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Geral 06/12/2016

em Geral
segunda-feira, 05 de dezembro de 2016
Não será por meio de medidas simples de estímulos de curto prazo que o país voltará a crescer”, diz a carta.

Ipea: país também precisa de reformas microeconômicas

Não será por meio de medidas simples de estímulos de curto prazo que o país voltará a crescer”, diz a carta.

As reformas fiscais e a redução da taxa de juros não são suficientes para a retomada consistente do crescimento da economia, segundo avaliação que consta na Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada (5) ontem

“Para que a economia, de fato, volte a crescer de forma sustentável, é preciso, entre outras coisas, avançar também na agenda de reformas microeconômicas que ampliem a produtividade da economia como um todo”, diz o documento.
Na avaliação dos pesquisadores, será necessário enfrentar as demais questões estruturais que vêm pesando sobre o desenvolvimento do país: melhorar o ambiente de negócios, com ênfase para a questão regulatória; reformar a estrutura tributária, que é complexa e cria inúmeras distorções; alterar a legislação trabalhista, considerada excessivamente rígida; e aumentar grau de exposição da economia ao comércio internacional.
“Não será por meio de medidas simples de estímulos de curto prazo que o país voltará a crescer de forma consistente”, diz a carta. Entretanto, para os pesquisadores, “os desajustes acumulados ao longo dos anos anteriores impõem uma longa trajetória para reequilibrar as contas públicas e, com isso, reduzir o custo de capital da economia”. Na carta, os pesquisadores lembram que vários estudos internacionais comprovam que “uma dívida pública muito elevada e em trajetória explosiva tem fortes impactos negativos sobre o crescimento econômico”.
“No contexto atual, qualquer tentativa de se utilizar uma expansão dos gastos públicos teria efeitos contrários e ainda elevaria imediatamente o custo de capital da economia, podendo até tornar inviável o refinanciamento da dívida pública”. No curto prazo, a demanda agregada tende a ser estimulada pela redução da taxa de juros, à medida em que a inflação já se encontra em declínio e as expectativas convergem para a meta, que é de 4,5%. Para o mercado financeiro, a inflação deve terminar este ano em 6,69% e 2017 em 4,9% (ABr).

Bióloga mineira quer reciclar bitucas de cigarro

Bióloga Bárbara Sales transforma bitucas de cigarro em porta-copos.

A bióloga Bárbara Sales, de 26 anos, vem desenvolvendo uma pesquisa para transformar as bitucas de cigarro em porta-copos. Ela apresentou seu trabalho durante a 7ª ExpoCatadores, em Belo Horizonte. Atualmente trabalhando como educadora ambiental no Instituto Inhotim, Bárbara começou seu estudo, como projeto de final de curso, no Centro Universitário Newton Paiva.
Ela coletou manualmente as bitucas pelas ruas da capital mineira e também disponibilizou um coletor em alguns bares, onde os fumantes poderiam fazer o descarte do resto do cigarro após o consumo. Por meio de testes e de revisão bibliográfica, a bióloga estabeleceu um processo de reciclagem. “Eu deixei as bitucas de molho em um componente químico por cerca de sete dias. Em seguida, o material foi submetido a um cozimento a 200 graus e virou uma massa. Depois, há um processo para deixar as partículas mais homogêneas, a secagem e a confecção do porta-copo”, explica.
De acordo com levantamento da publicação Tobacco Atlas, da OMS, cerca de 5,8 trilhões de cigarros foram consumidos em todo o mundo em 2014. O Brasil é apontado como o maior mercado latino-americano do produto. Diante desse cenário, o objetivo de Bárbara é promover a conscientização ambiental dos fumantes. “O público fumante geralmente frequenta bares. Se esses bares e restaurantes oferecerem um produto feito a partir do resto do cigarro que ele consome, esse público pode se conscientizar e parar de jogar as bitucas nas ruas de forma inadequada”.
Sua pesquisa está agora entrando na fase de análises químicas para verificar se ainda há toxinas no porta-copo e como retirá-las. Ela também está fazendo testes com outros reagentes para chegar a um produto final com mais resistência e capacidade de absorção. A expectativa é de que o porta-copo possa, futuramente, se tornar mercadoria e ser comercializado com os bares (ABr).

