Pesquisa aponta homens e brancos como maioria no Ministério PúblicoProcuradores e promotores do Ministério Público (MP) no Brasil são majoritariamente homens e brancos, têm cerca de 43 anos e são filhos de pai com nível superior A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes e também por professoras da UFMG. Os dados foram obtidos em entrevistas com os servidores. Também colaborou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A pesquisadora Ludmila Ribeiro, da UFMG, compara os resultados obtidos com a demografia brasileira e analisa: “A instituição não incorpora as mulheres da forma que o mercado de trabalho deveria incorporar”, diz ela, que acrescenta outro aspecto do perfil do MP: “A gente tem uma sobrerepresentação de brancos dentro do MP”. O Brasil tem uma população formada por cerca de 51% de mulheres, enquanto no MP as procuradoras e promotoras representam 30% do total de funcionários. Já a proporção de 40% de pardos na população brasileira cai para 20% no grupo analisado. Seguindo a nomenclatura do IBGE, os pretos são 2% no MP e 8% no Brasil. Para Ludmila, o que mais impressiona é a origem social dos procuradores e promotores, e o dado ajuda a caracterizar o perfil chamado de elitizado pela pesquisa. Uma fatia de 60% de promotores e procuradores declara que seu pai tem nível superior, enquanto apenas 9% dos homens brasileiros com mais de 50 anos têm diploma. Em relação às mães, são 47% com nível superior, percentual bem maior que os 8,9% de mulheres com mais de 50 anos formadas em faculdades. Outro dado importante é que 30% dos promotores e procuradores têm avós, tios, primos ou algum parente na área jurídica. “A gente está falando de uma elite da população brasileira”, diz a pesquisadora. Ludmila acredita que a disparidade não é acidental. Com o nível de dificuldade e os requisitos do concurso para a promotoria, o acesso se torna bastante restrito. Ela destaca que a experiência exigida de três anos de advocacia, quando trabalhada de modo efetivo e para sustento próprio, dificulta a preparação para as provas. Muitas vezes a saída para quem tem a oportunidade é contar com o apoio financeiro de familiares e trabalhar esporadicamente para contabilizar os anos de experiência. “É alguém que pode colocar seu nome em uma petição ou outra e fazer um trabalho como advogado uma vez ou outra e se dedicar efetivamente a esse concurso”, diz Ludmila. Apesar disso, ela pondera que o concurso também tem benefícios, como impedir a nomeação direta de “amigos” e, dessa forma, garantir maior imparcialidade. “É uma faca de dois gumes”. O questionário foi respondido entre fevereiro de 2015 e 2016 por 899 dos 12.326 membros dos MPs federais e estaduais no Brasil. Também foi perguntado aos promotores e procuradores quais foram os três principais objetivos ao ingressar na carreira e 98% declararam que desejavam “realização de justiça” e 92% queriam “estabilidade no cargo”. “Atuar no combate à criminalidade” foi um desejo manifestado por 75%, e a “remuneração” foi motivação para 74%. Dos que responderam à pesquisa, 64% disseram buscar “proteger a população de baixa renda” com o exercício da profissão (ABr). |
Seis em cada dez brasileiros se dizem preocupadosDe acordo com dados do Pulso Brasil, monitoramento mensal de opinião pública da Ipsos, 60% dos brasileiros se declararam “preocupados” em relação ao futuro no último mês, ante 54% em outubro e 49% em setembro. A pesquisa foi realizada de 1 a 13 de novembro, com 1.200 entrevistas presenciais em 72 cidades brasileiras. A margem de erro é de três pontos percentuais. Além da preocupação, o sentimento de revolta também cresceu no último mês: saiu de 19% para 26% em novembro ante o mês anterior, alta de sete pontos percentuais. Já o otimismo caiu pela metade, tendo retraído para 7%, ante 16% em outubro e 19% em setembro. O conformismo também caiu, de 8% em outubro para 5% em novembro. utros índices medidos por Ipsos, como ‘Rumo do País’ e ‘Avaliação do Presidente’, também demonstraram leve piora em novembro, ainda que dentro da margem de erro. O percentual dos que acreditam que o país está no rumo errado registrou 89% em novembro, ante 83% no mês anterior. É a primeira vez que o índice negativo variou para cima desde abril. Já os que acreditam que o Brasil está no rumo certo recuou de 17% em outubro para 11% em novembro. “Os sentimentos de preocupação e revolta com relação ao futuro do Brasil voltaram a crescer por conta da falta de respostas tangíveis na economia e pela crise de liderança no país – a desaprovação aos políticos, de um modo geral, continua alta, bem como a desaprovação à figura do presidente Michel Temer e a sua gestão”, afirma Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil. Houve, ainda, piora no