Gabriel Pavão (*)
Não é mais novidade que a tecnologia cada vez mais tem apoiado as tarefas operacionais corporativas e gerado mais resultados. Para se ter ideia, as empresas líderes em maturidade digital no Brasil têm uma taxa de crescimento do EBITA até 3 vezes maior que as demais empresas, como revelou uma pesquisa realizada pela McKinsey.
E, nos últimos anos, uma frente principal foi alvo da transformação digital nas organizações: a automação, segundo afirmaram 93% dos executivos C-Level ouvidos por um levantamento da PwC. Esses investimentos estratégicos na adoção de tecnologia não são à toa. A automação otimiza os processos operacionais, aprimora a eficiência e ainda reduz tempo e custos nas mais diferentes áreas, do RH ao comercial.
Para o setor industrial, além dessas áreas, a digitalização agora também desempenha um papel essencial na gestão eficiente da manutenção, principalmente em um ponto-chave desse processo: a emissão de Ordens de Serviço (OS). Como um documento detalhado que garante que todas as tarefas de manutenção sejam documentadas, rastreadas e concluídas de forma clara e eficaz, a OS é fundamental para evitar atrasos e erros, além de promover uma operação eficiente.
A importância estratégica das OS na gestão da manutenção – No processo de gestão da manutenção, a OS não é apenas uma formalidade burocrática, mas sim uma ferramenta estratégica. O documento serve como um registro formal de cada tarefa de manutenção, o que permite que os gerentes acompanhem o progresso, identifiquem gargalos e tomem decisões informadas para a melhoria contínua dos processos.
Isso não só otimiza a alocação de recursos, mas também contribui significativamente para a excelência das operações. No entanto, a emissão e a gestão eficaz das OS podem ser um desafio sem os recursos adequados. É aí que a tecnologia entra como uma poderosa aliada. A automação do processo de criação, atribuição e acompanhamento das OS resulta em economia de tempo, redução de erros e aumento da eficiência operacional. Um estudo da McKinsey mostrou que empresas que adotaram a automação de processos aumentaram a sua produtividade em até 30%.
Já em um estudo da Deloitte, que ouviu 400 pessoas, 60% relataram que a automação elevou a produtividade dos negócios.
Além disso, a digitalização das OS reduz drasticamente o uso de papel e os custos associados ao armazenamento físico, contribuindo para uma agenda ESG proativa, algo cada vez mais relevante no cenário atual, visto que 61% dos consumidores brasileiros passaram a observar os valores praticados pelas empresas das quais pretendem comprar, segundo dados da pesquisa EY Future Consumer Index. A Bloomberg ainda estima que a agenda ESG deve atrair US$ 53 trilhões em investimentos até 2025.
Uma coisa é certa: o futuro da gestão de Ordens de Serviço será marcado por ainda mais automação e integração com outras tecnologias emergentes, como a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA). Com suas inúmeras vantagens, os recursos tecnológicos potencializam uma gestão mais eficiente, sustentável e segura, e, portanto, são essenciais para que as indústrias se mantenham competitivas no mercado.
Com isso, as empresas não apenas otimizam seus processos internos, mas também contribuem para um futuro mais sustentável e inovador.
(*) – É Co-founder e Head of Partnerships da Fracttal Brasil, startup que revoluciona a manutenção e a gestão de ativos com tecnologia de ponta (https://www.fracttal.com/pt-br/).