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Geral 10/08/2016

em Geral
terça-feira, 09 de agosto de 2016

Total de consumidores inadimplentes no Brasil cai para 58,9 milhões

Segundo o SPC Brasil, consumidor ainda enfrenta dificuldades para realizar o pagamento de contas básicas.

A inadimplência do consumidor voltou a dar sinais de desaceleração

De acordo com o indicador apurado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de brasileiros negativados atingiu 58,9 milhões no último mês de julho, o que representa 200 mil consumidores em situação de inadimplência a menos do que o registrado em junho (cerca de 59,1 milhões). Apesar da queda, esse número é considerado elevado por representar 39,57% da população adulta do país.
Mesmo com a discreta queda na estimativa de brasileiros negativados na passagem de junho para julho, o volume de consumidores inadimplentes aumentou 1,99% no último mês frente julho de 2015. Essa foi a terceira desaceleração consecutiva do indicador na base anual de comparação. Segundo o SPC Brasil, os dados não levam em consideração a região Sudeste por conta da entrada em vigor da Lei Estadual nº 15.659, conhecida como ‘Lei do AR’, que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.
Assim como nos últimos meses, a região Nordeste foi a que teve o maior crescimento no número de devedores: alta de 5,01% na comparação anual. Em seguida, a região Norte, com um aumento de 0,85%. Já as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram leves recuos, de -1,12% e -1,23%, respectivamente. Apesar do Nordeste ter apresentado o maior aumento de novos inadimplentes, é a região Norte que detém, proporcionalmente, a maior população de consumidores inadimplentes: 5,24 milhões de pessoas com contas em atraso, o que representa 45,58% da população adulta desta região.
O Centro-Oeste, com número absoluto de 4,69 milhões, apresenta a segunda maior proporção da população adulta em situação de inadimplência (41,55%). A região Nordeste registrou 16,26 milhões de negativados, com 41,27% da população adulta. Por fim, o Sul, com um total de 8,16 milhões de consumidores negativados, tem a menor proporção (36,98% da população adulta).
Segundo o SPC Brasil, a abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia mostra que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar o pagamento de contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi com as empresas concessionárias de serviços como água e luz, cuja alta atingiu 8,33% na comparação anual (ABr).

Grávidas acham exames do SUS insuficientes para microcefalia

70% das grávidas entrevistadas gostariam de ter feito mais exames de ultrassom.

Pesquisa sobre a relação entre o vírus Zika e os direitos das mulheres revela que 70% das grávidas acompanhadas pelo SUS gostariam de ter feito mais exames de ultrassom para detecção de microcefalia em seus bebês. O assunto foi debatido ontem (9) na capital paulista, durante evento promovido pelo Instituto Patrícia Galvão. O levantamento ouviu 3.758 mulheres, sendo 3.155 grávidas, 466 mulheres tentando engravidar e 137 que pretendem engravidar em breve. Os questionários foram distribuídos entre junho e julho.
Maíra Saruê Machado, pesquisadora do Instituto Locomotiva, explicou que os questionários respondidos online levaram a uma amostra com escolaridade acima da média da população, ouvindo, portanto, mulheres com maior acesso à informação. Na rede particular, o percentual de grávidas que gostariam de ter realizado mais exames de ultrassom para diagnóstico da microcefalia também é alto (43%).
“É um momento de bastante tensão. Elas querem ver o tamanho da cabeça do bebê. Como não há disponibilidade no SUS, acabam pagando para fazer na rede privada. Vemos que, na epidemia de Zika, não é secundário facilitar o acesso aos exames”, afirmou a pesquisadora. Além disso, 60% das grávidas admitiram ter medo de fazer o exame de ultrassom e descobrir que o bebê tem microcefalia. A pesquisa indicou ainda que 90% das grávidas gostariam de fazer um teste capaz de detectar se ela teve ou tem o vírus Zika no período de gestação (ABr).

Volks interrompe produção

A produção da Volkswagen do Brasil será interrompida temporariamente nas unidades de São José dos Pinhais, Taubaté, Anchieta e a fábrica de motores de São Carlos. Apesar do mercado mais retraído no setor, o motivo não é o desempenho das vendas, mas a falta de peças.
De acordo com nota da montadora, após uma sequência de falhas na entrega dos componentes por parte das fornecedoras Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel, do Grupo Prevent, a Volkswagen decidiu rescindir os contratos. Conforme o comunicado, mais de 100 mil veículos deixaram de ser produzidos em razão do desabastecimento.
Além de encerrar o acordo com o fornecedor, a Volkswagen entrou com recurso na Justiça para recuperar ferramentais que estão nas fábricas do Grupo Prevent. “A retomada das ferramentas de sua propriedade permitirá que a Volkswagen restabeleça seu ritmo normal de produção, possibilitando o funcionamento normal de toda a cadeia produtiva e a tranquilidade de seus empregados e da rede de concessionários”, acrescentou a nota.
Diante da situação, a montadora antecipou as férias coletivas programadas para outubro. A previsão é que 11 mil de um total de 18 mil empregados permaneçam afastados por um período de três a quatro semanas. Esse é o prazo estimado para que a empresa comece a receber componentes de novos fornecedores (ABr).

