiu conferir se tinha direito ao saque. Desempregada, ela espera poder receber dinheiro também para quitar dívidas. Leonel de Souza Borges, aposentado, nasceu em janeiro e esperava na fila, otimista, para receber o dinheiro do FGTS. “A gente vai gastar no que for melhor, mas, com certeza, vai ter churrasco”, brincou (ABr).

Papa confirma viagem a Colômbia para setembro

O papa Francisco confirmou sua viagem para a Colômbia entre os dias 6 e 11 de setembro. O líder da Igreja Católica visitará as cidades de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena. “Aceitando o convite do presidente da República e dos bispos colombianos, Sua Santidade o papa Francisco fará uma viagem apostólica para a Colômbia”, anunciou a vice-diretora de comunicação da Santa Sé, Paloma Ovejero.
A viagem de Francisco já era especulada desde o ano passado, quando o Papa e diplomatas do Vaticano ajudaram a mediar as negociações de paz entre o governo do presidente Juan Manuel Santos e o grupo guerrilheiro Farc. O acordo de paz foi assinado em 2016 e rendeu um prêmio Nobel a Santos, que se reuniu com Francisco no Vaticano em dezembro. Nascido na Argentina, Jorge Mario Bergoglio tem concentrado esforços na América Latina desde que iniciou seu Pontificado, em 2013, substituindo Bento XVI, que renunciara ao cargo.
Sua primeira viagem internacional foi ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude daquele ano. Ele também já visitou a Bolívia, Equador, Peru, Paraguai e Cuba, onde também auxiliou na intermediação da retomada das relações diplomáticas entre a ilha e os Estados Unidos. Atualmente, uma delegação da Santa Sé participa das negociações entre o governo e a oposição na Venezuela, na tentativa de solucionar a crise política local (ANSA).

Entrada com reconhecimento facial

O Museu dell’Opera del Duomo, de Florença, anunciou que além de bilhetes vai usar um sistema de reconhecimento facial para a entrada daqueles que visitam o local. A iniciativa, revelada pelo presidente do museu, Franco Lucchesi, tem o objetivo de tentar eliminar a prática de alguns guias turísticos que revezam apenas um bilhete entre diversos visitantes para acessar diferentes espaços do local, uma espécie de “mercado negro”.
Com o novo sistema, cada vez que o visitante, com posse de um bilhete, for atravessar uma catraca, seu rosto será fotografado. Desta forma, a imagem será comparada com a fotografia cadastrada no bilhete para garantir que é a mesma pessoa. A nova tecnologia poderá ser usada a partir do mês de abril. O Museu dell’Opera del Duomo é formado pela catedral, o campanário e o batistério. O complexo arquitetônico dispõe de três andares, mais de 20 salas e cerca de 6 mil m². Entre os principais nomes artísticos encontrados no museu estão Michelangelo, Donatello, Giovanni del Biondo (ANSA).