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Geral 05/05/2016

em Geral
quarta-feira, 04 de maio de 2016

Em abril, a confiança do brasileiro chegou ao pior nível dos últimos 11 anos

A confiança das classes A/B despencou de 60 pontos em março para 49 em abril, por ser o grupo socioeconômico mais afetado pelo desemprego.

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 64 pontos em abril

Foi o pior resultado desde que a pesquisa foi implantada, em abril de 2005. Em março de 2016, a confiança foi de 73 pontos e, em abril do ano passado, 103 pontos. Como no INC os valores entre 100 e 200 significam otimismo e os abaixo de 100 representam pessimismo, vê-se que, no intervalo de apenas um ano, o brasileiro deixou o campo otimista e se tornou profundamente pessimista. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 14 de abril em todas as regiões brasileiras.
A confiança do consumidor paulista também bateu novo recorde de baixa, despencando de 57 pontos em março para apenas 48 pontos em abril. Há um ano, o INC do Estado foi de 89 pontos. Mais industrializada, a região é mais sensível aos efeitos da crise econômica. O Índice Nacional de Confiança mede a confiança e a segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Indica a percepção da população sobre a economia e prevê o comportamento do consumidor no mercado.
“O brasileiro está abalado com o que está acontecendo no País. Com a chegada de um novo governo, as incertezas do consumidor podem diminuir. Aliás, o grande desafio da nova equipe econômica será justamente recuperar o otimismo da população e aproveitar a queda da inflação para, no momento adequado, iniciar a redução da taxa de juros”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Segundo o INC de abril, 51% dos brasileiros definem sua atual situação financeira como ruim e 37% acreditam que sua situação financeira futura piorará nos próximos seis meses. Em março, essas parcelas eram de 51% e 34%, respectivamente. E, há um ano, eram de 38% e 22%. Como consequência, grande parte dos brasileiros continua preocupada com a questão do emprego: apenas 13% estão seguros em seus trabalhos – há um ano, eram 28%. “A incerteza política contribui para o consumidor recuar nas compras, pois prioriza os produtos do dia a dia. Ele está postergando decisões de compra parcelada para um momento mais favorável”, diz Alencar Burti.
E não é para menos. O INC de abril revelou que 68% dos brasileiros não estão à vontade para comprar eletroeletrônicos, contra 62% no mês anterior e 42% há um ano. Além disso, 73% não pensam em adquirir bens duráveis de maior valor como imóveis e automóveis, ante 68% em março e 53% há um ano.
O INC das classes A/B despencou de 60 pontos em março para 49 em abril, por ser o grupo socioeconômico mais bem informado e, também, porque ele já começa a ser bastante afetado pelo desemprego. Já a classe C, cujo INC saiu de 74 pontos em março e foi para 63 pontos em abril, continua a mais afetada pelo desemprego porque foi a que mais se beneficiou do crescimento econômico dos últimos anos. “O consumidor da classe C é o mais ameaçado”, reforça o presidente da ACSP. Por fim, nas classes D/E, o INC caiu de 85 para 81 pontos de um mês para outro (ACSP).

Escassez de água pode reduzir crescimento econômico em 6%

A escassez de água irá estender-se a regiões como a África central e a Ásia oriental.

Algumas regiões do mundo poderão ver as suas taxas de crescimento cair até 6% do PIB até 2050, caso nada seja feito para melhorar as políticas de gestão da água, alertou o Banco Mundial. Num relatório intitulado High and Dry: Climate Change, Water and the Economy, o banco escreve que as alterações climáticas terão impacto, em primeiro lugar, no ciclo da água, com consequências na alimentação, energia, sistemas urbanos e ambientais. O crescimento das populações, com maiores rendimentos e em cidades cada vez maiores, irá resultar num aumento exponencial das necessidades de água, mas a água disponível será mais errática e incerta, antecipa o relatório.
A redução da água doce disponível e a competição por parte de setores como a energia ou a agricultura poderão deixar as cidades em 2050 com até menos dois terços da água que tinham em 2015. Segundo o Banco Mundial, se as políticas de gestão da água se mantiverem como estão e se os modelos climáticos se confirmarem, a escassez de água irá se estender a regiões onde atualmente não existe, como a África central e a Ásia oriental – e piorar gravemente onde já é uma realidade, como o Oriente Médio e o Sahel, na África.
Estas regiões, prevê o relatório agora divulgado, poderão ver as suas taxas de crescimento econômico cairem em até 6% do PIB até 2050, devido aos efeitos da escassez de água na agricultura, na saúde e nos rendimentos. A boa notícia, revela o Banco Mundial, é que embora as más políticas possam exacerbar o impacto econômico negativo das alterações climáticas, as boas políticas podem ajudar a neutralizá-lo. Algumas regiões poderão ver as suas taxas de crescimento aumentar até 6% com melhores práticas de gestão dos recursos aquáticos. No entanto, as mudanças na disponibilidade da água podem também induzir as migrações e incendiar conflitos civis, devido ao impacto que têm nos preços dos alimentos e no crescimento econômico, diz o estudo.
“É por isso que a gestão da água será crucial para o mundo alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as aspirações a uma redução da pobreza e a uma maior prosperidade partilhada”, ressalta o relatório. “A água é a moeda comum que liga quase todos os ODS”, acrescenta o documento, numa referência aos objetivos definidos em 2015 pela comunidade internacional (Ag. Lusa).