Presidente da OAB diz que saúde não pode sofrer cortes

O presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, afirmou ontem (9) que a saúde não pode sofrer cortes em meio ao ajuste fiscal promovido pelo governo. “Vivemos, no Brasil, uma crise econômica sem precedentes, que demanda um ajuste fiscal, com corte de despesas em diversas áreas”, disse Lamachia, na audiência pública Saúde na UTI, organizada pela própria OAB e que reuniu entidades do setor e representantes do governo federal – inclusive o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Lamachia lembrou que mais de 70% da população depende do SUS e garantiu que a entidade rechaça qualquer tentativa de corte ou contingenciamento de recursos no setor. O presidente citou, entre outras, a proposta que limita gastos públicos para despesas primárias no Executivo, Legislativo e Judiciário. O ministro da Saúde, por sua vez, concordou que é preciso ampliar o financiamento da saúde, mas voltou a defender que “há amplo espaço para se fazer mais com o mesmo”

Especialistas descobrem “relógio interno” do girassol

O fenômeno só ocorre quando os girassóis estão em fase de crescimento.

Resolvido o mistério do girassol: o que faz a planta acompanhar a posição do sol, do leste ao oeste, é um relógio biológico interno sincronizado com o ciclo circadiano, ou seja, que tem 24 horas de duração. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Davis, da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicada pela revista especializada Science.
O fenômeno só ocorre quando os girassóis ainda estão em fase de crescimento, porque o lado que recebe menos luz cresce mais e isso faz que o caule incline. “Este é o primeiro exemplo, na natureza, onde o relógio interno modula o crescimento”, disse Stacey Harmer, a pesquisadora que liderou o projeto. Depois de se tornarem plantas adultas e florescerem, elas param de seguir o sol e se posicionam apenas para o leste.
Isso acontece porque as flores buscam a primeira luz da manhã, assim se esquentam mais rápido e atraem cinco vezes mais os insetos polinizadores, fator essencial para a reprodução da espécie. Experimentos feitos com girassóis plantados em vasos dentro de locais fechados, induzindo as flores ao lado ‘errado’, mostraram ainda que é possível bloquear seu acompanhamento à posição do sol (ANSA).

MPT aciona 13 municípios por trabalho infantil

O trabalho recorrente de crianças e adolescentes em feiras, mercados públicos e matadouros em municípios do agreste de Pernambuco levou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a ajuizar ações civis públicas contra 13 prefeituras da região. O órgão pretende obrigar os municípios a criar projetos que combatam a prática e a pagar multa por dano moral coletivo.
As prefeituras de Altinho, Brejo da Madre de Deus, Ibirajuba, Jurema, Machados, Sanharó, São Bento do Una, Poção, Itaíba, Quipapá, Jupi, Custódia e Sairé se recusaram a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para erradicar o trabalho infantil e por isso se tornaram alvos das ações civis. Seis já foram ajuizadas e até o fim desta semana o MPT vai ingressar com as ações restantes.
De acordo com o procurador José Adílson Pereira da Costa, responsável pelo caso, a situação mais grave se dá nos matadouros de animais. “É um quadro de muita insalubridade. Animais abatidos, vísceras expostas. Quem corta os pedaços usa uma faca enorme. É uma atividade muito penosa, nem todo adulto consegue. Imagina para crianças”. Segundo Costa, os menores de 18 anos são geralmente levados pelos pais, e ficam responsáveis por tarefas como cortar vísceras e captar o sangue dos animais (ABr).

A noiva e a presença do falecido pai no altar

Cerca de dez anos após perder o pai em um assalto, a norte-americana Jeni Stepien deu um jeito de tê-lo presente em seu casamento. Ela convidou o homem que recebeu o coração de Michael Stepien, que era doador de órgãos, para levá-la ao altar. Isso foi possível pois Jeni mantém contato há anos com Artur Thomas, conhecido como Tom, após ele lhe escrever no natal seguinte à operação, agradecendo o gesto que salvou sua vida.
Eles se tornaram amigos sem nunca se conhecer pessoalmente. A noiva contou ao site norte-americano “Huffington Post” que não queria pressioná-lo a atender o pedido, por isso consultou familiares sobre a ideia. “Minha mãe ficou bastante emocionada com a ideia e disse que seria uma linda forma de homenagear meu pai”, explicou Jeni.
Eles se conheceram um dia antes do casamento. Jeni o recebeu entre abraços e lágrimas. “Você pode sentir isso?”, perguntou Tom à noiva sobre o pulsar do coração que havia pertencido a seu pai. A cerimônia aconteceu na última sexta-feira (6), e foi registrada pela emissora local “KDKA”. “Estou muito grata por meu pai estar aqui conosco hoje em espírito e também com uma parte de seu corpo. Foi muito especial para todos”, disse na ocasião.
“Não imagino honra maior do que levar ao altar a filha do homem que me deu seu coração”, declarou Tom, por sua vez. Jeni espera que sua história sirva de exemplo para que outras pessoas se sintam animadas a serem doadoras de órgãos (ANSA).