indicador Avaliação do Presidente: 52% classificaram a atuação do presidente como ruim ou péssima, ante 46% em outubro. É a primeira vez que a avaliação ruim/péssima do presidente passa dos 50% desde junho deste ano. Já o percentual dos que classificam a atuação do presidente como “ótima ou boa” registrou leve queda, de 9% em outubro para 7% em novembro. Os que avaliam a gestão do Executivo como regular teve variação para baixo de um ponto percentual e fechou novembro em 31%. Fonte: (www.ipsos.com.br). Grappa será certificado nos EUAA grappa, aguardente de uva típico da Itália, será o primeiro destilado com Indicação Geográfica Protegida do país a ser comercializado nos Estados Unidos, graças a um investimento de fundos europeus. O anúncio foi realizado pela AssoDistil, associação nacional do setor. “A partir de 2017 poderemos abrir caminho para novos eventos promocionais com o objetivo de promover a grappa e seu sabor único entre os consumidores norte-americanos”, disse Cesare Mazzetti, presidente do comitê nacional da entidade. Os Estados Unidos representam o mercado mundial mais cobiçado pelos empresários do setor de bebidas destiladas. “Atualmente, pouco mais de 25% dos nossos destilados podem tomar o caminho das exportações, o potencial de mercado é enorme. Durante a Expo [Milão 2015], foi demonstrado um grande interesse do público”, ressaltou Mazzetti. A AssoDistil pretende seguir o caminho já traçado pelos grandes vinhos italianos, amados em todo o mundo. “Hoje, nossas bebidas, símbolo do Made in Italy, e os outros espíritos da nossa tradição de destilação têm características sensoriais, qualidade e requinte. Nada inferior aos nossos vinhos nobres e aos destilados de prestígio de outros países”, concluiu (ANSA). | Identificada múmia da rainha egípcia NefertariUm grupo de arqueólogos anunciou ontem (6) ter identificado a múmia da rainha egípcia Nefertari. De acordo com os especialistas, estão no Museu Egípcio de Turim, na Itália, as pernas de uma das monarcas mais célebres do Antigo Egito. O estudo foi realizado por arqueólogos internacionais sob coordenação da Universidade de York, no Reino Unido, e publicado no “Plos One”. Nefertari foi esposa de Ramsés II, faraó do Egito, e nasceu aproximadamente 1.290 a.C. Sua morte ocorreu em 1.254 a.C. Segundo os especialistas, as pernas de Nefertari estão conservadas em uma urna. Foram realizados exames químicos, análises antropológicas e datações de carbono para identificar o corpo, cujos indícios apontavam para uma mulher de 40 anos de idade. O material usado para embalsamar as pernas também corresponde aos métodos usados em mumificações. O corpo tinha sido encontrado em uma tumba no Vale das Rainhas, em 1904, pelo arqueólogo italiano Ernesto Schiaparelli. O local também contava com outros restos mortais que foram enviados para o Museu Egípcio de Turim. No entanto, apenas recentemente foram iniciados estudos para constatar se o corpo pertencia à rainha Nefertari (ANSA). Brasil tem primeira queda em matemática desde 2003O Brasil está estacionado entre os piores desempenhos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de acordo com os resultados da avaliação de 2015, divulgados ontem (6) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pisa mediu o conhecimento dos estudantes de 72 países em leitura, ciências e matemática. Nas três, a média dos estudantes brasileiros ficou abaixo da dos demais países. Em matemática, o país apresentou a primeira queda desde 2003, início da série histórica da avaliação. Em ciências, a média do Brasil foi 401 pontos, enquanto a média dos países da OCDE foi 493. Em leitura, o país obteve 407 pontos, abaixo dos 493 pontos dos países-membros da OCDE e em matemática, o desempenho brasileiro foi de 377 contra 490 da OCDE. De acordo com os critérios da organização, 30 pontos no Pisa equivalem a um ano de estudos. Isso significa que, em média, os estudantes brasileiros estão cerca de três anos atrás em ciências e leitura e mais de três anos em matemática. O Pisa testa os conhecimentos de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. A avaliação é feita a cada três anos, e cada aplicação é focada em uma das áreas. Em 2015, o foco foi em ciências, que concentrou o maior número de questões da avaliação. Em comparação com os demais países, o Brasil ocupa a 63ª posição em ciências; a 59ª posição em leitura e a 65ª posição em matemática. O ranking considera 70 economias. No topo do ranking de ciências estão Cingapura (556), o Japão (538) e a Estônia (534). Em leitura estão Cingapura (535), Hong Kong (China), o Canadá (527) e a Finlândia (526). Em matemática, Cingapura também aparece em primeiro lugar, com 564 pontos, seguida de Hong Kong (548) e Macau (China), com 544 pontos (ABr). |