Experiência chinesa contra Aids é bem-sucedida

O método da China para combater a aids foi considerado bem-sucedido, informaram funcionários e especialistas do setor de saúde. Segundo dados oficiais, a China tinha cerca de 850 mil pessoas com Aids, aproximadamente 0,06% da população, até o final de 2015. O trabalho de prevenção da doença na China tem alcançado resultados significativos. O país impediu basicamente os casos de transmissão pelo sangue por injeções, por meio de uso de drogas, e de mãe para filho, disse o vice-diretor da Comissão Nacional da Saúde e do Planejamento Familiar da China, Wang Guoqiang.
Entre 2010 e 2015, o número de pessoas testadas pelo HIV na China aumentou de 60 milhões para 140 milhões. O chefe do Centro de prevenção e Controle da Aids e HIV do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Wu Zunyou, disse que a expansão do número de testes havia descoberto mais pessoas infectadas. Comparando com 2010, a taxa de mortalidade em 2015 caiu 57% e a taxa de detecção aumentou mais de 68%. “Os dados e êxitos da China provaram que suas ações são bem-sucedidas, se tornam uma referência para o Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids”, disse Wu.
Além disso, afirmou Wu, a China já tomou medidas efetivas para controlar a transmissão do HIV entre usuários de drogas, e o programa da Organização das Nações Unidas sobre HIV e Aids tem popularizado a experiência da China em outras áreas do mundo. “A China pode continuar a expandir sua experiência nos esforços de combate ao HIV e à aids para o resto do mundo, especialmente para os países africanos”, disse Lyu Fan, funcionário do CCPD (Ag. Xinhua).

Em visita histórica, Abe e Obama irão a Pearl Harbor

Base militar de Pearl Harbor, atacada pelo país asiático em 1941, motivando a entrada dos EUA na II Guerra.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou que visitará a base militar de Pearl Harbor entre os próximos dias 26 e 27, com o presidente norte-americano, Barack Obama, no ano do 75º aniversário do ataque. O premier japonês disse que a visita objetiva prestar homenagens as cerca de 2,5 mil vítimas da base militar norte-americana localizada no Havaí, que foi atacada pelo país asiático em 1941, o principal motivo para a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).
“Não devemos nunca mais repetir a tragédia de uma guerra”, disse o primeiro-ministro. “É essa a mensagem que quero mandar e, ao mesmo tempo, [também] quero mandar uma mensagem de reconciliação entre EUA e Japão”, afirmou Abe, que será o primeiro premier japonês em exercício a visitar a base naval.
Já em maio, Obama, que terá nessa viagem sua despedida definitiva da Casa Branca, deu um passo histórico tornando-se o primeiro presidente norte-americano a visitar Hiroshima para prestar homenagens aos mais de 140 mil mortos da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial (ANSA).

Nobel: Bob Dylan envia discurso de aceitação

O cantor e compositor americano Bob Dylan, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura deste ano, enviou um discurso de agradecimento para ser lido em conjunto com os demais vencedores no banquete da cerimônia de entrega do prêmio, nesta sexta-feira (10) em Estocolmo. O músico tinha comunicado que não participaria da cerimônia, nem da conferência de aceitação, hoje (6), citando “compromissos prévios”.
A Fundação Nobel também informou que a cantora americana Patti Smith interpretará uma canção de Dylan, ‘A Hard Rain’s A-Gonna Fall’, na solenidade de entrega do prêmio. Dylan foi agraciado por criar “novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção norte-americana”, uma escolha surpreendente por ser a primeira vez em que um cantor é escolhido (Ag. Télam).

Aeronáutica investiga queda do helicóptero

Peritos do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) passaram a manhã de ontem (5) em busca de indícios que possam esclarecer o motivo da queda do helicóptero com quatro vítimas fatais, no final da tarde de domingo (4), na estrada da Barrinha, em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, distante cerca de 60 km da capital paulista.
Morreram no acidente, além do piloto, um homem e duas mulheres, entre elas Rosemeire Nascimento Silva, que estava vestida de noiva e seguia para seu casamento em um sítio daquela região. Ela e o irmão, que também estava no vôo, Silvano Nascimento Silva, foram sepultados no final da tarde de ontem (5), no cemitério Parque dos Ipês, em Taboão da Serra.
O aparelho caiu em uma área de mata fechada e não pegou fogo, segundo informações do Corpo de Bombeiros, que mobilizou oito viaturas para o local. De acordo com a Anac, a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade e a Inspeção Anual de Manutenção em dia. Conforme o Registro Aeronáutico Brasileiro, a matrícula era PR-TUN. O helicóptero tinha capacidade para transportar até três pessoas (ABr).