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Economia 11 a 13/03/2017

em Economia
sexta-feira, 10 de março de 2017
Em fevereiro, brasileiros gastaram menos para comprar alimentos.

Inflação é a mais baixa para fevereiro desde 2000

Em fevereiro, brasileiros gastaram menos para comprar alimentos.

Com uma queda de preços de 0,45%, os alimentos foram os principais responsáveis pelo recuo da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em fevereiro na comparação com o mês anterior

O IPCA recuou de 0,38% em janeiro para 0,33% em fevereiro. Os alimentos, que haviam tido uma inflação de 0,35% em janeiro, registraram uma queda de preços (deflação) de 0,45% no mês seguinte. Os números foram divulgados pelo IBGE.
A queda de preços do grupo alimentação e bebidas foi provocada por recuos nos preços de vários produtos, como o feijão-carioca (-14,22%), feijão-preto (-9,22%), batata-inglesa (-5,06%), frango inteiro (-3,83%), tomate (-3,33%), frutas (-2,46%), farinha de trigo (-1,22%), carnes (-1,22%), açúcar refinado (-1,10%), arroz (-0,60%) e pão francês (-0,55%).
Apesar da queda de muitos produtos, alguns alimentos ficaram mais caros. É o caso da cenoura (11,77%), hortaliças (5,22%), farinha de mandioca (2,63%), café moído (1,82%) e óleo de soja (1,05%).
E, enquanto comprar produtos para fazer sua própria refeição em casa ficou, em média, 0,75% mais barato, comer fora custou mais 0,11%. O aumento de 5,04% dos gastos com educação, por outro lado, impediu uma queda maior da inflação oficial. Fevereiro é o mês em que habitualmente são reajustadas as mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,99%. Esse foi o item individual que mais pesou na inflação do mês (ABr).

Cresce a intenção de investimentos da indústria

A intenção de investir da Indústria tem a quarta alta consecutiva.

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas, avançou 6,9 pontos no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. É quarta alta consecutiva e, com o resultado, o indicador chegou a 100 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2015 (100,8).
A escala varia de zero a 200 pontos. Os 100 pontos são a zona de neutralidade entre o pessimismo (abaixo de 100 pontos) e otimismo (acima de 100 pontos). No primeiro trimestre deste ano, a proporção de empresas que pretendem investir mais nos 12 meses seguintes ficou em 19,9%, mesmo percentual das que tencionam investir menos. No trimestre anterior, o percentual de empresas que queriam investir era de apenas 17,8%, enquanto as que estimavam investir menos eram 24,7% do total.
A proporção de empresas que estão certas em relação ao plano de investimentos para os próximos 12 meses (29,2%) superou a proporção das que estão incertas (22,7%). Esse foi o menor percentual de empresas incertas sobre a execução dos investimentos desde o fim de 2015 (ABr).

Fipe registra nova deflação em São Paulo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, iniciou março com recuo de 0,09%, ante uma queda de 0,08% no fechamento de fevereiro. O grupo alimentação foi o que mais influenciou o resultado, ao registrar redução de preços em nível mais acentuado do que no último levantamento. Nessa classe de despesa, o índice passou de -0,69% para -0,73%.
A apuração da primeira prévia da Fipe mostra que dos sete grupos pesquisados, quatro apresentaram diminuição na média de preços, dois tiveram elevação e um desacelerou. Em transportes, a taxa indicou queda de 0,19% sobre uma variação negativa de 0,17%, registrada no encerramento de março. Em despesas pessoais, foi constatada queda de 0,13%, a mesma variação medida no último levantamento. No grupo vestuário, foi mantido o movimento de recuperação de preços. Na média, o índice caiu 0,33%, mas na pesquisa passada o recuo tinha sido mais significativo (-0,42%).
Em educação, é observado caminho inverso – os preços, que no começo do ano sempre sobem mais, agora começam a se estabilizar. No fechamento de fevereiro, o grupo tinha apresentado alta de 0,13% e passou para 0,04%. A maior taxa foi encontrada no grupo saúde (de 0,69% para 0,71%), mas a alta mais expressiva ocorreu em habitação (de 0,13% para 0,36%) (ABr).

Famílias com renda mais baixa tiveram inflação de 4,69%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, acumulou, em fevereiro deste ano, uma taxa de 4,69% em 12 meses. A taxa é inferior à acumulada até janeiro (5,44%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa do INPC também foi inferior à inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula taxa de 4,76% em 12 meses. Considerando-se apenas o mês de fevereiro, o INPC ficou em 0,24%, abaixo do 0,42% do INPC de janeiro. Os produtos alimentícios tiveram uma queda de preços de 0,53%, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,59% (ABr).