Segundo levantamento da consultoria Mercer Marsh Benefícios, o total de colaboradores que passou a tratar de questões relacionadas à saúde mental saltou de 2,2 milhões (antes do novo Coronavírus) para 8,1 milhões, desde o início da pandemia. O número de consultas aos psicólogos também cresceu de 6 mil para 14 mil no mesmo período.
As mulheres procuraram mais por esses serviços de saúde mental: responderam por 75% das consultas e os homens por 25%. “O distanciamento social, quarentena ou isolamento, alterou significativamente a rotina das pessoas e gerou uma incerteza e o medo de perda de renda pela impossibilidade de trabalhar”, afirma Antonietta Medeiros, diretora de gestão de saúde e qualidade de vida da Mercer Marsh Benefícios.
Entre as principais causas de transtornos comportamentais e de saúde mental reportadas aos médicos estão a ansiedade com 35,09% dos casos, depressão (9,92%), psicologia clínica (8,22%) e questões relacionadas à família (2,92%). Pela primeira vez, de acordo com análise da consultoria, a dificuldade de adaptação ao home office apareceu na lista com 2,92% dos pedidos de consultas. Incertezas sobre o futuro estão também entre as causas das consultas com 1,20%, e queixas psicológicas por causa de morte e luto, 1,10%.
Segundo Antonietta, é necessário que as empresas apoiem agora os seus colaboradores e os ajudem a tratar de questões relacionadas à saúde mental. Os transtornos comportamentais e de saúde mental já são a terceira causa de afastamento de trabalhadores no Brasil. Uma crise como esta provocada pela pandemia, pode ter consequências de médio e longo prazo, e comprometer o seu capital intelectual e a sua produtividade no momento da retomada ao trabalho.
“Os dados do levantamento mostram que já há um movimento das empresas em busca de estratégias para tratar da saúde mental e bem-estar dos trabalhadores que têm sido fortemente impactados pela crise da Covid-19”, afirma Antonietta. Fonte e outras informações: (www.mercermarshbeneficios.com.br).
