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Cai percepção de piora da economia entre comerciantes

em Especial
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
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Cai percepção de piora da economia entre comerciantes

O percentual de comerciantes e empresários de serviços que notaram piora na situação financeira de seus negócios diminuiu de 48%, em 2016, para 30% em 2017, uma queda expressiva de 18 pontos percentuais em 12 meses. É o que revelou uma sondagem realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país

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A sondagem mostrou também que aumentou de 15% para 21% o volume de empresários que observaram um desempenho melhor no último ano na comparação com 2016.

A sondagem mostrou também que aumentou de 15% para 21% o volume de empresários que observaram um desempenho melhor no último ano na comparação com 2016. A situação permaneceu estável para 40% dos entrevistados. Entre aqueles que melhoraram a performance de suas empresas ao longo do ano passado, 51% presenciaram resultados mais expressivos nas vendas e 27% conseguiram ampliar a clientela. Há ainda 9% de varejistas que diversificaram os produtos ofertados.

Considerando aqueles que amargaram um ano pior para as finanças da empresa em 2017, mais da metade (51%) argumentam que não tiveram um bom resultado nas vendas, alternativa que em 2016 era ainda maior, 63% da amostra. Também são citados a diminuição da margem de lucro (34%) e aumento a concorrência (24%).

Quando a análise se detém ao quadro macroeconômico do país como um todo, quatro em cada dez (42%) empresários consultados acreditam que as condições gerais da economia pioraram em 2017, embora tenha havido uma queda de 20 pontos percentuais na comparação com a sondagem feita para 2016. Outros 35% não notaram mudança, ao passo que 14% acreditam em melhora, percentual que apresentou alta de cinco pontos percentuais.

“Foram quatro anos turbulentos, marcados por retração no investimento e no consumo, além de desemprego em disparada, queda nas vendas e um cenário político instável, contaminando todo o ambiente de negócios no país. Ao que parece, o empresário brasileiro começa a vislumbrar a possibilidade de uma retomada lenta e gradual dos negócios”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Negócios
De acordo com a pesquisa, 56% dos empresários estão animados com a possibilidade de melhorar o desempenho de suas empresas nesse ano contra apenas 8% que se dizem desanimados e 27% que estão sem expectativa positiva ou negativa. Somente 6% acreditam na necessidade de realizar novas demissões. A sondagem ainda mostrou que 28% dos empresários pretendem ampliar seus negócios este ano e 16% desejam lançar novos produtos ou serviços no mercado.

4jq0195sbw 1f76tvyfwx file temproarioNo que diz respeito a tomada de crédito e realização de investimentos, somente 16% manifestam a intenção de adquirir equipamentos e só 8% pensam em pegar empréstimos. Para driblar os efeitos da crise que ainda persiste, 22% dos empresários vão priorizar pagamentos à vista em 2018 e 20% reforçar a propaganda.

A pesquisa mostra que pouco mais de um terço (34%) dos empresários conseguiram realizar ao menos parte daquilo que se propuseram no ano passado. Outros 25% não cumpriram seus objetivos. As principais conquistas foram aumentar as vendas (28%), comprar equipamentos (27%), reformar a empresa (26%) e investir em propaganda (22%).

Em sentido contrário, os planos não realizados foram, principalmente, fazer uma grande reforma (28%), aumentar vendas (24%) e comprar equipamentos (20%). E o principal motivo para aqueles que tiveram de desistir de seus projetos foi a falta de recursos financeiros, mencionada por 26% desses entrevistados.

Ajustes
Apesar do otimismo, 28% dos empresários tem como principal temor a possibilidade de o país não sair da crise, seguido do resultado das eleições presidenciais (20%) e do risco de fechar a própria empresa (14%).

De modo geral, 40% dos empresários brasileiros tiveram de fazer ajustes no orçamento ao longo de 2017, mas esse percentual também diminuiu frente a 2016, quando 48% tiveram de adaptar a empresa para tempos mais sombrios. Dentre essa parcela de empresários impactados pela crise, 52% reduziram funcionários, 28% diminuíram o consumo de água e luz e 25% economizaram na conta de telefone.

Entre os que demitiram no ano passado, a média é de dois a três funcionários dispensados por empresa. No caso desses entrevistados, as alternativas encontradas pelos donos das empresas para seguir com a gestão do dia a dia foi redistribuir as atividades entre os demais membros da equipe (37%) ou até mesmo assumir pessoalmente as atividades que ficaram sem trabalhador (24%).

