Andressa Melo (*)
O tema “inovação” tomou grandes proporções em sites de busca, mostrando às empresas de que forma elas podem inovar, reduzir impactos e, até mesmo, enfrentar a pandemia de COVID-19. Pudemos observar, recentemente, como as financiadoras e os bancos têm se esforçado no fomento a investimentos relacionados à inovação das empresas. Nos últimos dois meses, por exemplo, a Financiadora de Estudos e Projeto – FINEP publicou três novos editais de subvenção econômica, no qual foram disponibilizados aproximadamente R$ 200 milhões em recursos destinados à inovação para empresas. Os editais foram publicados em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI.
Essas iniciativas possuem o objetivo de fortalecer o crescimento tecnológico da indústria brasileira, fomentando, portanto, soluções relacionadas às tecnologias 4.0 (Agro 4.0, Cidades Inteligentes, Indústria 4.0 e Saúde 4.0) e, principalmente, um auxilio mais do que necessário ao enfrentamento da COVID-19.
Um ponto interessante em relação a um dos editais de subvenção econômica para o enfrentamento ao novo coronavírus SARS-CoV-2, é que ele chegou a um total de R$ 628.276 de solicitações, sendo que o orçamento do edital era de R$ 132 mil. Ou seja, a procura demasiada desses editais demonstra que, em meio a um cenário tão complexo de crise, as empresas ainda buscam e querem realizar investimentos, o que impacta direta e positivamente na base tecnológica do país.
É importante ressaltar que a disponibilização desse valor de subvenção econômica não era tão alta desde 2014. Portanto, há cinco anos não víamos um fomento tecnológico neste patamar, realizado pelo governo.
É notável que essas ações são uma boa notícia e, além disso, promovem o crescimento tecnológico do país num momento delicado. No entanto, sabemos que para que esse crescimento prospere e evolua, é necessário que os organismos responsáveis por essas aberturas continuem fomentando à inovação, abrindo novos editais de subvenção com prazos razoáveis para as apresentações de novas oportunidades. Com prazos mais extensos, as empresas poderão se preparar e planejar, certamente, projetos mais inovadores e eficientes.
(*) É Coordenadora de Inovação do FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financiamento à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).