De 2020 para cá, o índice ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) tem se tornado cada vez mais falado, questionado, e implementado no meio empresarial. Todavia, o conceito, que mede o quanto uma corporação está engajada em pautas relacionadas à sociedade de forma geral, preceitos de governança corporativa, ainda está longe de ser uma realidade com forte aplicação no Brasil.
Empresas de forma geral contam com algumas práticas que tocam nos princípios ESG, mas dizer que uma corporação é sustentável, ou engajada socialmente, é uma afirmação forte. Para isso, a organização deve contar com um verdadeiro programa voltado para as práticas ESG, com ações e estratégias integradas à gestão corporativa. Esse compromisso não é simples, muito menos barato, uma vez que requer investimento de recursos e atenção contínua.
É, entretanto, uma boa oportunidade para empresas que pretendem implementar programas voltados para os princípios básicos dessas três letrinhas mágicas. G de governança tem como prioridade o Compliance da empresa, com código de ética, canal de denúncias, preocupação de criar uma cultura de integridade, entre outros cuidados com a saúde dos funcionários, e da empresa.
“A boa governança corporativa e a gestão de riscos do negócio também fazem parte do pilar G. Os elementos de Compliance estão contidos em um bom programa, mas é preciso ir além da promessa. Para trabalhar com ESG, é preciso entender de riscos corporativos de forma ampla. Quem são os stakeholders-chave da empresa? Os fornecedores, os colaboradores, a comunidade, a mídia, e por aí vai…”, questionou Sérvulo Mendonça, CEO do Grupo Epicus, com experiência há mais de 20 anos em Contabilidade e Compliance.
Uma pesquisa realizada pela Bloomberg mostra que corporações com práticas ESG possuem estimativa de investimentos de US$ 53 trilhões até 2025. Com o surgimento da Covid 19, é possível que esse impacto aumente graças às consequências e à maior preocupação que a pandemia trouxe ao espaço empresarial. Sérvulo acrescenta que a velocidade com que as novidades acontecem muitas vezes fazem com que os projetos fiquem pela metade, e reitera o cuidado que se deve ter para que as coisas sejam apenas iniciadas e nunca concluídas.
“É notório que o mundo acelerou em tudo, mas precisamos manter alicerces de planejamento mínimos para garantirmos a priorização em cada fase de cada projeto, ou nada executaremos de forma robusta, e a tendência de tornar coisas complexas simplistas precisa acabar, o mercado não aguenta mais ouvir que se faz, ele urge por quem faz”. – Fonte e outras informações: (https://www.grupoepicus.com.br/).