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a capacidade da adaptação do empresário tem sido fundamental para o país. “O empresário brasileiro tem uma capacidade de resiliência muito forte. Em tempos difíceis o empreendedor se vê obrigado a fazer sacrifícios, como baixar preços para lidar com a queda no consumo ou até mesmo promovendo cortes de funcionários. No entanto, são medidas paliativas e que não se sustentam no longo prazo. É precioso proporcionar um ambiente mais propício para os negócios, em que seja possível baixar custos e investir em inovação, aumentando a competitividade”, argumenta Pellizzaro Junior.

Inadimplência
A sondagem ainda revela que 15% dos empresários ouvidos admitem que ficaram vários meses ao longo de 2017 com as contas da empresa no vermelho. Em 2016, esse percentual era maior, alcançando 22% dos empresários. Além disso, 14% tiveram de reduzir o mix de produtos e serviços que oferecem aos clientes.

“O endividamento é um grande obstáculo para qualquer empreendedor porque diminui a capacidade de contratar crédito e expandir as atividades. Em alguns segmentos, o acesso ao crédito é fundamental para a sobrevivência da empresa. Para quem está nessa situação, é preciso buscar taxas de juros menores e prazos adequados, pois isso coloca em risco a continuidade dos negócios”, alerta a economista Marcela Kawauti (ABr).

Nissan lança tecnologia que permite o controle do carro com a mente

O novo avanço em Mobilidade Inteligente da Nissan consiste em fazer com que os carros captem a atividade cerebral do motorista.A Nissan anunciou o resultado de pesquisas que permitirão que veículos interpretem sinais emitidos pelo cérebro dos motoristas, redefinindo a maneira como as pessoas interagem com os seus carros. A tecnologia batizada de “Brain-to-Vehicle”, ou B2V, promete acelerar o tempo de reação para os motoristas e fará com que os carros se adaptem continuamente para tornar a experiência de dirigir cada vez mais agradável.

A tecnologia B2V da Nissan é a primeira desse tipo no mundo. O motorista usa um dispositivo capaz de captar sua atividade cerebral, que depois é analisada pelos sistemas autônomos. Ao antecipar o movimento pretendido, o sistema pode gerar ações – como girar o volante ou reduzir a velocidade – em 0,2 a 0,5 segundos mais rápido do que o motorista, sempre de modo imperceptível.
A Nissan vai apresentar as funcionalidades da sua exclusiva tecnologia na CES 2018 (Customer Eletronics Show), feira focada em inovação que acontece em Las Vegas entre os próximos dias 9 e 12. A B2V é o mais novo avanço da área de Mobilidade Inteligente da Nissan e reflete os esforços da empresa para transformar a maneira como os carros são alimentados, impulsionados e integrados à sociedade.
“Quando a maior parte das pessoas pensa em direção autônoma, o que vem à mente é uma visão muito impessoal do futuro, em que os seres humanos deixam de controlar as máquinas. Mas a tecnologia B2V faz exatamente o contrário, porque ela usa sinais emitidos pelo cérebro humano para tornar a experiência de dirigir mais atraente e agradável”, disse o vice-presidente executivo da Nissan, Daniele Schillaci.
“Com a Mobilidade Inteligente da Nissan estamos conduzindo as pessoas para um mundo melhor ao oferecer mais autonomia, mais eletrificação e mais conectividade”. Esta tecnologia inédita da Nissan é fruto de pesquisas que visam usar a técnica de decodificação cerebral para prever as ações dos motoristas e detectar desconfortos:
Previsão: Ao captar sinais de que o cérebro do motorista está prestes a iniciar um movimento – como girar o volante ou pisar no acelerador – a tecnologia de assistência ao motorista pode começar a ação mais rapidamente. Isso pode reduzir o tempo de reação e melhorar a direção manual. Detecção: Ao detectar e avaliar qualquer desconforto do motorista, a inteligência artificial pode alterar a configuração ou o estilo de dirigir quando estiver no modo autônomo.
Entre outros usos possíveis estão o ajuste do ambiente interno do veículo, como explicou Lucian Gheorghe, pesquisador sênior de inovação do Centro de Pesquisas da Nissan no Japão, que está liderando a pesquisa do B2V. A tecnologia pode, por exemplo, usar a realidade aumentada para ajustar o que o motorista vê e criar um ambiente mais relaxante. “As potenciais aplicações desta tecnologia são incríveis”, disse Gheorghe. “Esta pesquisa será um catalisador para mais inovações nos veículos da Nissan nos próximos anos” (AI/Nissan).