Com muito glamour, Chanel faz desfile histórico em Cuba

Entre os convidados especiais para o evento estava a modelo brasileira Gisele Bündchen.

Um evento repleto de glamour no coração da Havana revolucionária: assim foi o histórico desfile da Chanel na ilha cubana na noite de terça-feira (3). O estilista alemão Karl Lagerfeld apresentou a coleção “Crucero” 2016/2017 na bela Paseo del Prado, um boulevard construído a poucos metros do mar caribenho, bem arborizado e repleta de construções históricas. Além de ser o primeiro evento deste tipo em Havana, essa é a primeira vez que a tradicional maison francesa faz um desfile em um país da América Latina.
“A riqueza e a abertura de Cuba ao mundo tornaram a nação uma fonte de inspiração para Karl Lagerfeld e para a Chanel”, informou a empresa em comunicado. Na passarela, quem teve a honra de abrir os trabalhos foi a modelo britânica Stella Tennant que, a bordo de um “almendrón” – os clássicos carros norte-americanos que são um “símbolo” turístico da ilha – chegou ao Paseo para o desfile. As peças apresentadas usavam tecidos leves, com muitos tons em branco e em tons pastéis que constrastavam com peças coloridas e floridas. Boinas, chapéus Panamá e os tradicionais sapatos de duas cores foram os destaques nos acessórios.
Entre os convidados especiais de Lagerfeld para o evento estava a modelo brasileira Gisele Bündchen, o ator norte-americano Vin Diesel – que está gravando a sequência de “Velozes e Furiosos” em Cuba -, a ex-diretora da revista “Vogue Paris” Carine Roitfeld e a diva do Buena Vista Social Club, Omara Portuondo. Além do desfile, a Chanel está fazendo uma exibição de arte, que segue até o dia 12 de maio, na Galeria de Arte Factoría Habana. Chamada de “Obra en Processo/Work in Progress”, a mostra é dividida em três sessões de grande interesse de Lagerfeld: moda, arquitetura e paisagens e reúne mais de 200 pessoas.
O desfile da maison francesa é mais um passo de abertura após a retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos, que proporcionou para empresas estrangeiras a entrada na ilha cubana. Só neste ano, Cuba recebeu a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, e o show da banda Rolling Stones (ANSA).

Mãe de Carla Bruni revela nome de pai biológico da cantora

A mãe da cantora Carla Bruni, a pianista e atriz Marisa Bruni-Tedeschi, revelou em livro lançado ontem (4) o nome do verdadeiro pai biológico da cantora. Chamado de “Mes chères filles, je vais vous raconter…”(“Minhas queridas filhas, eu vou contar…”, em tradução livre), Marisa explica que a cantora e modelo nasceu do filho de um de seus amantes. “É algo importante para minha filha. Eu escrevi um capítulo do livro para explicar o porque nunca tinha falado sobre isso. Lamento não ter falado antes, mas nestas famílias [da alta burguesia italiana] não se comenta esse tipo de coisa”, afirmou a mãe de Carla à rádio Europe 1.
Marisa estava casada com o empresário italiano Alberto Tedeschi quando iniciou um romance extraconjugal com o também empresário Giorgio Remmert. Porém, em poucos meses, ela começou a ter uma relação amorosa com o filho de Giorgio, Maurizio, que era 16 anos mais novo que ela. Dois anos depois, enquanto ainda mantinha o relacionamento que duraria por mais quatro anos antes de Maurizio vir para o Brasil com sua esposa, em 1967, nasceu Carla.
Tedeschi, que já era pai de Valeria, soube que a menina não era sua filha biológica, mas adotou a criança sem titubear. “Ele a amava como aos outros fihos”, contou a pianista e atriz. Quando a ex-primeira-dama da França tinha 28 anos, Tedeschi contou a verdade para ela – pouco antes de morrer. Desde então, Carla se aproximou de seu pai e os dois mantêm uma relação estável até os dias de hoje – apesar de Marisa revelar no livro que a situação causou “um pequeno rancor” da filha em relação a mãe (ANSA).